Eleições 2006

Algumas surpresas (pelo menos para mim) tomaram conta dessas eleições de 2006.

Por exemplo, a questão do segundo turno no pleito presidencial. Não achei que fosse rolar. Do meu ponto de vista Lula já teria levado fácil, mas faltou um tiquito de nada, foi ali na curva do bico do corvo. Paciência. Ao menos o que me consola é que, normalmente num momento como esse a esquerda se une (pois quem é de esquerda simplesmente não vota nos Xuxus da vida), e – salvo algum desastre antinatural – Lula ganha no segundo turno.

Bem, pra quem não sabia, nem preciso falar que sou petista, certo? Mas não sou xiita. Ou seja, independente de qualquer coisa, há que se perceber que tivemos, sim, progresso e estabilidade nos últimos anos (alguém aí se lembra do “apagão”?)… E em time que está ganhando não se mexe, já é a máxima futebolística. Em vez de encher Brasília com um monte de gente nova que vai fazer um verdadeiro laboratório por aquelas paragens, prefiro sinceramente deixar quem já tem experiência, que já fez seu “estágio” e que pode dar continuidade num Plano de Governo.

“E a roubalheira? E os escândalos?” – é o que sempre perguntariam uns e outros. ALÔ-ÔU! ACORDEM! Isso já vem desde a época do Império! Não se justifica, é óbvio, mas é imprescindível perceber a dificuldade de se quebrar paradigmas arraigados no que há de pior na política nacional. A única diferença entre o que veio a público recentemente e os governos anteriores é que a mídia foi mais focada, deu mais cobertura. “Escândalos” não são privilégio nem do PT, nem de Brasília. Desafio a qualquer um, em qualquer ponto do Brasil, independente do partido que esteja a frente de seu Estado ou de seu Município, que me aponte que NUNCA houve um escandalozinho por menor que fosse aí em sua região. Infelizmente, assim como os políticos despreparados e aqueles que não cumprem a própria palavra (ainda que registrada em cartório), isso faz parte da política brasileira.

Outra surpresa inesperada foi a eleição de Fernando Collor de Mello para o senado pelo Estado de Alagoas. Sim, aquelle mesmo, de 92. Não houve escândalo nem roubalheira maior na política nacional até hoje, e, mesmo assim, o caboclo está lá. E pra quem não se lembra, no senado o mandato é de oito anos. E o Maluf, então? Deputado Federal mais votado, com quase 740 mil votos! Por essas e outras que às vezes realmente dá vontade de jogar o título fora…

No mais, eu sabia que a Ângela Guadagnin teria uma redução dos votos pelo equívoco da malfadada “dança” (já falei disso antes por aqui), mas cair para o 120º lugar, com aproximadamente 38 mil votos, foi meio forte. Assim como a expressiva votação do Emanuel Fernandes. Tá certo que ele não é do mal, mas quem acompanhou de perto seu governo frente à Prefeitura de São José dos Campos, sabe que ele não passa de “morno”. Mas daí à expressiva votação que ele teve, também foi uma surpresa.

Já no Estado de São Paulo, a votação de Carlinhos de Almeida não foi nenhuma surpresa, com seus poucos mais de 94 mil votos. Alguns outros candidatos profissionais da região, tanto a nível estadual quanto a nível federal, apesar de suas tentativas não obtiveram votação suficiente pra um espirro. Em alguns casos, uma pena.

Bem, em suma, é isso. Agora aguardemos a batalha do segundo turno…

Mais software livre nos Tribunais

TJ implantará Juizado Virtual

Publicado em 27 de Setembro de 2006 às 16h02 no clipping da Síntese Publicações

O Tribunal de Justiça do Estado de Roraima lança hoje (27.09) às 15 horas, no Fórum Advogado Sobral Pinto, a primeira fase do programa “Justiça sem papel” ou Juizado Virtual, voltado neste módulo, para a área cível.

A medida visa dar um passo significativo para a agilização e barateamento da tramitação processual.

Como parte da programação acontecerão duas palestras. A primeira será ministrada pelo Juiz Luiz Otávio, assessor da presidência do Tribunal de Justiça do Estado de Tocantins, com o tema ‘o ingresso do magistrado no mundo virtual’. A segunda palestra será feita pelo Juiz Sérgio Tejada, Secretário e Juiz Auxiliar da Presidência do Conselho Nacional de Justiça, com o tema ‘Juizado Virtual – uma meta do CNJ’. Na oportunidade será firmado um convênio de cooperação técnica, entre o TJRR e o Conselho Nacional de Justiça.

Para o Desembargador Mauro Campello, presidente do TJRR, dentre as diversas iniciativas da atual Administração, ressalta-se a de modernização para agilizar a prestação jurisdicional. “O processo de modernização se efetivará com a implantação do modelo de processo eletrônico nos Juizados Especiais Cíveis, que, com certeza, se expandirá por todo o Judiciário, alcançando, inclusive a fase recursal nas instâncias superiores e as Varas cujos procedimentos são complexos” afirmou Campello.

A experiência foi trazida do Tribunal Regional Federal da 5ª Região onde o mesmo já funciona. O TRF5 cedeu para TJ de Roraima o programa que operacionaliza o Juizado e a empresa que o desenvolveu, a Infofox, enviou um técnico, em julho passado, para apresentar o sistema aos servidores e magistrados e efetuar as mudanças e adaptações para atender as necessidades do judiciário local.

O Juizado Virtual trabalhará com ferramentas como internet, e-mail, scanner, fotografia digital, áudio e vídeo. Os juizados que já disponibilizam de gravação de audiências em áudio e vídeo, terão como adicionar as gravações ao “processo virtual” facilitando o trabalho das partes (advogados, defensores e Ministério Público) dos servidores e magistrados.

O Diretor de informática do TJRR, Pedro Vieira, afirmou que o programa adotado funciona com ferramentas de software livre, ou seja, o Tribunal não precisará gastar com licenças. “Temos em nossos quadros profissionais de informática que trabalham muito bem com essas ferramentas, de forma que não necessitaremos contratar empresas especializadas para manutenção do sistema”, frisou.

Como funciona

Os advogados, defensores e promotores de Justiça vão poder tramitar todo o processo através da Intranet do Tribunal de Justiça. O próprio advogado ajuizará o processo, procederá a distribuição, poderá mandar a sua petição por e-mail ou sistema, se não dispuser de computador e internet poderá se dirigir até a Central de Atendimento e Distribuição dos Juizados, onde lhe serão disponibilizados computadores e scanners.

No cartório o servidor estará apenas esperando a entrada do processo no sistema, fará a tramitação, enviará ao magistrado que poderá despachar ou sentenciar de acordo com o seu convencimento.

Poderão ser anexados ao processo vários tipos de formatos de documentos como /word/, PDF, fotos, vídeos, MP3. Qualquer tipo de mídia é suportado pelo sistema.

Segurança

Para ter acesso ao sistema os advogados, defensores, promotores de justiça e/ou a pessoa física que protocolizar a petição inicial fará um cadastro e gerará uma senha pessoal, assinando um termo de responsabilidade por ela. Assim somente essa pessoa terá acesso aos seus processos.

O programa também dispõe de mecanismos de criptografia, protegendo assim os andamentos mais importantes do processo virtual.

Fonte: Tribunal de Justiça de Roraima

Riqueza e pobreza

De uma conversa hoje de manhã com um amigo, copoanheiro e filósofo de plantão (preciso mesmo citar o nome?), na qual ele me descrevia o contato que teve com uma moça do Zimbábue que anda por esta terra brasilis em função de um intercâmbio feito por rotarianos, lembrei-me de uma antiga frase – ainda da época de minha adolescência – e que continua atualíssima. É LÓGICO que não me lembro da autoria dessa pérola. Apesar de dar um nó na cabeça numa primeira leitura, faz MUITO sentido. Ei-la:

“Os pobres dos países pobres são mais pobres que os pobres dos países ricos. Entretanto, os ricos dos países pobres são mais ricos que os ricos dos países ricos…”

Barcamp no Brasil

Eu, que costumo ser defensor do software livre, e principalmente do compartilhamento de conhecimento, lamento não ter ido no primeiro Barcamp no Brasil. Mas o amigo e copoanheiro Bicarato foi e tem notícias fresquíssimas dessa desconferência marcada por um super hiper ultra mega blaster plus espírito colaborativo de seus participantes. Só pra se ter uma idéia, segue uma palhinha do excelente texto:

“Mas rolou de tudo um pouco, como era a proposta inicial: mídia social, jornalismo colaborativo, web standards, desenvolvimento para web, licenciamento de conteúdo e produção artística, web design, blogs, gerenciadores de conteúdo, gestão de projetos, hype da web 2.0, comunidades online, código livre, web semântica, drupal, arquitetura da informação, microformatos, usabilidade, RSS, wikis, inclusão digital, disseminação da cultura digital, redes sociais, laptop de US$ 100, ensino a distância, P2P.”

A matéria completa vocês encontram lá no site do Bica: http://www.alfarrabio.org.

Divirtam-se!

Estressado, eu?

Trabalho, trabalho, muito trabalho. Meu braço direito de férias (tá, vá lá: Lua-de-Mel). Uma estagiária em treinamento. Sem notícias de uma nova contratação. Dezenas de contratos, aditamentos e pareceres a serem feitos. Marcação cerrada e cobrança de todos os lados. Triglicérides e colesterol em alta. Cerveja em baixa. Dinheiro também.

Putz, tem dias que dá vontade de voltar pra cama e dormir mais meia hora pra começar de novo…