Genealogia – VI

(até a décima-oitava geração)

Balthazar de Moraes de Antas, filho de Pedro de Moraes de Antas, cavaleiro fidalgo dos chefes Moraes do reino de Portugal da província de Trás-os-Montes, o qual foi casado com sua prima, Ignez Navarro. Pedro era filho de Vasco Esteves de Moraes de Antas, casado com Micaela de Albuquerque, ambos de Vimioso. Já Ignez era filha de Nuno Navarro, casado com Isabela de Moraes de Antas. Essa Isabela seria irmã do citado Vasco Esteves. Contudo, outros autores entendem que Ignez seria, na verdade, filha de Baltazar Mendes casado com Leonor Mendes de Moraes, esta sim irmã de Vasco Esteves e ambos filhos de Maria de Madureira e de Estevão Mendes de Moraes de Antas. Um dia ainda preciso verificar a fundo essa linha de parentesco. Independente disso, inequívoco que a linha seguinte prossegue por meio de Estevão Mendes de Moraes de Antas. (continua…)

De volta ao passado

Noite quente!

Acho que eu nunca comentei por aqui, mas uma das coisas que mais adoro é voltar ao passado. Não no sentido ficcional-científico (existe essa palavra?), de um retorno físico, envolvendo a massa corpórea transportada num túnel volátil aberto no tempo, com a possibilidade de táquions desacelerados e invertidos numa velocidade superior à da luz. Ou seja lá o que foi que J. J. Benitez tenha escrito. Simplesmente viagens ao passado dentro de minha própria cabeça, embalado em lembranças.

Isso me recorda um filme que assisti há muuuuuuito tempo (também me recordo de ter lido o livro), envolvendo na época o canastrão e hoje cult Cristopher Reeve. Se bem me lembro ele fixava toda sua concentração em voltar ao passado para viver uma experiência com uma mulher de um retrato, pela qual se apaixonou, e, no fim da estória, não se pode ter certeza absoluta se ele realmente retornou ao passado ou se foi tudo um mero sonho, um devaneio de uma mente apaixonada.

Mas TODOS os dias quando retorno do trabalho existe um determinado trecho na estrada pela qual passo que fica próximo de um rio, ou córrego, não sei. Ali por perto tem alguma espécie de curral, e muita mata. Como passo de moto sinto nitidamente a alteração de temperatura, fica realmente alguns graus mais frio, e o cheiro que o local exala é uma mistura de capim molhado, de umidade e de curral propriamente dito.

Isso me leva diretamente às mais deliciosas memórias da infância, quando ia ou na casa de minha avó, ou no sítio de um primo de meu pai, onde pescávamos, nos divertíamos, explorávamos, corríamos e desenvolvíamos todas as atividades de uma criança com pés no chão. Não. Nada de contas no final do mês, salário pra se preocupar, stress diário (não, não vou escrever “estresse”), enfim, uma vida saudável que – infelizmente – não volta mais. A não ser que eu ganhe na loteria. Mas como não sou de jogar…

Essas “viagens” que faço de quando em quando realmente me fazem muito bem. Me ajudam a resgatar um pouco do moleque escondido dentro de mim. Ele está lá, debaixo de toda a lógica e racionalidade de minha vida, ele continua escondido, nos labirintos de minh´alma, esperando sua vez de dar uma escapulida e aprontar alguma… De vez em quando o filho da mãe extrapola, e fico eu, todo rubro, tentando justificar seus atos. Ele tem conexão direta com a língua, sem passar pelos neurônios, e quando percebo ele já aprontou das suas.

Mas isso é bom. Gostaria de ter mais controle sobre ele, liberando-o principalmente quando estou com meus filhotes, mas todo mundo que é pai sabe que é MUITO difícil conseguir encarar uma brincadeira animal com uma criançada de um, três e seis anos depois de um longo dia de trabalho. Às vezes até consigo, e a carinha de satisfação que recebo em troca resgata todo o vigor perdido no decorrer do expediente.

É como diz a parte final de um texto que tenho num quadro (talvez amanhã ou depois eu o coloque por aqui). De autor desconhecido e sob o título “O que é um menino”, termina assim: “Mas quando você volta para casa, à noite, de esperanças e ambições despedaçadas, ele pode compô-las num instante com as suas palavrinhas mágicas: ‘Oh! – Papai!’ “.

Em casa já tenho dois terços disso.

Só falta o Jean começar a falar.

😉

Tirinha do dia:
Deus!