Metareciclagem

Ainda que a palavra “metareciclagem” seja de difícil definição mesmo entre os experts da área, vamos dizer de um modo simplista e beeem genérico que trata-se do reaproveitamento de materiais, conceitos e atitudes; ou seja, um verdadeiro ato de ecologia social…

Pois bem. O camarada e copoanheiro Bicarato teve notícias de uma série de equipamentos de informática (é, computadores mesmo) que simplesmente iriam para o lixo. Se não me engano, trata-se de uma escola que recebeu uma doação de equipamentos e alguns pais de alunos fizeram uma triagem, separando o que daria para ser utilizado e condenando o resto.

Nesse momento entrou em ação o dito ser, intervindo junto à turminha da Capital que prontamente vieram reivindicar uma “doação da doação”. Já que ia pro lixo mesmo, levaram.

E pro orgulho pessoal do nosso amigo e benfeitor indireto esse equipamento será utilizado numa oficina que se realizará no próximo domingo, dia 09/07 – confiram em http://integracaosemposse.zip.net.

Como eu não entendi muito bem qual seria o intuito dessa oficina, ele me explicou. Os interessados no aprendizado de informática (hardware & software) podem comparecer e gratuitamente aprender como trabalhar nesses equipamentos. Cada um recebe lá seu joguinho de chaves de fenda e vai desmontando a máquina, aprendendo na prática o que é uma placa-mãe, um pente de memória, um drive, um disco rígido, etc. Uma vez desmontado, toca a montar tudo de novo! Já com o computador montado, passa-se então para a parte do software, através da instalação de uma distro, provavelmente a Ubuntu.

Pra quem não sabe, “distro” nada mais é que uma das muitas distribuições do Linux. Ao contrário dos softwares proprietários, que vão se atualizando ($) através de novas versões, o Linux é um sistema operacional totalmente aberto, onde qualquer pessoa (qualquer mesmo) pode desenvolver seu próprio software, com “sabor próprio”.

Como são máquinas já bem velhinhas, as mesmas serão conectadas num pequeno servidor através de uma rede “montada na hora”, onde provavelmente se aprenderá a instalação local e remota, fazendo com que funcionem como terminais burros.

E aqueles computadores que de tão velhos ou imprestáveis não servem realmente pra mais nada? Nada se cria, nada se perde – tudo se transforma! Até mesmo bijuterias, colares, pulseiras, brincos, etc, são feitos a base de chips e outros componentes…

Enfim, nota dez pra essa turma do bem. E a menção honrosa vai para o Bicarato, lá do Alfarrábio. Pra concluir, é lógico, o lema:

“Inclusão digital: solução para a exclusão social!”

Movido pela paixão

Sou um sujeito dado a paixões. Por mais que eu não goste, não tenho como negar. Quando ocorre alguma paixão de momento, isso me consome de uma forma tal que concentro (quase) todas minhas energias naquele foco – até que o mesmo mude.

Ei, ei, ei! Péraê! Não estou falando de mulheres, não! Estou falando de atitudes.

Por exemplo: um ponto ao qual volta e meia retorno é a informática. Estou, inclusive, numa daquelas fases de retomar alguns projetos inacabados (o que tenho aos montes nas catacumbas de meu computador), e em minha busca encontrei uma série de links que fazem referência ao “Rits” – Rede de Informações para o Terceiro Setor.

Normalmente vejo com desconfiança alguns empreendimentos do gênero, pois tem muita gente simplesmente querendo “tirar uma casquinha” das febres do momento. Mas, inclusive pelo tempo que está no ar, parece não ser o caso. A parte do acervo é bastante interessante…

Enfim, tirem suas próprias conclusões: http://www.rits.org.br.

Deputados reclamam e Câmara compra MS Office

A notícia já é meio velha, mas ainda assim interessante. Que cada um chegue às próprias conclusões…

Quarta-feira, 21 dezembro de 2005 – 12:47

IDG Now!

Depois de uma experiência de dois anos com o software livre OpenOffice, a Câmara dos Deputados está adquirindo licenças da suíte de aplicativos proprietários Microsoft Office para os computadores da casa.

Reclamações dos usuários sobre incompatibilidades entre a plataforma exclusiva de softwares livres com as atividades e necessidades da instituição obrigam a aquisição do Microsoft Office, de acordo com a Câmara.

O OpenOffice continuará a ser usado, mas os deputados, comissões, lideranças partidárias e setores técnicos da Câmara terão a opção de usar também o produto da Microsoft.

Para realizar a compra, a Câmara obteve da fabricante o desconto mais alto que a empresa oferece em nível mundial, o que vai permitir a aquisição das licenças por cerca de metade do preço de mercado.

Os níveis de descontos variam da categoria A (mais baixo) até D (mais alto). A Câmara, assim como a maioria dos órgãos do serviço público federal, possui normalmente um nível de desconto C, mas na aquisição atual conseguiu um nível de desconto D.

Com isso, o preço de mercado das 7.587 licenças, estimado em 11 milhões de reais, deve baixar para aproximadamente 6 milhões de reais, já que as revendedoras Microsoft poderão competir entre si pela melhor oferta.

O pregão para aquisição das licenças ocorreu entre 15h00 e 18h40 da terça-feira (20/12), mas, como não foi concluído, será retomado às 14h00 da quinta-feira (21/12).

Dores de cabeça

Segundo a Câmara, a adoção do OpenOffice trouxe uma economia significativa de recursos, porém ocasionou problemas no envio e recebimento de documentos de outros órgãos, além de exigir um investimento maior em treinamento.

Além disso, não é possível implantar o OpenOffice em todos os equipamentos da Câmara, em razão de limitações do software, dependência de determinadas aplicações e uso avançado de recursos do pacote da Microsoft.

É o caso, por exemplo, do deputado Júlio Lopes (PP-RJ). “Nós trabalhamos com Word no escritório no Rio. Não há compatibilidade entre os programas. Prefiro a funcionalidade do Microsoft Office”, resumiu.

Explicações semelhantes foram fornecidas pelas assessorias de outros deputados, como Ivan Ranzolin (PFL-SC), Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Ricarte de Freitas (PTB-MT), Jorge Alberto (PMDB-SE) e Coronel Alves (PL-AP).

Reclamações

A Câmara iniciou o uso do OpenOffice em 2003. Ao longo de 2005, a direção da Câmara recebeu 79 pedidos de aquisição do Microsoft Office, vindos de deputados, comissões, lideranças partidárias e órgãos da Casa para os quais o OpenOffice não era suficiente para atender as necessidades administrativas.

As principais reclamações se referem a dificuldades de operação do OpenOffice, perda de formatação ocorrida no recebimento de documentos externos e no envio de documentos para fora do ambiente da Câmara dos Deputados, assim como a incompatibilidade entre documentos do MS-Office e OpenOffice.

“Não estamos substituindo o OpenOffice pelo MS-Office, mas oferecendo ao usuário aqui da Câmara a possibilidade de optar entre as duas plataformas”, resumiu o diretor do Centro de Informática, Luiz Antonio da Eira.

Seminário pintando na área…

TUXPara os mais (e os menos) desavisados informo que no próximo dia 27 (é, já na próxima segunda-feira), em Guarulhos, teremos um seminário acerca de Políticas Públicas de Inclusão Digital, a realizar-se das 8h30 às 17 horas, no Centro Municipal de Educação Adamastor – Av. Monteiro Lobato, 734, Macedo, Guarulhos, SP.

As inscrições (gratuitas e limitadas) podem ser feitas no site da Prefeitura – http://www.guarulhos.sp.gov.br . Simples, fácil e eficiente.

De acordo com a informação do site: “O acesso e a produção da informação através do uso de tecnologias digitais devem ser compreendidos, segundo o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, como um novo direito humano fundamental e, portanto, deve ser respeitado, garantido e promovido pelo Estado brasileiro. De acordo com o Ministério, o analfabetismo digital é grande no país: 92% da população do país assiste televisão aberta, mas apenas 8% possui computador conectado à Internet em casa.

O programa do Seminário de Políticas Públicas de Inclusão Digital incluirá debates sobre as experiências de Guarulhos, que conta com duas unidades do Telecentro Fácil, e o papel do legislativo no combate à exclusão digital. O sociólogo e ex-presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), Sérgio Amadeu Silveira, participará do evento e abordará a importância do software livre no processo de inclusão digital. Já o coordenador do Comitê Técnico de Inclusão Digital do Governo Federal e secretário-adjunto de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rodrigo Assumpção, falará sobre os programas de inclusão digital do governo federal.”

Basicamente serão tratados 4 temas: “Por que o uso do software livre na inclusão digital?”, com Sérgio Amadeu; Telecentro Fácil e Casa Brasil, com Maria Helena Gonçalves e Jesulino Alves; “Qual o papel do legislativo no combate a exclusão digital?”, com o deputado estadual Sebastião Almeida e o vereador Alencar; e por fim uma apresentação com os Programas de Inclusão Digital do Governo Federal, com Rodrigo Assumpção.

Bão, é isso.

Adianto-lhes que estive presente no último seminário organizado pelo Município de Guarulhos, e foi MUITO bom. Se este for meramente igual ao anterior, vai ser ótimo. Como acho que vai ser melhor, então excelente é pouco!

SEXTA!!!

Afinar… Chegou a benfazeja sexta-feira!

Olha, e foi uma semana difícil… Entre trabalho, reuniões, compromissos, clientes, audiências, família e informática (não necessariamente nessa ordem), sobrou pouco tempo para atualizar essa nova versão pseudo-turbinada do site.

Ao menos no final de semana poderei descansar um pouco os neurônios que me restam, exercitando-os na matéria que mais gosto: informática. Diversas dicas do Bicarato (vide link do Alfarrabio, no final da coluna à direita) para serem pesquisadas e implementadas, algumas cópias para avaliação perpétua a serem feitas, fotos e filmes a serem organizados e renderizados, e – principalmente – atualizar meus conhecimentos em PHP, MySQL e afins, pois estou em débito pessoal com meu grande amigo Benê pelo atraso…

Mas isso eu acerto hoje com ele, em cerveja (moeda corrente líquida)…

Em alguns dias creio que terei observações mais importantes, relevantes ou, no mínimo, bem humoradas para trazer neste nosso espaço (sim, nosso, agora que – finalmente – existe a possibilidade de envio de comentários). No mais, a todos os meus leitores (quisera eu fossem tantos assim), um EXCELENTE final de semana!

Porém podemos voltar a qualquer momento em edição extraordinária…

Vírus, vírus e mais vírus

“latet anguis in herba”

Ante o surto psico-virótico que nos abordou aqui no trabalho ontem à tarde, acho que é bom trazer algumas definições acerca do ambiente bio-virtual que cerca nossos computadores. Esses conceitos básicos foram veiculados pelo IDG Now! em 22/02/06, através de seu repórter Guilherme Felitti. Não abrangem todo o universo viral – e até acho que poderíamos ter algumas coisas beeeem mais interessantes por aqui – mas já ajuda a saber onde efetivamente pisamos (ou teclamos)…

Cavalo-de-tróia – Tal qual a história sobre o ataque dos gregos à cidade de Tróia, o cavalo-de-tróia permite que hackers entrem em seu PC e tenham acesso à suas informações. Com uma praga deste tipo instalada, o hacker pode instalar um keylogger, para saber tudo o que você digita, ou provocar infecções por diferentes vírus por estar escondido dentro da máquina. Um software antivírus ou anti-spyware detectam e limpam a praga do PC.

Firewall – Quando está conectado à web, o PC do usuário troca informações com outros computadores e servidores. Um firewall controla quais programas instalados no seu PC têm permissão para acessar informações na internet, assim como fecha todas as suas portas para que hackers não invadam a máquina. Caso um cavalo-de-tróia esteja instalado na máquina, o hacker não poderá acessar informações se houver um firewall no caminho.

Keyloggers – Associados em muitos casos aos cavalos-de-tróia, o keylogger é uma espécie de spyware essencial ao trabalho de golpistas online. Instalados no PC do usuário, os pequenos aplicativos registram todos os botões que o usuário bate no teclado. O keylogger então envia o registro para o hackers que, com dados como senhas e sequências numéricas registradas, faz compras e saques onlines facilmente.

Patch – Softwares não saem redondinhos dos desenvolvedores. Para corrigir erros que podem facilitar uma invasão, as empresa responsáveis divulgam pacotes de correção (também conhecidos como patches), que consertam os buracos encontrados pela própria companhia. Um software só está realmente seguro se tem todas suas atualizações instaladas.

Phishing – O nome não soa como o verbo “pescar” em inglês à toa. Hackers formatam mensagens falsas que se parecem com comunicados oficiais distribuídos por bancos e instituições ligadas ao governo. Com a semelhança, o usuário é enganado e envia arquivos e informações sigilosas, achando que está se comunicando com o órgão oficial. As mensagens, com links para páginas que costumam durar pouco tempo, são as iscas para que o usuário incauto caia no golpe.

Scam – representam o primórdio do phishing. Ao invés de direcioná-lo para um site malicioso, os scam buscavam enganar o usuário com uma história dentro de um e-mail. Convencido pelos argumentos que prometiam grandes quantias de dinheiro após uma pequena contribuição, usuários doam o dinheiro para o destinatário da mensagem (um nigeriano, no caso mais conhecido), que sumia do mapa.

Spam – Qualquer tipo de mensagem que você recebeu na sua caixa de entrada sem ter solicitado pode ser classificada como um spam. Os responsáveis por enviar a mensagem, chamados de spammers, ganham dinheiro enviando milhões de e-mails por dia, com conteúdo publicitário, em sua maioria. Como não adianta responder à mensagem pedindo para retirar seu nome na maioria dos casos, o usuário consegue se defender do grande volume apenas com aplicativos anti-spam.

Spyware – Como forma de rastrear os gostos de usuários online, empresas de propaganda desenvolveram um programa leve que se instalava no PC do usuário sem sua permissão e monitorava quais eram os sites mais visitados. A estratégia de entregar publicidade focada foi a base para que hackers aproveitassem a idéia para instalar códigos maliciosos no PC do usuário. Instalados em programas gratuitos ou integrados em sites online, os spywares podem instalar pragas como vírus ou cavalos-de-tróia no micro sem que o usuário note, monitorando assim seu acesso e roubando senhas e dados pessoais.

Vírus – Vovôs das ameaças digitais, os vírus de computador provocam calafrios em quem navega na internet brasileira desde seu início, ainda que seus riscos tenham diminuído com o tempo. A praga chega ao usuário, na maioria das vezes, por e-mail. As consequências de uma infecção dependem do vírus: enquanto uns apenas mostram imagens engraçadas, outros formatam o disco rígido do PC e se enviam para todos os contatos do usuário.