Categoria: Gambiarrando
Profissão Perigo
Outro flagrante de casa.
Bem atrás da porta do escritório.
Essa foi a melhor (menos pior?) maneira que encontrei de fazer conexão entre si e com a Internet de meu computador, o computador da Dona Patroa, o computador do filhote número 1, o netbook do filhote número 2, o DS do filhote número 3, a impressora wireless, a impressora compartilhada, o notebook do trabalho e mais uns três smartphones. Isso fora a secretária eletrônica, também pendurada na estrutura – mas que, tímida, não apareceu na foto…
Profissão Perigo
Acho que uma das melhores frases que li nestes últimos tempos é esta aqui:
Concordo plenamente.
E pra mostrar que a prole é vasta e infindável, não tem como não compartilhar por aqui mais uma destas. E esta frase ficou confusa. E a negativa de uma negativa dentro da própria negativa não levaria a uma inversão da afirmação? Enfim, o próprio ato de “escrever”, por si só, também é feito de gambiarras…
Mas vamos em frente!
E, ao entrar no banheiro, não esqueça de fechar a torneira…
Uma visita ao Professor Pardal
Na prática é assim que, carinhosamente, uma boa parte da família trata meu pai. Desde a mais tenra idade, antes mesmo de sair da roça e tentar a vida na “cidade grande”, ele já era dedicado a trabalhos manuais que exigiam mais paciência do que o necessário, bem como dado a invenções de toda a espécie. Na casa de um de meus tios até hoje ainda existem diversos apetrechos, como, por exemplo, arreios de cavalo, feitos e trançados pelo Seo Bento há décadas.
Como desde pequeno já estou tão acostumado com tudo isso, existem coisas que já fazem parte do dia a dia e nem chamam mais a atenção. Pelo menos a minha. Dia desses, tendo ido lá para almoçar, resolvi registrar alguns desses detalhes…
Bem, comecemos com sua modesta oficina. Fica nos fundos de sua casa e é lá que complementa os rendimentos de sua aposentadoria através do conserto de TVs. Edícula, de teto baixo, quente nos dias de verão, ou seja, uma oficina como outra qualquer com nada de mais, certo?
Bem, creio que devam ter prestado atenção que tem um enorme cano PVC de 4 polegadas que atravessa a oficina de cabo a rabo. E o que vem a ser isso? Olhando mais de perto podemos verificar que é furado em toda sua extensão. E não, isso não é nenhum tipo de sistema contra incêndios – trata-se apenas de uma maneira de ventilar um pouco o ambiente naqueles dias quentes sobre os quais lhes falei…
Para garantir essa ventilação a ponta do cano atravessa a parede e vai captar ar fresco lá fora por meio dessa pequena turbina, a qual impulsiona o ar com força suficiente para preencher o ambiente todo.
Se não me falha a memória, o sistema de ventilação foi idealizado pelo meu pai após ele concluir que o anterior não era tão satisfatório assim (esse, logo acima). Também feito com um par de turbininhas ele se limitava a circular o ar no interior da oficina.
Eis o mesmo “ventilador” numa vista lateral. Ainda que potente não havia uma efetiva “troca de ar”, de modo que o calor acabava continuando o mesmo…
Outros detalhes da oficina, como o divisor de sinal da antena e o sistema de UHF (alguém se lembra disso?) para permitir a conexão de vários aparelhos de TV simultaneamente. Aquelas lâmpadas? Não perguntem. Não lembro mais o porquê delas estarem ali – mas que têm uma função, com certeza têm!
Num mundo de aparelhos como esses existem os mais variados tipos e modelos de parafusos para as mais variadas marcas existentes no mercado. Para garantir uma ínfima parcela de compatibilidade, eis uma das muitas “caixas de parafusos” existentes na oficina. Sim, tanto o interior em fibra quanto o exterior em madeira foram feitos por ele. Aliás, além desses medidores malucos que não tenho nem ideia do que fazem, ali de ladinho, à direita, toda enrolada num fio, dá pra ver a pontinha de uma parafusadeira que ele criou, baseado em um motorzinho elétrico qualquer…
Falando em criar, eis – agora do lado de fora da oficina – uma furadeira de bancada conjugada com um pseudo-esmeril, tudo feito meio que “de cabeça”. Ou seja, não houve traçado, projeto, medidas prévias, planejamento. Tava na cabeça dele e foi cortando, serrando, soldando e montando até ficar pronto.
Exatamente da mesma maneira é que surgiu essa “serra de fita”. Ele aproveita pedaços de fita de serra que se quebraram e que já não são mais utilizadas pelas máquinas tradicionais, tendo feito uma máquina que, inclusive, tem uma solda elétrica já embutida para juntar as pontas dessas fitas.
A mesma máquina, mas de outro ângulo. Sabem aquelas polias ali? São de madeira. Feitas por ele. Foram dezenas (sim, dezenas) de experiências até encontrar o tamanho, ângulo, disposição e rotação certos. Mas meu pai é tão taurino quanto eu (ou será que eu é que sou tanto quanto ele?) e insistiu até que funcionasse a contento. Tão a contento que toda a lataria que foi necessário moldar para o Opala que estou reformando foi cortada exclusivamente nessa serrinha aí…
Aliás, sempre temos aquele negócio de “um no cravo e outro na ferradura”, não é mesmo? Esse “cofre forte” aí em cima, agora relegado a um canto da oficina, nada mais é que um forno elétrico. Blindado, com manta e temporizador – tudo caseiro. Mas era tão feio, tão feio, mas tão feio, que minha mãe raramente o usava e creio que ficou aliviada quando, após eu e meus irmãos termos comprado um microondas, finalmente meu pai tirou o “trambolho” de sua cozinha.
Todo arrebitado, dá pra ver que a espessura de suas paredes serve para acomodar a manta e isolar o aquecimento interno do contato externo…
E, falando em cozinha, não tinha como ele deixar de dar seu pitaco lá também… Ainda que já tenha virado praxe no mundo moderno – por uma questão de segurança – deixar o botijão do lado de fora das casas, isso seria muito simples para o Seo Bento…
Então ele criou (ou adaptou, sei lá) esse sisteminha aí em cima que, ainda que funcione manualmente, está ligado a um controle elétrico (ou eletrônico?), de modo que do lado de dentro da cozinha (esqueci de tirar uma foto disso) existe um botão on-off bem do lado do fogão que controla a liberação de gás.
Aliás, da cozinha para o quarto, eis aí um dos outros hobbies de meu pai. Já há anos ele gravava tudo quanto é filme ou especial que passasse na televisão e achasse interessante. De uns tempos para cá ele resolveu fazer a conversão dessas antigas fitas VHS para DVDs. Comprou uma mesa de escritório simples (é a base de tudo isso aí) e colocou uma tv, um vídeo cassete e um gravador de dvd. Daí comprou outro. Daí trocou de marca. Daí colocou os dois em paralelo. Daí consertou um outro vídeo cassete. Daí pôs uma televisão para dividir o sinal. Daí faltou espaço. Daí foi ampliando a coisa toda. E, sim, todo o trabalho de marcenaria é dele próprio. Daí, enfim, tá (atualmente) nessa “configuração” aí de cima…
Ah, sim! Antigamente, na sala, tínhamos um bom e velho “três-em-um” da Sanyo. Rádio, fitas cassete e toca-discos. Com o tempo o primeiro a falhar foi a parte do toca-fitas (sim, na minha adolescência eu usei e abusei de gravações). O rádio, ainda que funcionasse (mas ninguém o usasse), teve sua vida comprometida em função de cupins que surgiram no aparelho – naquela época, início dos anos oitenta, esses equipamentos eram construídos com chapas de madeira aglomerada. Por fim a vitrola ficou anos jogada num canto, até que meu pai resolveu “ressuscitá-la”, construindo uma caixa de suporte (a parte preta) e uma tampa de acrílico para proteção e, ao final, interconectando-a com um CD player, dando-lhe assim vida nova para ouvir velhos discos.
E, não menos interessante, eis uma verdadeira lanterna caseira. Desde a bateria, passando pela caixa na forma de um “cestinho”, até a própria parte de iluminação (suspeito que tenha sido um farol de milha de algum carro), garanto que funciona que é uma beleza!
Como eu havia dito no início, tem tantas coisas lá na casa de meu pai que eu até já me acostumei e sequer acho estranho…
Puxando pela memória, percebo que esqueci de tirar fotos de diversas coisas. A começar pela caixa de correio, pois ele não encontrou nenhuma no mercado que fosse do jeito que ele queria – então fez sua própria. Na laje, também logo na entrada da casa, tem uma antena parabólica das antigas que estava originalmente jogada no terreiro da casa de um amigo dele, na roça. Recuperou-a e a colocou em funcionamento. No banheiro existem dois chuveiros (daqueles do tipo panelão), ligados num mesmo cano bifurcado. Há um sistema de luzes de emergência caso acabe a energia elétrica. Papeleiras personalizadas na cozinha. Adaptação do sistema elétrico para um torno trifásico. Serra elétrica reconstruída. Plaina. Barcos – de madeira e de alumínio, sendo este último arrebitado manualmente (toda a família ajudou nessa). Conversor para 110 volts na Variant.
E, falando na Variant, e pra encerrar esta mera apresentação, recentemente meu pai comprou um motor num ferro-velho e recuperou-o por completo. Como o da Variant já estava meio ruinzinho, resolveu trocá-lo. Feita a troca, também recuperou o que tirou. E eis que resolveu ficar com esse motor “de reserva”. Mas para não estragar, volta e meia ele o liga. Como? Assim:
Panelas wi-fi
Mais uma que tive notícias lá pelo grupo da Metareciclagem – pessoalzinho profícuo, esse!
Panelas conectam zona rural da Indonésia à internet
A população mais pobre da ilha de Java, na Indonésia, tenta de todos as formas não ficar à margem da informação: em um prodigioso engenho, desenvolveram uma antena Wi-Fi para se conectarem à internet a partir da “wajan”, uma panela tradicional semelhante ao “wok”.
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“É um sucesso: elas são baratas, dão acesso à informação, estimulam a comunicação e familiarizam as comunidades rurais com a mídia”, disse à Agência EFE Edwin Jurriens, professor universitário australiano especializado em língua e cultura indonésias.
As “wajanbólicas” são antenas rústicas construídas a partir de uma “wajan” atravessada por um tubo de PVC com um adaptador Wi-Fi USB em seu interior.
Esta é a pedra fundamental de uma nova iniciativa comunitária que tem por objetivo conectar a Indonésia rural com a rede. Os outros dois elementos necessários são um computador e a emissora de rádio local.
“O sinal de internet é transmitido pela antena da rádio local. Isto significa que a comunidade só precisa de uma assinatura de internet, a da emissora”, acrescenta Jurriens.
A iniciativa começou em 2007, a partir de um modelo desenvolvido pelo guru indonésio das telecomunicações Onno Purbo, e começa a se difundir nas zonas rurais e empobrecidas do centro de Java, onde a conexão à mais barata das redes de internet toma um terço do salário médio na região.
Por enquanto, as “wajanbólicas” se instalaram em cerca de dez povoados próximos a Yogyakarta, assim como em escolas e universidades.
Diversas oficinas de promoção, algumas com apoio público, estão divulgando suas possibilidades pelo arquipélago indonésio, que enfrenta deficiências graves de infraestrutura e tem cerca de 100 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza.
A Indonésia tem 25 milhões de internautas, 10% de sua população, dos quais somente 241 mil possuem conexão de banda larga, segundo os dados da Associação de Provedores de Internet da Indonésia (APJII) e a União Internacional das Telecomunicações (ITU).
Nestas condições, Edwin Jurriens está convencido que as “wajanbólicas” têm potencial para se popularizar em todo o país por anos.
Além disso, o acesso à internet também possibilita a comunicação entre os membros das comunidades, o que está fomentando a criação de conteúdos próprios, em formato escrito e audiovisual; e obrigando os governos locais a informar seus cidadãos.
As antenas “Wajan” estão “tornando mais transparentes os processos de tomada de decisão das pequenas cidades”, argumenta o professor australiano.
Jurriens considera que estes aparelhos são um grande passo para contribuir com o desenvolvimento econômico e democrático da área rural indonésia e de outros países em desenvolvimento.
“Para as comunidades locais, o custo de receber e trocar informação relevante é frequentemente alto demais”, afirma.
“A internet comunitária pode fornecer alternativas para fechar o abismo entre ricos e pobres em termos de informação, e estimular uma distribuição mais justa do conhecimento”, opina.
Solução para dias de chuva forte
Para quem tem sérias preocupações em ficar encalhado dentro do carro em dias de chuva forte devido à recente alta do índice pluviométrico local (bonito isso!), SEUS PROBLEMAS ACABARAM!!! Com este Suzuki à prova d’água, devidamente revestido com antiaderentes e impermeabilizantes por dentro e por fora do motor não há a mínima possibilidade de o carro parar, atolar, travar, morrer ou afogar (HAH!) caso o nível d’água suba além do limite. O único problema que ainda não foi solucionado (por enquanto) é como impermeabilizar a parte interna do carro bem como o próprio motorista…
“Quero que você me aqueça neste inverno…”
Tá passando frio? Não aguenta mais lavar louça com água gelada? Fica colando fita crepe nas frestinhas das janelas à noite? Seu banho é no estilo filete d’água com temperatura de descascar tomate? Não aguenta mais pagar aquele absurdo de conta de energia elétrica por causa disso?
Pois bem, SEUS PROBLEMAS ACABARAM!
Basta instalar um ASBC – Aquecedor Solar de Baixo Custo, cujo projeto é gratuito! Sim, eu disse gratuito. Todos os detalhes estão lá no site da Sociedade do Sol.
Agora, falando sério: é um projeto muito legal e que poderia ser bem mais divulgado e aplicado. E não só para esses tempos invernais, mas também para todo o resto do ano. Fica aí não só a dica como também a sugestão para que ajudem a divulgar. Quem sabe, para o próximo exercício, essa idéia não seja adotada pelo novos edis de sua cidade ou até mesmo pelo seu alcaide-mor?…