Na terça uma foto

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Por mais de uma vez vocês já presenciaram por aqui este velho dinossauro que vos tecla falando do passado e, em especial, de meus tempos no Banco Nacional, em São José dos Campos. Só aí já se vão vinte e cinco anos…

A agência 0189 do Banco Nacional (que já não existe mais) ficava bem em frente às Lojas Americanas (que já não existe mais), ao lado de uma pastelaria (que já não existe mais) grudada com uma loja de jeans Lee Star Lee (que já não existe mais).

Antes de se tornar uma agência bancária, tínhamos notícias de que o prédio havia abrigado uma revenda de caminhões – inclusive um dos clientes mais antigos, daqueles contadores de causos e histórias, volta e meia falava sobre isso. E, antes mesmo disso, havia sido um posto de gasolina – o que se comprova pela foto aí de cima.

Ayrton SennaO “garoto-propaganda” da época – lá pelo final da década de oitenta – era o orgulho de toda uma geração: Ayrton Senna. Com o clássico bonezinho azul ele apresentou para todo o resto do mundo a famosa logomarca do guarda-chuva – por mais que não parecesse um guarda chuva…

Bem ao lado da Igreja de São Benedito, onde hoje é uma espécie de praça (não sei como chamar aquilo), o prédio do banco ocupava os mesmos limites da construção do posto. A diferença em relação à foto é que, na minha época, o terreno avançava algumas dezenas de metros à frente, ostentando um cobiçado estacionamento bem no centro da cidade. Estacionamento este cercado por colunas com cerca de meio metro, todas ligadas por um par de correntes que invariavelmente eu pulava em vez de dar volta. E foi numa dessas puladas, momentos antes de uma mega-noitada na Capital (que, por si só, já é assunto para outro dia), foi que acabei torcendo meu pé direito. Depois disso ele nunca mais foi o mesmo. Novamente já o torci, quebrei e fissurei. E isso sem nem falar do joelho esquerdo, hein?

Já comentei por aqui que, desde aquela época, setembro era mês de dissídio – e era quando começavam os movimentos grevísticos. Ora, o Sindicato ficava num bairro bem lá na extremidade do que poderíamos chamar de a “Avenida dos Bancos”, enquanto que a agência do Banco Nacional ficava quase que na outra ponta. E o pessoal do sindicato, com seus apitinhos, eram leeeeeerdos… Nesses dias não tínhamos dúvida: chamávamos o contínuo (uma espécie de office-boy da época), que era irmão de uma das dirigentes do sindicato e o encarregávamos da seguinte tarefa: “Vai lá e faz com que sua irmã comece o movimento de paralisação pelo nosso banco. Se você não conseguir, nem adianta voltar!” E lá se ia o pobre garoto (aterrorizado). Como éramos maus… Mas dava certo!

Enfim, o que era para ser uma simples postagem de uma antiga foto acabou virando um desabafo dessa minha antiga memória. Existem ainda muitas histórias, casos e causos de minha passagem de aproximadamente quatro anos pelo banco – de 87 a 91. As festas. Os churrascos. O terrível Plano Collor que nos trancafiou por três dias dentro da agência. As auditorias. Os colegas. Os clientes. Os amigos. As noitadas. Uma pequena vida à parte da vida e que durou quatro anos.

E – lamento dos lamentos – não tenho uma foto sequer dessa época.

Nem do prédio e tampouco dos amigos…

Treze de Maio

Treze de maio.

Treze anos.

Tanto tempo…

E treze anos atrás?

Às treze horas (e dois minutos).

Pesando 3.370g e cravados 50cm de altura.

Meio metro.

Kevin Hideaki Miura Andrade.

Kevin. Um nome de origem celta, cujo significado é “Rio Estreito”. Nesse caso, uma alusão ao estreito caminho do meio, em que se navega entre o bem e o mal…

Mas vamos ao que interessa: o momento em que o pai coruja expõe fotos de uma vida inteira para plena vergonha do filho adolescente!

😀


1999
No dia em que nasceu.


Uma de nossas primeiras fotos…


Com cerca de seis meses e já tinha a carinha de hoje.


2000
Primeiro aninho. Sempre é de palhacinho!


2001
Lembra do chapéu do Mickey?


2002
A prova de que o magrelo do seu irmão um dia já foi gordinho…
É aquele ali no colo da Márcia!


Na escolinha…


Seu irmãozito! De bochechas altamente mastigáveis!


Aos três anos já cantava como ninguém. Literalmente.


2003
Acho que foi a única vez que fizemos uma festa completa
lá na casa do seu avô Bento…


Aos quatro, nos primeiros movimentos do xadrez.


2004
Pikachu!


A Tropa completa!


2005
Incrível. Nossa família – não o tema. Tá, também…


2006
Amigos e primas.
As duplas (nada sertanejas) César & Daniel e Sara e Sabrine.


2007
Olha aí a turminha Incrível de novo…


2008
Nessa época sua paixão era Jedi.


2009


2010


2011

( Nota de mim para mim mesmo: parece que na medida em que o tempo vai passando cada vez mais vou ficando sem palavras…)

O Chico Anysio que conheci

Não vou perder tempo aqui tentando defender ou acusar a pessoa, nem seus detratores e tampouco seus fãs. Mas o fato é que Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho, mais conhecido como Chico Anysio, faleceu ontem às 14h52min, no Rio de Janeiro, aos 80 anos.

E, antes de mais nada, era um ser humano, como qualquer um de nós.

Tá, nem tanto assim…

Afinal de contas, nas palavras de Ziraldo, “É inacreditável um sujeito como esse poder ser inseguro, mas o ego dele era muito grande, não se satisfazia com o sucesso que tinha. Queria ser respeitado como escritor, pintor, comentarista de futebol.” Isso porque, nas seis décadas de sua carreira, dentre outras coisas, foi radialista, redator, locutor, escritor, pintor, músico e ator de teatro, cinema e TV. E, nas próprias palavras de Chico (em 2002), “Minhas músicas são quase renegadas, minha pintura é desqualificada, meus comentários de futebol são considerados idiotas, minhas poesias nem chegam a ser lidas.”

Ou seja, no decorrer de sua carreira teve falhas e sucessos, como qualquer empreendedor que se preze.

Esse cearense (de Maranguape), nascido em 1931, começou sua carreira no rádio em 1952 e partiu pra TV em 1957. Em 1960 revolucionou a TV com seu programa “Chico Anysio Show”, na TV Rio. Já em 1970 foi para a Globo, onde em 72 inovou novamente o padrão televisivo da época com a estréia de “Chico City”. Daí em diante o resto é história – o que certamente será muito melhor contada pelos principais veículos de comunicação.

Com sua capacidade prodigiosa de criar tipos, protagonizou 209 personagens – alguns mais famosos, outros nem tanto – que retratavam figuras arquetípicas de todos os cantos do país, não se tratando de mera maquiagem e vestuário, mas cada qual com sua alma, característica e personalidade distintas, pessoas incrivelmente parecidas com aquelas que muitas vezes conhecemos e encontramos em nosso dia a dia.

Cresci assistindo Chico City – e foi esse o Chico que conheci – sendo que desde aquela época já pelo menos três de seus personagens me cativavam (e ainda cativam):

PantaleãoPantaleão – Com seu jeito simples e rústico, sempre de pijama, mentiroso de mão cheia, contador de causos como ele só, que, ao final de cada estória virava pra sua mulher e finalizava com o bordão: “É mentira, Terta?”

Popó“Seo” Popó – Velhinho chato, muquirana e encrenqueiro. Colocava defeito em tudo e, invariavelmente, a culpa no final era do seu parceiro de cena, Alpamerindo – “Idioooooota!”

TavaresTavares – Sempre bêbado, no limite do limite, tinha ótimas tiradas e um senso de equilíbrio (ou falta de) típico do ébrio inveterado. Sua frase de praxe: “Sou, mas quem não é?…”

Mas, à parte de todos seus personagens, acho importante ressaltar que no decorrer da última década acabou por afastar-se da TV simplesmente porque, na opinião de seu amigo, o ator Lúcio Mauro, “Não havia hipótese de ele, sendo o que era, conviver com tanta incompetência e burrice, que se alastrou nos últimos anos.” Creio que não dá pra discordar desse ponto de vista…

Enfim, ainda que tenha minha convicção absoluta de que não é a opinião geral, concordo plenamente com o ponto de vista expressado pelo jornalista Marcos Augusto Gonçalves, “Restam poucos talentos vinculados ao tipo de humor que Chico Anysio representou, popular sem ser popularesco, politicamente incorreto sem precisar ser imbecil e gratuitamente ofensivo.”

E agora, por raro que seja, sempre que assisto à TV, cada vez mais rio menos…

A Estória do Jovino

Mais um trecho do livro “Pedaços e Pedacinhos” (falei dele aqui) – uma coletânea dos escritos e pensamentos de Brasílio Duarte (1915-1998), que traz a viva lembrança de uma São José dos Campos de outrora…

Era uma tarde de intenso calor, por ocasião do renceseamento nacional do ano de mil novecentos e quarenta, quando adentramos no casebre, a fim de colher dados para o censo demográfico.

Ali estava um casal de velhos que, bondosos e solícitos, acolheram-me com uma hospitalidade que jamais vou esquecer. Enquanto a senhora acendia o seu tucuruva (um fogão de um cupim cortado ao meio e ao cumprido com buracos em cima e com os fundos e a boca ao nível do chão batido), o velho, muito desinibido, nos contava: “Seu moço, eu num sei a minha idade”.

Só me alembro de tê visto, uma vêis, o imperadô, quando ele passô na estrada, numa carruage que briava e que, atrais dele e na frente, iam uns cavalêro cuma espada e uns cavalo munto bonitos. Ah!… Isso já faiz tanto tempo… eu era minino… e tava levando água, café e broa pros home que trabalhava no ‘eito’.

“Tudo isso se passô lá pelas bandas de Taubaté, perto da fazenda de um tar de Visconde. Mai não é isso que eu quero contá, deis que mecê me perguntou a minha idade. O senhor tem um tempo? Será que não tô atrapalhando?”

Tenho tempo, seu Jovino. Pode contar.

“Tá bão. Ô Tereza, arrume um café pra nóis. Intão bamo lá”.

A Estória do Avô de Jovino

“Meu avô (que Deus o tenha) que morreu com mai de cem janêro, um dia me contou e aconseiando: “Meu neto, caminhe bem no seu destino, levando a benção deste véio, porquê vancê vai vê que nóis nem sabemo pensá, de tão bão e tão feio ao mermo tempo”.

Ó! Jovino, me contaro que uma veis chegaro nestas banda uns índio que vierum fugido.

Tinha um índio véio pajé, uma índia e argum índio e índia mais môço e criança.

O véio pajé era muinto bão. Ensinava tudo com muinta sabidoria. Conhecia remédio do mato, eles conheciam o que era veneno e trabaiavam e caçavam.

Munto depois, apareceram uns hóme de rôpa preta cumprida, falavam mansinho, davam presente pros índios, ajoeiavam, ajuntavam as mãos erguidas prô céu… ninguém entendia nada, nem sabiam como foi que eles apareceram na “Ardeia”. Mai não tiverum medo.

Eles confiavam no Pajé, proquê ele sabia muinta coisa, apesá de já tê muinta idade.

Os padre, que eram os hóme de rôpa preta, procuravam falá com os índios e perguntavam: “Como é o seu nome meu fio? Os índios que não podiam entender, queriam que o padre falasse com o Pajé e diziam: guaianá, guaianá!

Intão os padres ficaro sabeno que eles eram da tribu Guaianá. O Pajé tava sentado perto da sua casa que era coberta com folha de coquero.

Tinha com ele arguns índios e índias de rôpa de pele de bicho, colar e pena de cor.

O véio, que era munto sábio, fêis sinar pros padre que eles precisavam aprender a língua dos brancos pra podê entendê. E assim foram fazendo até que ficô mai fácir. Argum tempo despois, os padre trouxeram um tar de “otoridade” e esse hóme mandô que todo mundo dali se mudasse pra ôtro lugar mais alto que era prá mor de se defendê mió dos inimigos. Esse lugá ficava a légua e meia dali. Quando tava nessa artura, o chefe dos padre mandô que eles fossem embora pra ôtro lugá.

E vieram ôtros padre, mai não eram tão bãos como os premêros. Judiavam dos índios, pegavam as índias pra escrava e ainda trouxeram uns hóme branco que num eram padre e que faziam tudo de ruim pros coitado.

Então Jovino, dizem que o Pajé ficô doente e morreu e tudo ficô meio largado.

Trouxeram mais gente branca, vieram outros índios deferentes e tudo ficô muito ruim de vivê na nova “ardeia”. Sem o véio Pajé, ninguém mai obedecia sem apanhá e até havia ôtros castigos ainda pió. (Jovino faz uma pausa).

Seu moço, é mió nóis i parano por aqui, mai ante de pará quero dizê só mai um poquinho.

O finado avô disse que logo veio um tar de “carregado” e reuniu a gente do lugá pra dizê que deis daquele dia, a “Ardeia” tinha nome. Chamava-se “Vila de São José do Paraíba” e que lá onde tinham começado se chamava “Vila Véia”. Ói seu moço, isso foi o que meu finado avô me contô. Pode sê que arguma coisa num seja bem a verdade… nossa famia é tudo pescadô…

Foi nesse momento que Tereza apareceu: “Eta véio prosa. Chega de contá lorota. Convide o moço pá tomá café. Ói moço, é café de rapadura com farinha de mio. Tem cada biju que é buniteza. Tudo é nossa mesmo, daqui do sítio. Mecê pode bebê sem vergonha, mecê tá na sua casa, num faça luxo”.

Jovino – meio encabulado, balbucia aos meus ouvidos: “o Sítio é do Belardo, nosso neto, é ele que trata de nóis. num faça causo da Tereza… Ela é um poço ranzinza… num tem leitura… mai é boa muié… já tem quaji oitenta…”


Eu poderia ter simplesmente parado por aqui, pois o comentário final já fecha com chave de ouro essa história (ou seria estória?). Mas lembrei-me de outro livro que tenho: São José dos Campos e sua História, de autoria de Agê Junior. Na página 35, ao citar as sesmarias doadas na região, curiosamente revela:

Em 1650, outra Sesmaria foi concedida, conforme o documento abaixo transcrito:

…’atendendo à Lei de 1611, que facilitava e protegia a infiltração dos brancos no desbravamento de regiões inhospitas, organizando e mantendo postos de ligação, defesa de remonta, nos percursos para as minas em exploração, ou nas catas de ouro, foi concedida a Sesmaria requerida, de quatro léguas quadradas, a Angelo de Siqueira Afonso, filho de Antonio Afonso, – fundador de Jacareí, – sua esposa Antonia Pedroso de Morais e um conterrâneo de nome Francisco João Leme. foi dada posse dessa Sesmaria em 1650, e a área situava-se no antigo Rio Comprido, mais tarde Vila Velha, por ter o ‘aglomerado sido removido’ para lugar de melhor defesa contra o gentio. A Sesmaria indicada está registrada nos Livros 11 e 13 das Sesmarias Antigas, atualmente arquivados no Tesouro Nacional da República, e foi assinada por Dyonísio da Costa, Capitão-Mór residente em Taubaté, então sede regional de todo o território entre São Paulo de Piratininga e o altiplano da Serra que limitava São Sebastião do Rio de Janeiro’.

Pedaços e Pedacinhos

Um livro simplesmente delicioso!

“Pedaços e Pedacinhos”, uma coletânea dos escritos e pensamentos de Brasílio Duarte (1915-1998), que traz a viva lembrança de uma São José dos Campos de outrora, ainda estância climática, de uma vida mais simples e de uma gente mais tranquila. Ou de uma vida mais tranquila e de gente mais simples, como queiram!

Sobre esse livro, disse Altino Bondesan em carta ao autor: “A leitura dos originais de seu livro ‘Pedaços e Pedacinhos’ me empolgou e confortou. Fiquei conhecendo pormenores de sua vida, edificantes, dignos de menção. Vejo que você construiu o edifício de sua existência com muita fé, trabalho, persistência e honestidade. / Seu livro merece ser lido pelas novas gerações, tão carentes de exemplos de religiosidade, de idealismo, de espírito de luta, coisas que se encontram em abundância nas belas páginas de sua obra.”

Bem, para que tenham uma idéia, eis um trechinho:

Um Fato Decisivo e a Primeira Lição

No ano de 1925, com nove anos de idade completos, fui matriculado no Grupo Escolar Olímpio Catão.

Antecedendo a este fato, ocorre uma cena bastante singular e até pitoresca, resultando daí que se tornasse meu protetor, simplesmente o Prefeito Cel. João Cursino. Foi assim:

Sem que alguém soubesse, saí para a rua, determinado a pedir que me pusessem na escola.

Vinha sentindo essa vontade, ao ver, todos os dias, que os outros meninos iam às aulas e voltavam alegres e tagarelas. Grandemente ocupados com os muitos problemas da Santa Casa, meus pais [adotivos] não havia podido, até esse tempo, conseguir uma documentação legal para a minha matrícula escolar, uma vez que eu não tinha nem o registro de nascimento.

E era a primeira vez que eu saía sozinho na rua.

Na primeira esquina (antiga residência do Dr. Nelson), deparo com um roceiro e lhe pergunto: “O sr. sabe quem é o dono da cidade?”

E ele rindo, me diz: – “não é dono da cidade que se diz, é Perfeito. Ele mora perto do Mercado!”

Agradeci e andei para os lados da igreja Matriz.

Bem adiante, pergunto novamente a uma pessoa: “o sr. sabe onde mora o Perfeito?”

Rindo também, ele me ensina: “menino, não diga perfeito, diga Prefeito que é assim que se fala”, “ele mora ali ao lado do Mercado.”

Essa foi a primeira lição que recebi, e caminhei, pensando em como alcançar o que estava procurando.

Finalmente, chego ao lugar que me foram indicando.

Batendo palmas, logo me aparece um senhor gordo, de colete, meio calvo, que me pergunta:

“O que você quer?”

“Eu quero falar com o Perfeito.”

“Pode entrar.

Entrei. Havia um pequeno portão e a seguir, uma escada.

Fiquei olhando.

“Pode falar, eu sou o Prefeito!”

“Vim pedir para o sr. me pôr na escola.”

“Onde você mora?”

“Na Santa Casa.”

“Muito bem. Volte para lá, bem direitinho, eu vou tratar do seu caso.”

Agradeci e fui saindo. Parei, voltando-me para ele, advertindo-o que, se não fosse atendido, sairia de casa.

“Para onde você vai?”

“Não sei, mas creio que vou parar em algum lugar.”

“Vá sossegado. Amanhã mesmo você estará na escola.” E foi assim, mas antes saibam o que aconteceu. Ao chegar em casa, encontro o pessoal apavorado. Todos estavam me procurando.

Fui repreendido pela minha falta, mas não contei nada do que aconteceu. No dia seguinte, bem cedo e para espanto de todos, aparece o Sr. Zeca Bicudo, servente do Grupo Escolar, com ordem expressa do Prefeito para me levar à escola. Foi um corre-corre geral.

Cada um me fazia uma coisa, desde o banho, ao vestir e alimentar. Foi um dia de festa sem que alguém entendesse o porquê de tudo aquilo…

E os tempos foram passando…