Adevogados…

Um chefão da Máfia descobriu que o seu contador lhe havia desviado dez milhões de dólares.

Esse contador era surdo. Por isso foi admitido pois, além de ser um deficiente físico, ele nada poderia ouvir para, depois, ter que testemunhar em algum tribunal.

Quando o chefão foi dar um arrocho no contador sobre os dez milhões, levou junto seu advogado, que sabia a linguagem de sinais dos surdos.

O chefão perguntou ao contador: “Onde estão os dez milhões que você levou?”

O advogado usando a linguagem dos sinais perguntou ao contador onde estavam escondidos os dez milhões, que logo respondeu (em sinais): “Eu não sei de que vocês estão falando.”

O advogado traduziu para o chefão: “Ele disse não saber do que se trata”.

O mafioso então sacou a pistola 45 e encostou-a na testa do contador, gritando: “Pergunte a ele de novo…”

O advogado sinalizando para o infeliz: “Ele vai te matar se não contar onde está o dinheiro.”

O contador sinalizou em resposta: “Ok, vocês venceram, o dinheiro está numa valise marrom de couro, enterrado no quintal da casa de meu primo Enzo, no bairro de Queens!”

O mafioso perguntou ao advogado: “O que ele disse?”

O advogado respondeu: “Ele disse que você não é macho o suficiente pra puxar o gatilho…”

Alê Félix, a Viajandona

Ultimamente uma de minhas leituras obrigatórias é o blog-diário da Alê Félix, que está viajando pela América do Sul do jeitão dela. Pouca grana, desfrutando perrengues homéricos, variando do mau humor absoluto à mais divertida molecagem que se possa imaginar, mas conhecendo o lado humano de cada localidade por onde passa, se redescobrindo como pessoa nesse “Caminho de Santiago” dos Andes. Acompanhem comigo alguns trechinhos dessa desventura:

29/11/07: Tem uns quinze dias que dei um chutão no meu inferno astral e me mandei pro Rio. Ah, o Rio de Janeiro… E aquele povo. Puta que o pariu de lugar abençoado, de gente engraçada, leve… Adoro até o humor rabugento do dono do apartamento que alugamos e que simplesmente ignora a existência e presença de paulistas.

15/12/07: Viajo daqui a pouco, não planejei nada, não falo nada de espanhol, não tenho data pra voltar, tô indo sem reservas, sem fazer a menor idéia do que há para ser visto, sem ter estudado o melhor percurso que farei chegando na Venezuela e seguindo em direção a Colômbia, Equador, Bolivia e Peru. Não sei onde estarei no Natal e muito menos no Ano Novo. Só sei que tenho uma passagem de ida para Caracas, saindo de Guarulhos hoje a meia noite. Tenho meus poucos quinhentos dólares na carteira e um tênis que custou quase isso e que eu espero que me ajude no folego que me falta. Vou de mochilão, vou atravessar os países de onibus apesar das recomendações, vou dançando salsa, vencendo meus medos da solidão, testando meus limites, escrevendo e fotografando. Voltarei pra cá sempre que der. Fui.

26/12/07: E agora, chegando em Quito estava conversando sobre as minhas impressoes sobre a Venezuela e lembrei que escrevi merda no post abaixo. Ignorem o que eu digo, eu estava num pessimo humor quando escrevi e tudo me parecia pior do que realmente tinha sido. Eu conheci muito pouco e muito rapidamente o país, tive o prazer de ser presa por tres horas no Palacio Miraflores e depois ainda conseguir nao só a camera fotografica de volta como tirar fotos com a boina do guarda que me prendeu, fora outras situacoes e pessoas que nao dei o devido valor. Como dizia Fernandinho (um colombiano simpaticao que adora o Brasil e queria o tempo todo que eu falasse em portugues e nao em portunhol porque era muito mais charmoso), nao é todo dia que se vive e parece que eu esqueci o quanto sao valiosos esses momentos de perrengue.

27/12/07: Ah! Tambem me escondi dentro daquele lugar onde o padre fica quando as pessoas se confessam. Uma senhora deve ter confundido minha capa equatoriana com alguma santidade papal e veio me contar suas travessuras. Fiz uma super-capsula imitando voz masculina e sai de la correndo antes que me prendessem tambem no Equador. Preciso parar com essas manias, mas quase sempre é irresistivel. Tomara que deus seja um cara bem humorado, senao eu to lascada.

31/12/07: Nao suporto correr riscos, mas tambem nao suporto ficar parada vendo minha passar toda certinha e bonitinha igual a da cartilha que a maior parte de nós segue sem questionar, sabe? Igual a de todo mundo que nem sabe porque trabalha, para quem vive, pelo que sonha, por quem goza… Pra que uma casa propria? Por que casamos? Por que tantas compras? Pra que tanta economia? Por que é tao importante ter filhos? Por que trabalhamos com o que nao gostamos? Por que nos sujeitamos a uma vida que nao vale uma vida? Por que mentimos para nós mesmos mais do que mentimos para as outras pessoas? (…) Feliz ano novo pra voces… Arrisquem. Arrisquem sempre que for possivel. Arrisquem novos caminhos, pensem diferente, pensem no que realmente querem fazer com os poucos anos que ganhamos de presente. A cartilha pode ser quentinha, mas as vezes sentir frio na barriga, gelo na espinha e arrepio na nuca é o que precisamos para nos sentirmos vivos.

02/01/08: Nao sou muito chegada a turistas e os lugares eleitos por eles. Nao aguento aquelas carinhas alegres comprando pacotes para trenzinhos, manja? Nao que eu nao ande neles. Minha alma brega acaba entrando nessas presepadas (sempre!) e se divertindo pra burro mesmo quando meu cerebro me empurra para as ruas onde vivem as pessoas reais. Curto passear pelas berimbocas, fotografar escondidinha, fotografar escancaradamente, conversar, conversar e conversar. Por sorte, ontem meu cerebro estava dominante e fui para as ruas mais afastadas onde festejariam os moradores de Banos…

No apagar das luzes

E eis que chegamos ao último dia do ano!

Estamos a apenas algumas horas do Réveillon (é, eu também achei esquisito, mas é assim mesmo que se escreve) e resolvi dar uma passadinha por aqui para uma rapidinha – a última de 2007.

A bem da verdade já há alguns dias venho ruminando o que escrever no dia de hoje…

Primeiro pensei em fazer uma espécie de retrospectiva pessoal do ano que passou, os fatos marcantes, os grandes acontecimentos, as melhores histórias, etc. Percebi que não teria assunto para nem meia dúzia de linhas…

Então imaginei algo mais zen, falar sobre as grandes novas amizades que surgiram no decorrer desse ano, sobre aquelas que se consolidaram, bem como aquelas que continuam marcantes, apesar da distância e da falta de contato. A redescoberta de parte de minha própria família – tanto os que estão longe quanto os que estão perto – foi uma constante nesse período. Mas isso tudo é algo por demais intimista, que diz respeito ao carinho especial que tenho por cada um de meus amigos e amigas (quer sejam parentes ou não), e resolvi deixar isso de lado.

Pensei em dar uma repassada pela política. Cogitei em falar sobre tecnologia. Quase escrevi sobre música. Família. Crianças. Software livre. História. Genealogia. Língua portuguesa. Causos – jurídicos ou não. E(in)volução da legislação.

Tudo isso bailou em minha mente, mas nada se fixou.

Pensamentos que fluíram como folhas que rodopiam correnteza abaixo num pequeno e límpido riacho…

Pois é.

Já é a trigésima oitava vez que atravesso de um ano para outro. Acho que não tenho mais expectativas mirabolantes sobre o ano vindouro. Não é o simples encerramento de um ciclo solar que vai fazer com que um ser humano mude por completo seu caráter, sua personalidade, seus planos, seus anseios ou sua capacidade de dar com os burros n’água.

Pensando bem, creio que sequer lembro-me de meia dúzia ou mais passagens de ano. Assim, dos detalhes, ao menos. A maior parte – tenho certeza – foi em família. Qualquer que seja, minha, de outros, a antiga, a atual, mas em família.

Particularmente, tenho carinho especial por uma que passamos a três: eu a Dona Patroa e o filhote mais velho (único à época) – ainda baila na lembrança a carinha sorridente dele com toda aquela festança colorida só nossa…

Noutra oportunidade – creio que no ano anterior – estávamos também nós três em plena praia vendo a queima de fogos, milhares de pessoas (eu disse milhares de pessoas) perambulando para todos os lados e quem encontro? Meu amigo, compadre, companheiro e sócio Luisinho. Se tivéssemos combinado, não teria dado tão certo!

Muitas vezes passei com amigos. Muitas vezes na balada. Pelo menos duas (ou três) tenho certeza que fiquei zanzando sozinho pelas ruas da cidade, sem vontade alguma de participar de nada daquilo.

Mas, para quem ia dar apenas uma rápida passada, já estou me estendendo por demais. A Dona Patroa já está pressionando para sairmos e ainda preciso me trocar.

Então fica aqui uma simples pergunta para quem quiser ou ousar responder: alguém realmente se lembra de todas suas passagens de ano? Qual a melhor? Qual a pior? E que tal foi essa última, então?

Tá, eu sei, não foi apenas uma pergunta – mas vocês pegaram o espírito da coisa!

Pois bem, crianças, volto em 2008. Provavelmente mais pro final da semana…

Boas festas a todos!

Um Feliz Natal

Minha ausência nos últimos dias foi necessária. Para colocar as ideias em ordem. Para colocar as perspectivas em ordem. Para colocar as finanças em ordem. Enfim, para colocar a casa em ordem.

Então, quando menos espero, eis que o Natal já está quase aí. Veio chegando, chegando, e – sem nenhum aviso – praticamente chegou.

Tentando não cair naquele discurso ortodoxo, convém que não nos esqueçamos o porquê dessa data, afinal de contas…

Pensei em escrever sobre muitas coisas nesta véspera de Natal. Mesmo. Entretanto nada parecia bom o suficiente.

Nada realmente chegou a evocar o que seria o “espírito natalino” em mim. Até hoje pela manhã.

Em casa, já há algumas semanas, a Dona Patroa criou um “sistema de pontos” para os três filhotes. Funciona mais ou menos assim: a cada atitude extraordinária, que ultrapassasse as obrigações normais de cada um, cada filhote ganharia um ponto. Entretanto, qualquer atitude negativa, independentemente do que quer que a tenha gerado, implicaria na perda de um ponto. Ao alcançar cinquenta pontos eles fariam jus aos seus presentes de Natal. Caso contrário, ficariam sem.

Sei, sei, parece muito o sistema de pontuação de Hogwarts, mas garanto que foi original por parte dela…

Enfim, considerando os três aninhos do caçula, ele seria café-com-leite (alguém ainda se lembra do que isso significa?), mas os mais velhos, com seis e oito, estavam dentro do jogo. O mais velho até hoje de manhã já havia acumulado mais de sessenta pontos; porém para o do meio ainda faltavam seis pontos.

É LÓGICO que eu não o iria deixar “sem Natal” e, por isso mesmo, estava arranjando as tarefas mais estapafúrdias para que ele me ajudasse e conseguisse ganhar os pontinhos que faltavam. Mesmo assim, a determinada altura o mais velho chegou e perguntou:

– Paiê, eu estou com um monte de pontinhos sobrando. Você não pode passar pra ele pra que ele possa ter Natal também?

Não preciso nem dizer que quase fui às lágrimas. Abracei-o com todo amor que poderia passar e expliquei-lhe que aquela atitude era muito bonita, mas que não seria possível, pois cada um deles teria que fazer por merecer seus pontinhos.

Mas isso calou fundo na minh’alma. Vai ao encontro de tudo aquilo que mais acredito e que procuro sempre professar.

O puro e simples compartilhar. Sincero. Desinteressado. Ou melhor, há interesse sim – o de beneficiar alguém.

E é isso que eu desejo a todos. Mais do que os presentes. Mais do que as festas. Mais do que as congratulações. Que uma atitude simples como essa também consiga os afetar, fazendo nascer o verdadeiro espírito natalino, o espírito de compartilhar.

Com alegria.

Com sinceridade.

Com desinteresse.

FELIZ NATAL !!!

P.S.: A quem interessar possa, é LÓGICO que o filhote do meio conseguiu os pontinhos que faltavam…

Basta estar vivo…

Não tem como suavizar a notícia.

Faleceu nesta madrugada de 19/12/2007, de infarto fulminante, o engenheiro Davi Monteiro Lino.

Vice-Prefeito do Município de Jacareí, interior de São Paulo, Secretário de Infraestrutura Municipal, um dos principais articuladores políticos da Administração e o mais provável candidato à sucessão nas eleições municipais de 2008.

De caráter fortíssimo, decidido, determinado, temido e respeitado tanto pelos amigos quanto por seus oponentes, era uma pessoa que se destacava em qualquer ambiente.

De uma racionalidade ímpar, tinha baixíssima tolerância para trabalhos mal feitos ou, sob seu ponto de vista, ineficazes, momentos nos quais, com voz trovejante, colocava em alto e bom tom o teor de seu desagrado.

Confesso que, justamente por essas características, e taurino como sou, tive também meus entreveros com ele. Dos brabos. Apesar disso, sua linha de trabalho, às vezes quase ditatorial, sempre se contrapôs àquela sua outra personalidade – mais condizente com este que vos escreve – a de botequeiro.

Sempre apreciador de uma boa discussão, com uma notável memória para os fatos históricos e políticos tanto do município quanto do país, seria possível ficar horas a fio ouvindo-o discorrer sobre os inúmeros causos que conhecia, de que participou ou mesmo protagonizou.

De um recente curso que fizemos juntos, minha maior surpresa foi descobrir que na “classificação técnica” que lhe foi atribuída ele foi qualificado como “introvertido”. Um caboclo daquele tamanho, daquela envergadura, daquela postura, introvertido? Difícil de acreditar…

Enfim, ainda que sob risco de parecer rude, convém dizer que não é sua morte que vai torná-lo santo. Tinha seus defeitos, é lógico. Mas também tinha suas virtudes – que não eram poucas. Sejamos justos com quem sempre procurou ser justo.

Ainda estou meio que aparvalhado com tudo isso. Para se ter uma ideia de sua presença na administração do Município, fica difícil prever os rumos que as coisas irão tomar doravante. Apesar de tudo, de nossos embates, de nossas reuniões, de nossas poucas discussões à mesa do bar, confesso que ele vai fazer falta. À Administração. Aos amigos. Aos copoanheiros. Ao próprio Município.

Requiem aeternam dona eis, Domine.

(P.S.: agora é o Bicarato, aproveitando o espaço do *Legal*: corroboro todas as palavras acima, e gostaria apenas de complementar que a cidade, e os amigos, perdem uma personalidade que deixa, sim, um vazio enorme. Cada pessoa que se vai deixa esse vazio, mas no caso do Davi, queria ressaltar a inteligência ímpar, o que não é pouco nas circunstâncias em que vivemos. Com todos os defeitos, e a aparente arrogância que caracteriza quem não suporta ver as coisas mal feitas, como o Adauto já disse acima, mas que na verdade é apenas uma autocobrança, o *Gordinho* deixa, agora, esta cidade um pouco mais burra, pra falar o português claro. Que se anote: quando ele queria ser chato, sabia sê-lo como poucos. Mas ser cobrado por um cara desses sempre foi um desafio.)

Combatendo o stress

Como evitar dissabores, discordâncias, desentendimentos e afins com a Dona Patroa em dia de organização de festa de criança em casa, em apenas duas lições:

Lição nº 1: acorde cedo e execute – por si só – todas as tarefas dignas do macho-alfa-dominante (pelo menos é o que você acredita) que lhe seriam delegadas no decorrer do dia pela Dona Patroa (coisas altamente técnicas e essenciais, tais como empurrar sofás, trocar xaxim da samambaia de lugar, prender as cachorrinhas no fundo, etc).

Lição nº 2: saia de casa e só volte momentos antes da festa, com tempo suficiente para um bom banho.

Para sucesso da empreitada é importantíssimo não manter contato visual com a Dona Patroa entre o desenvolvimento de uma lição e outra. Basta seguir esses passos simples e eficazes que – garanto – tudo correrá dentro da mais tranquila normalidade e você não estará sujeito a nenhuma intempérie no decorrer do dia, dado o grau de ansiedade dela para que tudo dê certo na festinha do pimpolho.

É LÓGICO que a besta que vos escreve jamais conseguiu fazer isso.

Nove-ponto-zero

Pois é.

Nove anos.

O tempo voa.

Parece que nosso casamento foi ainda ontem…

Sábado. Doze de Dezembro. Onze da manhã. Contrastava perfeitamente o vermelho do tapete estendido no verde do gramado de uma bela chácara. Dia razoavelmente quente, com uma fina garoa que não tinha certeza se caía ou não. A juíza de paz entrou na brincadeira e leu toda aquela documentação oficial pontuando com alguns espaços para entrada do noivo, da noiva, vinda das alianças, etc. Padre? Não. Só um pastor (não me lembro mais de qual religião) que viria dizer ecumenicamente algumas palavras. Até porque, por eu já ser divorciado e, segundo a igreja católica (assim, em minúsculas mesmo), condenado ao fogo do Inferno, padre não rolava. Mesmo assim o pastor se atrasou…

Casal casado, toca pra festa!

Bastou andar uns vinte metros e a casa grande da chácara já nos aguardava para um bom almoço. Era o antigo restaurante Coelho & Cabrito, que, àquela altura, pertencia às meninas outrora proprietárias daquele nosso barzinho favorito, o Kabala – a última notícia que tive é que elas abriram um restaurante na China! Dá pra acreditar? Já saiu até matéria na veja sobre isso.

Recebemos um por um por um por um, e foi todo mundo se acomodando naquele ranchão enorme com mata por todos os lados até onde os olhos podiam enxergar. Não demorou muito, o pastor chegou, pediu uns minutinhos de atenção a todos (que já haviam começado a se servir) e disse suas palavras e pediu a bênção do Senhor.

Isso rendeu aquele ótimo comentário do amigo, compadre e copoanheiro Luisinho (é, o Luís Henrique): “O melhor casamento que eu já fui foi o do Adauto e da Mieko. O único em que, enquanto o padre estava falando, eu podia ficar lá, sentadão, ouvindo, e ainda com um copo de cerveja na mão!”

Naquele dia vimos bastante gente que, há muito, não encontrávamos. Alguns sequer voltamos a ver desde então. Rimos bastante. Divertimo-nos bastante. Não vou cometer a heresia de tentar lembrar o nome de quem foi, pois COM CERTEZA vou esquecer alguém. Mas não posso deixar de lembrar que, já no fim da festa, quando quase todo mundo tinha ido embora, o pessoal já limpando as dependências da chácara, ainda ficamos eu, você, o Benê (ainda com bigode), a Márcia e o Maurício, todos ali sentados e tomando cerveja até quando pudemos…

Nove anos.

Tanta coisa já aconteceu…

Já moramos no litoral, lá em São Sebastião (a uns cinquenta metros da praia, lembra?), você veio trabalhar no fórum local, nasceu nosso filho, mudamos de casa, trocamos de carro, nasceu nosso filho, mudamos para um apartamento, fechei o escritório, nasceu nosso filho, mudamos de casa de novo, e por aí afora…

Passamos por altos e baixos. Poucas e boas. Fases boas e fases ruins. Mas TODO casamento é assim. Tem hora que a gente quer ficar o tempo todo um do lado do outro. Tem hora que dá vontade de sair correndo e gritando.

Mas tudo passa.

Com certeza novas situações virão. Novos empreendimentos. Novas dívidas. Novas encrencas. Novas brigas. Novas pazes. Novas renovações inovarão as novidades novamente.

E assim o mundo gira, o círculo se fecha e o amor se renova.

Independentemente de tudo isso, e recorrendo ao mais antigo dos clichês (correndo o sério risco de ser tão brega quanto piegas), posso afirmar categoricamente que estou pronto a enfrentar o que vier, desde que com você, pois quero envelhecer ao seu lado…

Te amo, Mi.