Re-volta

Não se assustem.

Sou eu mesmo.

Adauto de Andrade, sempre a seu dispor.

Vamos (re)começando desse jeitão mesmo, em papel de rascunho. Metade em inglês, metade em português. Bagunçado, como toda casa que passa por reformas. Mesmo assim, ainda estou fuçando para tentar criar um tema do WordPress mais de acordo com a minha cara.

Mas já estava me fazendo mal, MUITO mal, ficar calado. Quieto no meu canto. Sorumbático. Irritadiço. As orelhas ficando pontudas e as garras ficando afiadas. De fato, animalesco. Afinal de contas, como já disse antes por aqui mesmo, enquanto algumas pessoas consultam psicólogos e psiquiatras para desabafar suas neuroses e aliviar seus problemas, eu consigo prefiro fazer isso aqui. On-line. Nesse mundinho virtual que tão bem costuma acolher os devaneios deste velho escriba…

Assim, antes que eu acabe enfartando em algum pico de stress reprimido, volto à ativa.

Tudo apagado, tudo recarregado, algo remodelado, e sempre em fase de eterna reconstrução, eis-me aqui.

De novo.

Se ainda houver alguém por aí, ótimo. Caso contrário, tudo bem, também. Algum dia, em algum lugar, em algum momento, estas malfadadas linhas ainda podem ser úteis para alguém.

Até porque, em que pese a maciça opinião contrária, eu ainda me acho um cara um tanto quanto Legal

Real surrealeza

Às vezes, simplesmente não há o que se falar. Ou mesmo comentar. Um texto muito bem escrito é um texto muito bem escrito e ponto final. Hoje, zappeando (existe isso na Internet?) por aqui e por ali, acabei me deparando com o blog Hoje eu acordei com vontade de escrever, da Aline. O texto a seguir – que é de uma leveza ímpar – foi publicado em 02/08/07, sob o nome de Carteado. No bom e velho estilo Ctrl-C & Ctrl-V, segue abaixo, na íntegra.

Estava lá o rei de copas, majestoso, a espera da sua dama. No começo nem deu pelo tempo a passar, de bate papo com o valete e o rei de paus. Conversa de homens, exageradas histórias de algumas canastras sujas que haviam feito no passado.

Algumas rodadas depois chega a dama. Não a dele, a de paus. Uma morena bonita que levou de rastro os dois companheiros para a mesa. Um às de espadas passou por ali, mas não encontrou nada que o fizesse ficar e foi embora sem nem pestanejar. Os ases são assim, aventureiros. Sabem o valor que têm, reconhecem a sua maleabilidade e ainda assim rodam para lá e para cá, com a certeza de que no momento certo vão decidir o jogo. Deve ser bom ter tanta auto-confiança.

Umas poucas cartas baixas tentavam se arranjar umas com as outras, mas um rei não pode se misturar. Uma das muitas tristezas de pertencer à família real. Mas não se deixou abalar. Pelo menos até ela chegar. Parou de respirar uns instantes quando viu a pele branca que gritava sob o vestido vermelho. Nem por um segundo pensou ser a sua dama. Não confundiria nem a sombra do seu amor platônico, seu objeto do desejo inalcançável desde que se lembrava de si mesmo. Declararia uma guerra para ficar com ela. Mas sabia ser em vão. A dama de ouros não era ainda dama e já arrastava uma carruagem pelo herdeiro do mesmo naipe, um garoto sem graça e afeminado. Doía seu coração vê-la sempre assim, passeando pelo lixo, rodando de mão em mão, à procura daquele rei que – só ela não percebia – era muito mais de valetes do que de damas. Nunca chegou a se declarar. Quase o fez, pouco antes de ser coroado. Mas depois de umas históricas bebedeiras e umas tantas figuras de bobo, decidiu fazer as pazes com o seu destino e aceitar o que era seu.

Deixou-se ser guiado pela sua dama e encontrou o caminho para a felicidade tranquila que os reis merecem. Ao pensar no seu rosto bolachudo e no seu abraço farto, sentiu ainda mais a sua falta e ansiou que fosse a dama de copas a próxima no monte. Não era. Apenas ele e mais um par de cartas desencontradas e sem futuro ainda ficaram ali. O peso da inutilidade é ainda maior para um rei. Reparou no jogo adversário, para se distrair. Sentiu um punhal passear pelo seu coração. Três cartas descem em câmera lenta. Era a sua dama, que sorria à vontade entre o valete de copas e o coringão, num jogo sujo do qual ele não fazia parte e não parecia fazer falta.

– Dama, sua vagabunda!, gritou com a voz trêmula. Era uma carta experiente. Sabia que, por causa daquela traição estava morto. Já não servia nem como lixo.

Harry Potter (de novo)

Acabei.

Terminei de ler Harry Potter and the deathly hallows.

Apesar das falhas na tradução, da falta de sentido em alguns pontos e de outros suprimidos ou repetidos, cheguei ao fim.

E mesmo tudo isso não diminuiu a compreensão de toda a estória. Muito bom. Mesmo. Fechou com chave de ouro, sem deixar “pontas soltas”. Todas as aventuras e desventuras dos seis livros anteriores foram esclarecidas e resolvidas.

Não quero adiantar nada pra ninguém, mas sou obrigado a revelar que a grande batalha final foi um ponto épico. Me senti transportado para um cenário de guerra como aquele do Senhor dos Anéis.

Muito bom.

O que, a seu devido tempo, não impedirá que eu compre a “versão oficial” traduzida do livro.

Assim a editora não poderá reclamar. Afinal de contas, coleção é coleção…

Frio, frio, MUITO frio…

Não preciso nem falar, né?…

Mas, mesmo assim, o que dá raiva é que quando a gente reclama que tá frio, frio, MUITO frio, o povo ainda tem o desplante de vir e falar: “Ué, mas não é você que gosta de frio? Então não pode reclamar…”

Pô, DÁ UM TEMPO!

Tá certo, eu gosto de frio. Mas aquele humanamente enfrentável. Do jeito que tá, trabalhar de moto nem pensar! Ainda bem que o seu Bento (vulgo meu pai) emprestou a boa e velha Variant por essa semana. Quem a vê tem a impressão que acabou de sair da loja, mas ela já fez até bodas de prata com a família – foi nela, inclusive, que aprendi a dirigir…

Volto a dar notícias quando recuperar a sensibilidade na ponta dos dedos, até porque digitar de luva deve ser phowwdas…

Dieta: o fim?

Pois é, gente.

Acho que já deve estar mais ou menos bom…

Convenhamos: eu realmente estava precisando dar uma controlada no peso.

Mas, apesar de não ser um cara lá muito vaidoso, eu sou um cara muuuuuito sistemático. O período de controle absoluto (estilo “Vigilantes do Peso”) foi de 20/02 até hoje – 20/07, ou seja, cinco meses apenas.

A tal da dieta do carboidrato propriamente dita somente começou lá pelo quadragésimo dia (é quando a linha do gráfico começa a despencar), então temos, basicamente uns três meses e meio.

Confesso que, para horror do amigo Bellini (fundador dessa dieta aqui no trabalho), eu trapaceei. Sim, senhoras e senhores, eu trapaceei. Não deixei de tomar minha cervejinha e muito menos o bom e velho tablete de doce de leite logo após o almoço. Fui em churrascos, aniversários, festas e afins e não passei vontade. Apenas controlei a boca e o paladar. Isso explica os altos (picos, na realidade) e baixos no gráfico lá do começo…

Dos originais 100,6 kg, mais de uma arroba depois (tomou, Paulo?), agora me encontro com 84,2 kg. Agora o negócio, segundo me explicou tecnicamente minha amiga Sheila, é manter: para cada quilo perdido devo contar um mês de manutenção do peso. É… Ainda tenho quase um ano e meio pela frente…

Isso porque meu filhote mais velho teima que, antes de começar o controle, eu estava com 104 kg. Não duvido, pois eu estava numa fase em que evitava balanças de uma maneira tal assim como o diabo foge da cruz.

Resultados? Digam vocês mesmos. Essa foto abaixo foi tirada no início de fevereiro, no churrasco em comemoração aos dez anos de formatura da minha turma da faculdade.

Já essa foto seguinte foi tirada hoje de manhã. Apesar de estar vestindo uma camiseta preta, garanto que foi coincidência: sem truques! Acho que dá pra perceber que perdi uns quilinhos…

E então? Tá bom? Acho que já posso – finalmente – decretrar o fim da dieta e passar para a fase de controle…