Zero…
Um…
Dois…
Três…
Quatro…
Cinco…
Seis…
Sete…
Oito…
Nove…
Dez…
E hoje onze.
Parabéns filhote…
Zero…
Um…
Dois…
Três…
Quatro…
Cinco…
Seis…
Sete…
Oito…
Nove…
Dez…
E hoje onze.
Parabéns filhote…
E quem sabe o que verdadeiramente se passa dentro do coração humano?
A SOMBRA sabe…
E então, aproveitando que estou de férias mesmo, nada como procurar manter mens sana in corpore sano… Não, não é nada disso que vocês estão pensando, ô cambada de pecadores! Isso é latim, tá bom? Quer dizer “mente sã em corpo são”. Simples assim. E já que minha mente é um espetáculo (vejam bem, eu disse “mente”, não “memória” – pois nesse último quesito até mesmo pombos se saem melhor que eu…), então, pela milésima, quadricentésima, sexagésima nona vez, resolvi voltar a correr.
Acordaria cedinho no dia seguinte, no horário de praxe – cinco da matina – e antes mesmo de levar os filhotes pra escola – que entram às sete – eu faria uma boa série de alongamentos e já encararia uns bons quilômetros de alazônico galope!
Só que daí, já que estou de férias mesmo, com todas aqueles episódios não assistidos das séries que costumo acompanhar, bem, aproveitei pra me colocar em dia – sabem como é, né? Ou seja, fui dormir mais de uma da manhã…
Bem, não importa. Tenho confiança no meu infalível relógio biológico!
Que, lógico, falhou.
E assim, no dia seguinte, lá do ninho aconchegante que se tornou minha cama, resolvi dar uma lânguida e preguiçosa olhada no celular para ver quanto tempo ainda faltava para ele começar a despertar…
E já era umas seizivinti!!!
Passado o inicial choque elétrico que percorreu meu corpo e depois de, na sequência, praticamente jogar a Dona Patroa cama afora (eu sei que um dia ainda vou ter que pagar por isso…), corri pra acordar a criançada, fazer café, colocar pão na mesa… Mas… Cadê pão? Táquiôspa!
– Môr! Vai fazendo o café que eu vou buscar pão, tá bom?
Não tenho muita certeza, mas pelo estilo do grunhido ela deve ter dito algo como um “sim”…
É lógico que esqueci que meu sogro tinha saído com o carro na véspera e, tendo sido o último a guardá-lo, atrapalhou toda a “logística” da garagem. E, detalhe: o carro dele, um Golzinho dos quadrados, não pode ficar na rua, porque a porta do motorista não fecha. E nem posso achar ruim, porque fui EU quem destruiu a capacidade de a porta trancar direito. Mas essa é uma outra história.
Enfim, abre todas as fechaduras do portão de castelo da garagem, dá partida no carro do sogro que não pega, insiste, liga, tira o carro do sogro, tira meu carro, dá partida, insiste, xinga, liga e guarda a porra do carro do sogro, tira o carro da Dona Patroa, guarda meu carro, fecha todas as fechaduras do portão de castelo da garagem, pega o carro da Dona Patroa, vai até a padaria, compra pão, volta pra casa, põe o carro em cima da calçada (já falei que tiveram a capacidade de colocar uma placa de “Proibido Estacionar” BEM EM FRENTE de casa?), chega esbaforido na cozinha e… todo mundo já tomou café.
– Cumassim???
– Ué, amor, você estava demorando e resolvi fazer uns bolinhos de chuva, que é bem rapidinho. Só que gostaram tanto que não sobrou nenhum pra você…
– Gnagnagnagnagnagna…
– Oi?
– Nada não.
Bem, estando dentro dos rígidos padrões de horário escolares, e já voltando pra casa agora era só botar em prática o “Projeto Corrida” e zuzo bem!
Mas, aproveitando o ensejo, resolvi dar uma checada nos e-mails. E ver as notícias. E conferir o Instagram. E ler as últimas do Twitter. E dar uma passeada no Facebook. E atualizar o blog. E responder aquele outro e-mail. E…
– Môr, já tô indo, que tô atrasada, tá bom?
– Ué, mas você não entra às nove?
– E que horas você acha que são?
Caceta! Como o tempo voa e a gente nem percebe! E o pior é que agora o sol já está alto e eu, com minha pele de tez moreno-hipoglós, não tenho a mínima condição de enfrentá-lo. Paciência. Fica pra mais tarde, então…
E, nesse meio tempo, entre o começo do dia e o final da tarde, fiz aquelas faceiras coisas corriqueiras que um bom sujeito de férias sempre costuma fazer… Isso mesmo. Se eu não estava consertando alguma coisa, estava furando, quebrando, refazendo ou montando. Isso fora um relatório que tive que encaminhar para o serviço, já trabalhando no “modo certo de operação”. Mais a necessidade financeira absoluta de fazer as declarações de imposto de renda em casa – minha e a da Dona Patroa – e o dia acabou-se num átimo (não é ótimo usar palavras que muitos de vocês jamais ouviram?)…
Seis da tarde! Pouco mais de doze horas depois do planejado, mas já num clima agradável, sem sol pra castigar e ainda com o dia claro o suficiente para um bom exercício! Peguei meu bom e velho par de tênis de corrida comprado especialmente para esse fim há cerca de uns quatro anos – e pelo qual paguei quase um caldeirão de sestércios! Curioso que após tantos anos ele encontra-se praticamente novo. A marca deve ser realmente muito boa!
Fui ter para com meu filhote mais velho:
– Filho.
– Oi, pai?
– Vou dar uma saída, tá bom? Se sua mãe chegar, diga que fui correr e já volto.
– VOCÊ vai correr, pai?
– Vou, lógico! Pelo menos uns dez quilômetros!
– HUAHUAHUAHUAHUAHUA!!!!
– (…)
Diacho. Só não corto a mesada desse moleque porque ele não tem.
Pois bem. Lembrando de um artigo do dr. Drausio Varella que li recentemente, resolvi seguir o conselho do nobre médico: alongamento pra quê? Afinal de contas, meu corpo ainda estava despertando para a ginástica! Acocorei-me, dei umas esticadas, umas estraladas na coluna, quase fui atropelado ao atravessar a avenida, olhei para diante, pelo meu longo caminho a frente e, antes de começar a corrida, cheguei a uma sábia conclusão.
Melhor diminuir minhas expectativas.
Cinquenta por cento tá bom. Caminho uns cinco quilômetros adiante, aqueço-me o suficiente e volto correndo. Plano perfeito! E lá me fui.
E, absorto em meus pensamentos, depois de horas caminhando em forçada marcha, certamente já tendo atravessado inclusive a divisa da cidade (talvez de mais de uma!) fui me dar conta de onde estava. Coisa de pouco mais de um quilômetro de casa. Na mesma avenida, ainda. Cerca de, sei lá, uns quinze minutos desde minha saída. E suando. MUITO.
Então resolvi diminuir minhas expectativas.
“É. Pro primeiro dia, tá bom, né?”, disse pra mim mesmo. E mim mesmo, confiante, respondeu-me sem pestanejar que voltar correndo não ia rolar. Ah, não ia mesmo!
Olha só: já que eu ia voltar a partir dali e tinha caído pra apenas vinte por cento do plano original (um quilômetro pra ir e outro pra voltar em detrimento dos planejados dez quilômetros), restar-me-ia apenas dez por cento para, de fato, correr – ou seja, o quilômetro de volta, pensando naquele meu joelho latejando e com os parafusos meio que espanando tive que convir comigo mesmo.
O negócio é diminuir minhas expectativas.
Caminho metade da volta e corro o resto. Cinco por cento do plano original. Para um paquiderme sedentário como eu, vamos combinar que tá pra lá de bom! E lá fui eu, caminhando em passo célere, suando como se estivesse debaixo de uma ducha – imaginem se estivesse debaixo do sol? – e vendo todo aquele povo que provavelmente faz suas caminhadas e corridas todos os dias (aliás, tenho certeza que já vi essa morena passar por mim por pelo menos duas vezes!). Ao longe, cada vez menos, minha casa se aproxima e meu ânimo para começar a correr é diretamente proporcional à minha vontade de tomar uma cerveja gelada…
Então resolvi diminuir minhas expectativas.
Faltando cerca de uns cem metros para chegar em frente de casa eis que começo uma tímida corridinha leve (cara, esse tênis é bom mesmo!), aos cinquenta metros me empolgo e já começo a correr com desenvoltura (por que é que eu não comecei correndo desde o início?), a uns quinze metros já passo a me sentir o próprio Rocky Balboa e resolvo fazer aquele sprint na ponta final da corrida, e, finalmente, suadamente, cansadamente, aos cinco metros finais eu descubro o tamanho da merda que fiz.
MEU. JOELHO. FUDEU. MEU. JOELHO.
De Rocky Balboa a Corcunda de Notre-Dame. Ao menos foi assim que eu me senti ao atravessar a avenida de volta para casa. Mardito Varella! Sem fôlego, com o joelho latejando, e maldizendo toda essa tal de “geração saúde” que vive falando das vantagens de se exercitar. Não tinha como piorar.
Mas, na verdade, tinha.
Cadê a chave? Cadê a porra da chave do portão de casa???
Sobre minha mesa, que é onde ela deveria estar, não é mesmo?
Toca a tocar a campainha. De novo. E de novo. E novamente. Não é possível! Com exceção da Dona Patroa, tá todo mundo em casa, que eu sei. O filhote número um deve estar no computador, com seus fones editando algum vídeo, o do meio, em seu quarto curtindo com seus fones alguma música que baixou no celular, o caçula, com seus fones, afundado nas almofadas do sofá jogando o tal do DS, e, por fim, meu sogro, sem fones, porém – será que já não falei isso antes? – surdo como uma porta. De carvalho. Dupla.
E meu joelho doendo.
Após muita insistência (ou sorte, ainda não sei) o filhote mais velho veio abrir o portão. Rindo.
– E daí, pai? Correu os dez quilômetros?
– Gnagnagnagnagnagna…
– Pelo menos cinquenta por cento disso?
– Humpf.
– Tá, pai. Ao menos fala quantos por cento você de fato correu!
– Um por cento…
– O QUÊ???
– Um por cento, tá! Isso mesmo. Ou quase, ao menos…
– HUAHUAHUAHUAHUAHUA!!!!
– (…)
Diacho. Só não deserdo esse moleque porque não tenho herança nenhuma pra deixar.
O que me leva a uma interessante conclusão… Na casa de um homem, seu sacrossanto lar, seu refúgio, seu castelo, a regra é muito clara: ou se tem respeito ou se tem filhos. Os dois juntos? Impossível!
Bem, enfim, foi isso. Após toda essa desventura ao menos pude tomar uma boa ducha para recolocar cada pedaço de mim de volta ao seu devido lugar. Detalhe: pouco antes de entrar para o banho a Dona Patroa ligou, dizendo que estava no supermercado e perguntando se eu queria alguma coisa. “Uma cervejinha, pode ser?” E, pasmem, ela concordou! Ao menos algo daria certo no final do dia. Nada como relaxar, limpo, exaurido e refrescado, tomando uma breja estupidamente gelada!
E já estava eu na varanda, quando ela veio subindo as escadas.
– A-mô-or… Cheguei!
– Ah, como diria aquele outro, Sua Linda! Você trouxe de verdade o que disse que iria trazer?
– Claro!
– Ah, que belezinha!
– E já tá até geladinha!
– Jura?
– É, sim. Toma aqui a sua cervejinha sem álcool…
– Oi?
Carái! Eu sabia. Eu sabia que ainda ia ter que pagar por ter jogado ela cama afora hoje pela manhã.
Mas – que putz! – precisava ser tão já?… :-/
Tá, eu sei que ninguém tá aguentando mais essa história do “vestido que derrubou a Internet”… Sei também das várias explicações até mesmo “científicas” para que alguns enxerguem essa josta branco e dourado (como eu) ou azul e preto (como meu filhote caçula). Por exemplo, é que se trata da “tentativa de o sistema visual compensar o viés cromático do eixo de luz do dia”. Seja lá o que isso queira dizer…
Mas o que importa MESMO é a boa e velha tiração de sarro brasileira em cima disso!
Por isso os Oompa Loompas aqui do Legal resolveram separar algumas ótimas conclusões – politicamente incorretas, inclusive – para esse mistério que assola a humanidade… Particularmente o último quadro é meu preferido!
Mas, para fechar com chave de ouro, agora pela manhã, enquanto coletava as imagens para este post lá no Minilua, estava eu a explicar para a Dona Patroa que zorra era essa com relação ao tal do vestido. Com a foto na tela, ela estava enxergando branco e dourado. Nisso chega o filhote mais velho e eu lhe pergunto:
– E então? E você? Que cores você está enxergando hoje?
– Você quer saber agora, pai? Nesse momento?
– Isso mesmo. Que cores você está enxergando nesse momento?
– Bem, nesse momento não estou enxergando NADA, porque estou sem óculos…
Dispensem o exame de DNA. De fato, só pode ser meu filho.
“- Mãe, o que são caraminholas?
– São borboletinhas que esvoaçam sem controle nos nossos pensamentos.”
( Da amiga Rossana… )
E então o bom e velho senhor conhecido como “meu sogro” (ou “Miyagi-San”, segundo eu mesmo), alguns anos atrás costumava receber a filha do meio e suas netinhas para passar o final de semana em sua casa – hoje todas já adultas. As filhas, entenda-se. Nessa época a Dona Patroa – que ainda estava bem longe de ganhar essa alcunha – era simplesmente a tia querida e preferida de toda sobrinhada, em especial essas três filhas de sua irmã.
Pois bem.
Naqueles tempos a casa, projetada e construída como uma “construção das antigas”, tinha apenas um banheiro e nenhuma suíte. Isso mesmo, o banheiro era para uso comum de todos. E o bom velhinho costumava deixar sua bela dentadura descansando dentro de um copo d’água todas as noites, ali mesmo, sobre a pia do banheiro.
E então eis que uma de suas pequeninas netinhas entrou no banheiro para a famosa última escovadela de dentes antes de dormir.
E, lá, encarou aquele copo com toda aquela dentaria dentro!
Não teve dúvidas!
Saiu pela casa em franca desabalada carreira!
– Ô tia! Ô tia! Ô tií-ááá!!!
– Oi, oi? O que é que foi? Aconteceu alguma coisa?
– Você viu lá no banheiro? Você viu? Você viu?
– Viu o quê, minha lindinha?
– É que o vovô esqueceu o sorriso dele lá em cima da pia…
O que é óbvio, eu sei.
Mas qual não dá?
Mas qual não demos?
Sempre defini que adolescente é aquela criatura que paira entre dois mundos, daí toda a dificuldade de sua existência: já é velho demais para que possa continuar a viver no mundo da infância, porém ainda é jovem demais para que possa ser tratado como adulto…
Em que pese, legalmente falando, ser considerado como adolescente o jovem entre 12 e 18 anos (quando ele passa a ser “de maior”…), muitas vezes a adolescência pode começar até antes – no meu caso, em especial, lá pelos onze -, sendo “culturalmente” aceito que seu início se dê lá pelos 13 anos. Particularmente prefiro a definição dos americanos (juro que tento, mas ainda não consigo escrever “estadunidense”): teenager. Melhor dizendo, aquele que tem a idade dos “teen”, aquele que está nessa época, nessa faixa. E que faixa é essa, pergunta-me você, incauto leitor? Pois bem, caro incauto, basta lembrar o que vem depois do twelve – thirteen, fourteen, fifteen e assim por diante, até o nineteen, que antecede o twenty. Percebeu?
Aliás, só pra constar: não vim aqui tratar do tema da “maioridade penal”, nem nenhuma dessas outras sandices afins que volta e meia tomam conta da mídia, mais em decorrência de algum caso isolado que de uma mobilização e estudo sério pela sociedade. Deixo essa discussão para algum outro momento, no fórum adequado. Isso mesmo. Em alguma mesa de boteco.
Então pra que é que eu vim aqui?
Talvez para lembrar um pouco de minha própria adolescência – já o fiz diversas vezes por aqui – e como era aquele mundo diferente e isolado, à parte das crianças e à margem dos adultos, no qual tínhamos a convicta certeza de nossa própria imortalidade… Os planos poderiam ficar para mais tarde, pois o futuro estava distante e éramos os atuais donos do mundo!
Mas tudo passa.
Se tudo passa, talvez você passe por aqui.
Não, péraê! Isso é letra de música. Né nada disso, não!
O que eu quero dizer é que, ainda que eu tenha por regra jamais me arrepender de nada do que já fiz na vida – a uma porque foi só passando por tudo que passei que me defini como o que hoje sou e, a duas, porque uma reflexão desse tamanho me levaria a pensar em passados diferentes e, diferente do Coringa, não acho que conseguiria lidar com um passado de múltipla escolha – talvez a única coisa que eu realmente me arrependa seja das discussões que tive com meus pais nessa época.
Sim, eu era difícil – mas vamos combinar que eles também não eram lá tão fáceis! Em especial meu pai: taurino, teimoso e turrão. Sistemático. Metódico. Tudo tinha que ser do jeito dele. Ainda que em certos momentos, ele até fosse carinhoso, vivia para o trabalho. Para o sustento da família. O provedor. Isso não lhe dava muito tempo com os filhos, em especial este que vos tecla. E eu, livre no encarceramento de meu próprio mundo, contestava essa forma de ser, talvez gritando por atenção, talvez desejando apenas ficar quieto no meu canto. E, por conta disso, tivemos discussões homéricas.
E, vocês que me conhecem pessoalmente, lendo o parágrafo anterior, já entenderam tudo, não é mesmo? Aquele ali era meu pai. Aquele ali sou eu.
Assim o sendo, ontem, após dar uma também homérica bronca no filhote do meio (usando o que a Dona Patroa chama de “voz de trovão” – uma coisa assim meio Gandalf, que faz com que todos se encolham estremecidos em seus cantos), meio que percebi a correlação de tudo isso. O ciclo. E a benção e a maldição de um ciclo é simplesmente o fato de já se saber onde tudo aquilo vai acabar. Minha vida é feita de ciclos e parece que meu carma pessoal, meu destino nessa existência, é rompê-los. E é isso que preciso fazer, o quanto antes, antes que o tempo passe, antes que minhas crianças se afastem. Porque não importa a idade de nossos filhos, eles sempre serão crianças. E sempre darão trabalho.
Acho que por isso que é tão importante para mim o “Projeto 676”, essa eterna reforma de um Opala 79 que tem a carinhosa alcunha de “Titanic” – reforma essa também conhecida como “a lenda”… Em toda minha vida adulta, após todas aquelas discussões do passado, foi a única vez que passei mais tempo junto com meu pai – cerca de seis meses – trabalhando num projeto conjunto, ajudando-o, conversando, concordando e discordando, mas agora num outro patamar. Esse carro tem história. A minha história e a do meu pai. E é por isso que já não tem preço no mundo que o pague. Ele é nosso.
E não sei se escrevi tudo o que escrevi somente pela bronca que dei em meu filho, se pela nostalgia, ou se por influência de um filme que assisti ontem, “O Juiz”, que trata da conflituosa e temperamental relação entre pai e filho. Não acho que seja uma película que tenha o estofo de grandes sucessos do cinema. Mas é um bom filme. E nos faz – e me fez – pensar nessa relação. Enquanto ainda há tempo…