Essa cena me fez lembrar de um amigo meu…
Autor: Adauto Andrade
Dia difícil
E eu aqui, rezando pra que chegue logo a sexta-feira…
A Verdade Nua e a Parábola
Nesses nossos tempos em que o discurso midiático tem deixado muito a desejar (aliás a revista Língua Portuguesa deste mês tem um ótimo artigo sobre isso), segue um texto bastante interessante, descaradamente copiado lá do Blog do João David:
A Verdade Nua caminhou pela rua um dia.
As pessoas viraram o olhar para outro lado.
A Parábola chegou, adornada e bem vestida.
As pessoas a saudaram com alegria.
A Verdade Nua sentou-se solitária, triste e despida.
“Por que você está tão triste?” – perguntou a Parábola.
A Verdade Nua respondeu: “Não sou mais bem-vinda.
Ninguém quer me ver. Eles me expulsam de suas portas.”
“É difícil olhar para a Verdade Nua” — comentou a Parábola.
“Deixa-me vesti-la um pouco. Certamente, você será bem recebida”.
A Parábola vestiu a Verdade Nua com um vestido fino feito de narrativa, com metáforas, uma prosa incisiva e enredos cheios de inspiração.
Com riso e lágrimas e aventura a se revelar, juntas elas começaram a desfiar uma estória.
As pessoas abriram suas portas e serviram a elas o que havia de melhor.
A Verdade Nua vestida de estória era uma convidada muito bem-vinda.
(Conto judaico, readaptado por Heather Forest)
Incapacidade jurídica
Há pouco tempo rolou um proseio com amigos acerca da falta de capacidade de uma boa parcela dos advogados hoje em dia. Tanto os velhos de guerra quanto os recém-formados (basta ver a taxa de reprovação do último exame da Ordem em São Paulo – mais de 80%).
Confiram algumas pérolas recentes relativas a indeferimento da Inicial num Fórum:
- ação de reconhecimento de paternidade consensual;
- pedido de alvará para declaração de herdeiros;
- ação de reconhecimento e dissolução de sociedade de fato (sem declinar o nome do réu).
Isso sem falar nas inúmeras ações que simplesmente não possuem o valor da causa ou, ainda, aquelas que após descrever tudo, tudo, tudo, não pedem a citação da parte contrária.
A boa notícia é que isso prova que não é preciso necessariamente ser o melhor, basta saber o que faz – pois tem muita gente ruim no mercado…
“Dez a zero” nunca mais
Jogo novo no pedaço (pelo menos em casa, é novo): Justice League Heroes. Nele, a cada fase os jogadores encarnam um dos personagems da Liga da Justiça, competindo contra a máquina.
Pelo menos esse eu jogo com meu filhote e não contra. Sendo um jogo de dupla, assim não corro o risco de levar uma surra. E perder de dez a zero.
De novo.
Dreaming
O que mata um sonho?
Vindo de fora: ceticismo, falta de estímulo, desencorajamento, ironia, desinteresse, etc.
Vindo de dentro: desistir.
É bem como eu disse outro dia:
Nunca lhe dão
um desejo sem também
lhe darem
o poder de realizá-lo.
Você pode
ter de trabalhar por ele,
porém.
Microconto e nanoconto
O amigo Bicarato já tinha falado sobre isso outro dia. Primeiro no site, depois no boteco. Fui lá conferir (no site), e gostei.
O “princípio” do microconto é algo como conseguir expressar uma idéia (um conto) num limite máximo de até 150 caracteres. Não, não estou falando em palavras – estou falando em caracteres! É dífícil, pois força o escritor a trabalhar com as palavras de tal forma que o leitor consiga inferir toda uma situação muito mais ampla do que a que está contida naquela pequena frase. No Portal dos Microcontos existem links para diversos outros sites do tipo.
Na realidade criar um microconto é potencializar o poder de síntese quase que no limite. Só não digo que é no máximo, porque ainda temos os nanocontos. Parte exatamente do mesmo princípio, mas seu limite é de – pasmem – 50 caracteres!
Lá na Casa das Mil Portas – onde os contos são visualizados através de um sistema randômico (o Bica adorou isso) – tem inúmeros exemplos desses nanocontos. Segue um curtinho (é lógico), de autoria de um certo Gabriel Ramalho:
“Hoje não meu bem. E virou de frente para ele.”