“Dois pra subir, senhor Spok”

Essa eu pincei lá do blog do Marco:

Já ouviram falar num treco chamado Teleportec? Vi esse negócio em funcionamento ontem e fiquei besta. Sim, mais ainda. Estava cobrindo um evento, e os organizadores anunciaram que um dos palestrantes participaria a partir de seu escritório em Dallas, via Teleportec. “Tucanaram a videoconferência”, pensei. Bobagem minha. Nem o equipamento nem o palestrante eram banais. Manjam pára-brisa de lancha? Então. Imaginem um pára-brisa de lancha de cabeça para baixo e com a parte côncava voltada para a platéia, incrustado num púlpito de madeira. Aparentemente era só isso o tal Teleportec: vidro e madeira. Bestagem, frescura de design. Pelo menos até o momento em que foi posto em funcionamento: de repente, vindo do nada, o palestrante materializou-se atrás do púlpito. Sorridente, mãos apoiadas sobre o tablado, um pouco transparente aqui e ali, o homem parecia um fantasma camarada. Pelo que me explicaram, o funcionamento do equipamento é relativamente simples: o palestrante se posta frente a um fundo verde, como no velho truque do cromaqui. Na outra ponta, a imagem é projetada no vidro sem o fundo. Como o vidro é transparente, a imagem projetada se sobrepõe ao fundo local (no caso de ontem, as cortinas do teatro). O formato do vidro, dobrado nas laterais, completa a ilusão de três dimensões. Coisa do cão.

Paternidade

Paternidade é uma coisa maravilhosa. É ser agraciado com uma dádiva divina. É entrar num eterno ciclo de aprendizado. É ficar à mercê de pequeninos seres iluminados. É ficar em consonância com o Universo. É ficar vinte minutos procurando a porra do outro pé do sapato que você quer calçar e que os diabinhos esconderam enquanto brincavam…

Ah! A paternidade…

Desnecessidades

Tem certas coisas que são ditas mas são total e completamente desnecessárias. Conversa de hoje no café da manhã:

– Ah, amor, sabia que todos juntos temos seu peso?

(Pequena pausa dramática, enquanto eu tentava me desvencilhar do último gole de café que não queria mais descer.)

– Cumassim?

– Então. Eu peso 48. O mais velho 23. O do meio 18 e o caçulinha 11. Isso dá seus 100 quilos!

Do alto de meu 1,90m de altura (pequena e vã tentativa de justificar esse número), não me restou mais nada a dizer senão:

– Credo Mi. Que informação mais inútil. Pra que serve ficar coletando coisas desse tipo?

E, com um meio sorriso por trás de sua xícara de café, ela me respondeu com aqueles pequeninos olhos sapecas e brilhantes:

– Apenas estou tentando ficar à sua altura…

Pronto.

Criei (mais) um monstro.

Quarenta (mas com corpinho de trinta e nove)

Acho que meio que afetado pela onda de saudosismo da Lala, ontem à noite resolvi dar uma fuçada em algumas fotos antigas. E curiosamente encontrei essa que está aí em baixo, todos adEvogados, e que prova que a falta de parafusos deve ser congênita. Da esquerda pra direita: o Santiago, que tem seu escritório em São José dos Campos; o Luís Henrique, que trabalha na Administração Municipal de Guarulhos; a Lúcia Helena, da Administração Municipal de São José; e eu (aproximadamente dez anos atrás e dez quilos a menos).

( Em tempo: a besta que vos escreve cometeu um erro crasso. Não é a Lúcia Helena. É a Cíntia (ex do Luisinho). Um viva à Andréa, sempre perspicaz, que me avisou. Acho que quem tá ficando velho sou eu… )

Aliás, no próximo dia 14 o Luisinho chega aos quatro-ponto-zero. Pois é, o tempo passa, mon ami… Mas já prometi que (dessa vez) não irei cometer nenhuma atrocidade, como fiz com o amigo Themístocles quando fez seus quarenta anos (um dia ainda conto essa história por aqui). Um brinde e um grande abraço ao doutor, compadre, copoanheiro e – sobretudo – amigo!

Zuzo lôco!

Uma garibada na língüa portuguêza

Pra mim escrever esse texto foi um poblema. Uma questão de célebro mesmo. Pelo menos quando eu era de menor tudo que eu fasia ia de encontro às minhas pretenções, ou seja, tudo que eu pritendia – ainda que mais tarde precizasse de concerto – eu conseguia de primera. Mas quando fiquei afim de falar algo sobre êrros de portuguêz, também fiquei meio desacorçoado. A impressão é de tentar estacionar um carro que não estersa de jeito nenhum. Apesar de já ser adevogado há um bom tempo, e – em tese – saber onde vai cada acento e asterístico de uma fraze, à partir daquele momento (da decisão de escrever o texto) percebi que não seria fácil, haja visto que poderiam haver muitas dificuldades. Arriscando um exagero, poderíamos dizer quer foi quaze um estrupo mental… Porisso estejam cientes que, por mais complicado que seje, quando a gente queremos, a gente conseguimos!

Mas acho que já estou enrrolando muito. Se continuar assim eu vou estar passando uma idéa de que não vou estar conseguindo atinjir meu objetivo beneficiente: o de simplesmente ajudar a criar uma discussão saldável desse tema que fazem semanas que venho tentando abordar. Tudo bem, tudo bem, não sou nenhum herói por causa disso. Não precisam estar mandando fazer nenhuma estátua em mármore de minha pessoa, nem mesmo presentear-me com uma casa (ainda que germinada). Isso porquê o que fasso sempre é por praser, e não por obrigação. Ninguém precisou me colocar em cheque praisso.

Em fim, acho que já temos exemplos suficientes de coizas que devemos evitar. Creio que prolongar esse texto com mais ou com menas frases não iria adiantar. Na verdade tudo que eu realmente queria era mostrar que devemos ter um grande cuidado com a hortografia!

ELUCIDÁRIO:
guaribada
língua
portuguesa
para eu
problema
cérebro
menor de idade
fazia
ao encontro de
pretensões
pretendia
conserto
precisasse
primeira
a fim de
erros
português
descoroçoado
estorce
advogado
asterisco
frase
a partir
haja vista
poderia haver
quase
estupro
por isso
cientes de que
seja
quer
consegue
enrolando
vou passar
idéia
vou conseguir
atingir
beneficente
saudável
faz semanas
mandar fazer
estátua de mármore
me presentear
geminada
porque
faço
prazer
xeque
para isso
enfim
coisas
menos
ortografia

Cordeiro em pele de Lobo?…

Ainda ontem recebi uma mensagem da amiga Elaine elogiando o post do último dia 18/10/06. Segundo ela, agora que voltou de férias (“Férias”? Que que é isso mesmo?), estava se atualizando do que havia ocorrido na blogosfera e deparou-se com a repercussão do dito post.

Fiquei encantado com suas palavras, mas… verdade seja dita: eu também não sou lá um anjo encarnado na Terra. Na realidade o que quero dizer é que foram anos de relacionamento(s) para chegar ao atual “estado da técnica”. Temos que constantemente nos lapidar de modo a estarmos melhores que ontem – mas ainda não tão bons quanto amanhã. Amo de paixão minha baixinha (vulgo Dona Patroa), mas ela também já teve – e ainda tem – que ter muuuuuuuita paciência com esse insubordinado que vos escreve.

Só pra exemplificar, transcrevo novamente um post de  12/10/05 (fato verídico!), no qual dá pra identificar bem quem a santa que ela é:

– ROOOONNCC…

– Bonito, hein?

– Hmm?

– A que horas o senhor chegou ontem?

– UAAHH… Umas onze, eu acho…

– Pois é. Custava ligar? Volta e meia o senhor me apronta uma dessas. Já parou pra pensar por um único momento que eu fico preocupada com você? E se tivesse acontecido alguma coisa? Se ia demorar e sabia que ia demorar então ao menos avisasse. Já perdi a conta de quantas vezes o senhor me aprontou uma dessas. Eu já devo ter direito a sair de casa sem deixar nenhum recado por pelo menos umas duzentas e cinquenta e seis vezes, você não…

– Oito…

– Quê?

– Oito.

– Como assim, “oito”?

– Duzentas e cinquenta e OITO vezes. Não seis.

– …

– Mi?

– VOCÊ. NÃO. TEM. JEITO ! ! !

– Mas te amo tanto…

– @#$%¨&*!!!!

Retórica

Pegando o foco da tentativa de influência midiática a que temos assistido recentemente, ontem à noite, em seu primeiro discurso pós-eleição numa festa da CartaCapital, o Presidente Lula fez duas interessantes referências, conforme consta lá no Blog do Mino: primeira, a referência ao fracasso dos chamados formadores de opinião no seu propósito de manipular o eleitorado; segunda, a memória do tempo em que era “proibido falar contra”, confrontada com a regra de hoje, pela qual “é proibido falar a favor”.