O que é que custa R$6.000,00/litro?

Comparativo bastante interessante enviado pelo amigo Marcelo (aquele das extensões de arquivos). Tem toda a cara de um daqueles e-mails que são repassados infinitamente pra sempre pra todo mundo, mas, apesar disso, desenvolve um raciocínio pra lá de correto. Segue, ipsis litteris, o texto recebido:

O que é que custa quase R$6.000,00/litro e não é nem para beber?

Resposta: TINTA DE IMPRESSORA !!!

Há não muito tempo atrás, as impressoras eram caras e barulhentas. A primeira impressora doméstica barata, a Elgin Lady 80, era bonita, minúscula e lenta, mas mesmo assim acessível. Com o advento das impressoras jato de tinta, o mercado matricial doméstico morreu mais rápido que os dinossauros, pois todos foram seduzidos pela qualidade, velocidade e facilidade de uso da Canon BJ600, da HP Deskjet 420C, entre outras.

Aí veio a grande sacada dos fabricantes: oferecer impressoras cada vez mais e mais baratas, e cartuchos cada vez mais e mais caros. Nos casos dos modelos mais baratos, o conjunto de cartuchos pode custar mais do que a própria impressora… Olha só o cúmulo: pode acontecer de compensar mais trocar a impressora do que fazer a reposição de cartuchos. VEJA ESSE EXEMPLO:

Uma HP DJ3845 é vendida nas principais lojas por R$170,00. A reposição dos dois cartuchos (10ml o preto e 8ml o colorido), fica em torno de R$130,00.

Daí você vende a sua impressora semi-nova sem os cartuchos por uns R$90,00 (pra vender rápido), junta mais R$80,00 e compra uma nova impressora e com cartuchos originais de fábrica e ainda economizará R$50,00! Os fabricantes fingem que nem é com eles, dizem que é caro por ser tecnologia de ponta, transformam o simples ato de fabricar tinta em algo mais complexo do que coletar a 3ª lágrima da Deusa-Loba dos Campos Elíseos, ou algo assim. Enquanto a indústria de recarga viceja, vemos HP, Epson, Canon e Lexmark jurando que a tinta deles é melhor e que você não deve recarregar. Para piorar, de uns tempos para cá passaram a diminuir a quantidade de tinta (mantendo o preço)…

Um cartucho HP, com míseros 10ml de tinta custa R$55,99. Isso dá R$5,59 por mililitro. Só para comparação, Champagne Veuve Clicquot City Travelle custa R$1,29 por mililitro. QUASE SEIS MIL REAIS POR UM LITRO DE TINTA! Parece brincadeira, NÉ???? MAS É A TRÁGICA REALIDADE, O PREÇO EXTORSIVO QUE PAGAMOS. UM ESPANTO!!! Só acrescentando… As impressoras HP1410, 3920 que usam os cartuchos HP 21 e 22, estão vindo somente com 5 ml de tinta!!! Mas não é só HP. Com a Lexmark é a mesma coisa. Isso deve ser combinado. É UM ABUSO!

Extensões de arquivos

A frase a seguir foi dita pelo amigo Marcelo para seu chefe, o também amigo e copoanheiro Evandro. Só pra situar: o chefe (Evandro) tinha acabado de passar uma daquelas “missões impossíveis”, algo como fazer o levantamento de todos os contratos do ano anterior e planilhá-los de uma determinada forma. O funcionário (Marcelo) deu um longo suspiro, pensou no trabalho que teria pela frente, e, por fim, soltou a seguinte pérola:

– Sabe, se chefe fosse arquivo de computador, a extensão seria .FDP !

Uma questão de tecnologia

E então, eis que no fim-de-semana dei uma rápida passada na casa de meus pais. Ao chegar, já no portão fui recebido pela minha mãe, com uma certa carinha de preocupação.

Achei estranho, mas – conhecendo-a como conheço – deixei pra lá.

Entrei, proseei um pouco com meu pai, tomei um café e já estava saindo, quando minha mãe me interpelou. Parece que ela havia emprestado um DVD de uma amiga e tinha sumido a legenda na hora em que estava assistindo. Expliquei-lhe que provavelmente era alguma configuração no aparelho. Bastava procurar o menu e ativar as legendas ou subtítulos ou seja lá que nome tivesse naquele DVD.

– Mas o som é em italiano e a legenda é em português – e sumiu!

– Tudo bem, mãe. Peça pro pai acessar o menu e ativar a legenda.

– Mas ele já tentou, se enfezou e não conseguiu.

– Uai? A senhora já não assistiu o DVD?

– Já.

– Entendeu tudo que queria entender?

– Entendi, até porque sei um pouquinho de italiano.

– Então, qual é o problema?

– Mas filho! Quando minha amiga me emprestou o DVD estava com legenda! Como é que eu vou devolver agora SEM a legenda?…

Só então entendi o imbróglio da coisa. Ela estava achando que o fato de estar sem legenda no aparelho dela significava que tinha “tirado” a legenda do DVD. Só depois que eu lhe garanti que não tinha problema, que todas as informações necessárias AINDA estavam lá dentro do DVD e que era só uma questão de configuração de cada aparelho – aí ela se tranquilizou. Um pouco.

Enfim, só posso concluir que estamos tão, mas tão acostumados com a tecnologia em nosso dia-a-dia que acabamos deixando de perceber o quão rápido nossa vida vem sendo permeada por essa mesma tecnologia, assim como deixamos também de perceber que nem sempre todos a nossa volta conseguem ter a mesma facilidade para captar e assimilar tudo isso.

É mais ou menos como li na última edição da revista Língua Portuguesa. Era uma frase que dizia mais ou menos o seguinte: o analfabeto do futuro não será aquele que não souber ler ou escrever; será aquele que não conseguir esquecer o que já sabe e reaprender tudo de novo.

Dez anos depois…

Tenho certeza que já ouviram – talvez mais de uma vez – velhos fósseis como eu narrando sobre a era pré-cataclísmica cambriana antes dos computadores…

Sim, pois essa coisa de “informação na ponta dos dedos” (dá-lhe Bill!) é recentíssima. Em termos info-evolucionários, ainda estamos engatinhando.

Mas estou me adiantando. Toda história se inicia no mesmo ponto: lá no começo.

E o começo de meu contato com computadores se deu bem no início da década de 80 – não me recordo bem (coisas da idade), creio que lá por 82 ou 83. E a fera tinha um nome: CP-500. Numa época onde as linguagens de programação que “importavam” para o mundo dos negócios eram o COBOL e o FORTRAN, aquela molecada aprendendo BASIC era uma inovação. Sim, BASIC, pois ainda não se falava em PCs e Sistema Operacional era uma coisa que simplesmente não existia. Os dados eram carregados no computador e nossos programas eram gravados em fitas cassete. Não, vocês não entenderam errado não, eram fitas K-7 mesmo – para que pudéssemos executar qualquer programa que tivéssemos escrito tínhamos que conectar um gravador (do tamanho de uma caixa de sabão em pó) no equipamento e carregar os dados. É LÓGICO que todo mundo ao menos uma vez já havia tentado colocar aquela bendita fita com dados no aparelho de som de casa (os chamados três-em-um) pra ver o que saía…

E o tempo passou. Fui acompanhando meio de longe a evolução da espécie, até que no final do ano de 1991 (quando descobri o que era palíndromo), mais por força da necessidade que da curiosidade voltei a ter contato direto com a vida virtual. Era um poderoso XT, com sua romântica tela verde, um drive para disquetes 5 1/4″ e – A-HA ! – tinha ainda um disco rígido de portentosos 10 Megabytes.

Aliás, os disquetes eram um caso à parte. O único disquete que eu havia visto antes era um enorme, de 8 polegadas, quando ainda trabalhava num banco. Já na época do XT, os disquetes de 1,44Mb ainda eram um sonho distante e os que usávamos armazenavam somente 360Kb – o suficiente para carregar um Sistema Operacional DOS 3.30 completo, mais um Wordstar para textos e dBase III Plus para dados. Planilhas precisavam de maior espaço, por isso o Lotus 1-2-3 ocupava um disquete inteiro. Já naquela época o que estava em voga era um programinha italiano que enganava o computador, elevando a capacidade do disquete para inimagináveis 800Kb! Ainda devo ter uma cópia dele perdida nas catacumbas do meu computador.

Mas o tempo foi passando, vieram os 386 com suas telas coloridas e co-processadores matemáticos (só pra quem rodava AutoCAD), bem como a coqueluche do momento: o Windows 3.11 – que rodava muito bem sobre o DOS 5.0.

E, em 1995 o que surgiu? O Windows 95, é claro, trazendo uma nova concepção para o mundo da informática. A multitarefa finalmente parecia que estava saindo dos livros e entrando na vida real. Também foi nesse período que tive meu primeiro contato com o Linux, mais especificamente uma das primeiras distribuições da Conectiva.

Naqueles tempos a Internet para o povão era só um mito, uma coisa que acontecia lá fora e sobre a qual líamos nas “revistas especializadas”. A solução caseira se dava através dos BBS, uma espécie de rede local via linha discada. Alás, a primeira placa de fax-modem a gente nunca esquece: era uma Zoltrix de velocíssimos 28.800 Kbps.

E então, no final de 1996, finalmente conheci a Internet. Havia acabado de me formar em Direito e o escritório no qual eu trabalhava resolveu assinar um pacote: míseros R$100,00 por uma hora de acesso no mês (fora a conta telefônica)! Uma verdadeira pechincha!

Mas os preços foram caindo e as possibilidades se ampliando e o tempo de conexão aumentando. E criei meu primeiro site lá pelo início de 1997. No começo era apenas uma coletânea de links jurídicos para o escritório, e que foi crescendo se multiplicando, passando a ter alguns textos, matérias e por aí afora. Já esteve hospedado nos mais diversos provedores, desde Geocities, Xoom, Iconet, UOL e outros que nem me recordo mais. Teve, também, diversas personalidades, tendo começado sem nome, mais tarde ganhando o título de “Ergaomnes”, se transformado em “Habeasdata”, até atingir a fase de agora: o “Legal”. Que traz em seu bojo um pouco de tudo pelo qual já passou. Ou melhor, já passei

E já decorreram dez anos desde então. Milhares de pessoas já o visitaram nas suas mais variadas fases, mas posso apenas me reportar para aqueles que passaram por aqui no último ano e meio: quase nove mil visitas. É um número modesto, eu sei, mas esse interesse alheio pelas garatujas deste humilde escriba me deixa sinceramente feliz.

Assim, sobre o retrato mais antigo da versão mais antiga que consegui achar deste site em suas origens, com nossas taças virtuais de champanhe, brindemos o soprar das dez velinhas que comemoramos neste mês de janeiro!

Internet pela rede elétrica

Eu já ouvi falar dessa possibilidade há alguns anos, mas, particularmente, nunca soube de alguma notícia acerca de sua efetiva implantação em terra brasilis

Essa matéria foi alardeada pelo pessoal da Metareciclagem e veiculada no site da Prefeitura de Porto Alegre em 15/12/2006:

Procempa inova com Internet pela rede elétrica

Porto Alegre passará a se beneficiar com a primeira rede de comunicação e acesso à Internet pela linha de energia elétrica – tecnologia PLC (Power Line Communication) – do Rio Grande do Sul a partir da próxima semana. Dados, imagem, voz e vídeo vão trafegar, pela rede elétrica da CEEE, a uma velocidade de 45 megabits por segundo. Com mais de 3,5 quilômetros de extensão, a Rede PLC da Restinga será a maior em extensão do país, em média e baixa tensões, para fins de inclusão social.

O prefeito José Fogaça inaugura o primeiro ponto de acesso à Internet pela rede elétrica quinta-feira, 21, às 16h30, no Centro Administrativo Regional Extremo-Sul (Rua Antônio Rocha Meireles Leite, 50 – Restinga).

Nesta primeira etapa, serão conectados à rede de alta velocidade o posto de saúde Macedônia, a Escola Municipal Alberto Pasqualini e o posto local do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (AEP Senai).

Na avaliação do diretor-presidente da Procempa, André Imar Kulczynski, a Internet pela rede elétrica significa baixo custo. “Utilizamos a infra-estrutura de transmissão e distribuição de energia já existente da CEEE, dispensando novas obras de instalação de uma segunda rede para comunicação de dados da prefeitura” explica. Kulczynski informa que, a partir de sua inauguração, o funcionamento da rede será monitorado e investigado com vistas à eficácia do projeto para definitiva e futura incorporação à Infovia Procempa.

“A tecnologia PLC vem se fortalecendo, inclusive comercialmente, na Europa, América do Norte e Ásia nos últimos quatro anos” afirma o diretor-presidente da Procempa. Acrescenta que em Porto Alegre é mais uma alternativa técnica de inovação para capilarizar a Infovia, que é a rede metropolitana de fibra óptica com extensões em tecnologia wireless. “Com mais de 95% das residências brasileiras ligadas à rede elétrica, a tecnologia PLC pode facilitar, em muito, a inclusão digital e social no Brasil”, conclui.

A iniciativa é resultante de um convênio firmado em janeiro deste ano entre a Procempa, CEEE, UFRGS e Senai. Estas duas últimas instituições integram o projeto por meio de assessoria técnica e pesquisa científica. A CEEE cede a infra-estrutura de média e baixa tensão de sua rede elétrica no município e a Procempa é a responsável pelos aspectos técnicos ligados à comunicação de dados.