Sexta-fotos

Estes dias andei “brincando” com o ChatGPT, tanto em termo de textos quanto em termo de imagens.

Daí resolvi carregar a seguinte imagem:

E passei o seguinte comando (acho estranho pessoas que passam comandos para o ChatGPT pedindo “por favor”, “por gentileza”, etc): “Transforme esta imagem para o estilo do Estúdio Ghibli.” Até que ficou bonitinho…

Daí resolvi inovar. Passei o seguinte comando: “Esta é uma foto de um carro da marca Chevrolet, modelo Opala, fabricado em 1976. Modernize suas linhas e seu design para um veículo modelo 2025, mas sem perder a essência do original.” Na minha opinião ficou mais a cara do Honda Civic, do que qualquer outra coisa.

Quando eu tiver um tempinho acho que vou fazer mais uns testes, com alguns comandos mais específicos. Se sair algo que preste, compartilharei por aqui.

O Opala 67

Esta estória foi contada pelo Chico Anysio no Programa do Jô (duas figuraças já extintas da boa época da televisão brasileira). A piada já começa na própria chamada, pois sob qualquer ângulo que se busque, JAMAIS houve um Opala fabricado no ano de 1967. Em minha nada humilde opinião, pelo teor do causo, acredito que a referência ao ano “67” deva ter sido mesmo para fugir de eventual encrenca com a GM/Chevrolet, depois de descrever tantas “particularidades” do veículo…

Minhas motos

Como muito bem lembrado pelo @michelpachecoramos, lá do @casal_demoto, hoje, 27 de julho, é comemorado o Dia do Motociclista. Então eis uma palhinha com todas as motos que já tive em minha vida, a partir dos 14 anos de idade – só bicheira! 😃

– Garelli 1976;
– Mobylete 1978;
– RDZ 125 1983;
– CB 400 1982;
– RX 125 1980;
– DT 180 1983;
– CB 400 1984;
– DT 180 1988;
– NX 150 1989;
– CB 400 1985;
– CBX 200 Strada 2001;
– YBR 125K 2004;
– Harley Davidson 883 2010; e
– CB 400 II 1981 – a quarta CB, minha atual moto e que é a última que pretendo ter…

A cor do Titanic

Pela foto aí do lado, todo mundo já sabe que a cor original do Titanic era bege. A minha querida, amada, idolatrada, salve, salve Dona Patroa refere-se a esse tom específico de cor como “cor de calcinha”. Já de minha parte costumo dizer que essa cor de um tom de “cocô de passarinho com diarreia líquida”. Enfim, não importa – e que me perdoem os opaleiros que têm um bólido dessa cor – pois particularmente acho ela feio bagaráy.

Assim, desde os primeiros momentos já havia decidido que iria trocar a cor do carro. Sim, confesso que já num primeiro momento pensei no General Lee, o Dodge Charger 1969 da série The Dukes of Hazzard – aqui “traduzida” como Os Gatões

Fuçando aqui e ali, cá e acolá, obtive a informação de que a cor do General Lee seria uma tal de Hugger Orange. É lógico que fui buscar a “história” dessa cor específica.

Então, caríssimos, como costumo dizer lá no Legal, “senta, que lá vem história!”

Nascido em 1969, o Hugger Orange foi a resposta da Chevrolet às cores vibrantes e impactantes da era dos muscle cars. Nessa era, a sutileza era um ponto fraco. De motores potentes a cores ousadas, tudo era projetado para se destacar e marcar presença nas ruas ou nas pistas. Cada marca tinha sua tonalidade característica, do Sublime Green da Mopar ao Grabber Blue da Ford, e para a Chevrolet, essa cor seria o Hugger Orange. Introduzido no Camaro de 1969 (mostrado acima), esse tom vívido e cheio de energia tornou-se sinônimo da identidade de desempenho da Chevrolet na era de ouro dos muscle cars americanos.

Além do Camaro, a Chevrolet também usou o Hugger Orange no Chevelle, El Camino, Nova e Corvette a partir de 1969. Mais tarde foi usada nas caminhonetes Chevy C/K e no K5 Blazer, e para comemorar o 30º aniversário do Camaro, um número limitado de Camaros de 1999 foi pintado nessa cor.

Trata-se de uma cor muito distinta devido à ausência de manchas metálicas. A seguir temos alguns dos muscle cars que ostentaram essa cor icônica.

Chevrolet Camaro SS 632 Restomod 1969

Oldsmobile 442 1970Chevrolet Nova SS 1967 Restomod

Chevrolet Camaro Yenko/SC 1969

Chevrolet El Camino 1968

Chevrolet Chevelle SS 1969

Só que, em verdade, em verdade, vos digo: Hugger Horange não era a cor do General Lee!

No começo muita gente achava que a cor era Hemi Orange, porém no filme ela parecia como sendo marrom, de modo que foi descartada.

A mais indicada – e que muitos acreditam ser, de fato, a cor do veículo – é a Hugger Orange. Porém essa cor era tão brilhante e reluzente que captava reflexos da câmera durante as filmagens, de modo que também não foi utilizada.

Por isso durante anos acreditou-se que o General Lee era pintado de Vermelho Chama, uma cor do Corvette de 1975 a 1978. De fato é bem parecida, mas ainda não é a cor real.

Isso até que, por volta de 2020, um sujeito chamado Travis Bell, o principal “especialista” em General Lee, conseguiu desvendar o “segredo”. Ele conseguiu escanear a tampa do porta-malas do General Lee original (centenas de Dodges foram usados – e destruídos – durante as filmagens da série) e foi aí que descobriu a verdadeira cor do carro. Que, por incrível que pareça, veio daqui:

O resultado obtido por Travis Bell é uma combinação exata de uma cor chamada TNT Express – que nunca foi uma cor de fábrica para carros, mas é usada por essa transportadora em seus veículos de entrega.

Então, que também me perdoem outros “especialistas”, mas ao que parece finalmente se chegou a um consenso a respeito da “verdadeira” cor do General Lee.

Mesmo assim, olhando mais de perto, por mais “famosa” que fosse, não era bem essa a cor que eu queria. Então fiz um verdadeiro catálogo de cores laranja para escolher a que mais me agradava, como contei lá no post O tom da cor, e junto com o “Seo Zé”, o funileiro, chegamos a um veredicto: Laranja Boreal, da Chevrolet. É bem como expliquei neste outro post: Agora vai!!!

Porém, ainda assim, acabei cometendo uma gafe, conforme o mea culpa que fiz lá no post A cor certa. Na realidade acabamos fazendo confusão com a palheta de cores e a que, de fato, foi utilizada para pintar o Titanic nem foi da Chevrolet, mas sim da Volkswagen: o Laranja Nepal.

Enfim, a diferença com todas essas cores anteriores é simples: ela é um pouquinho mais clara. E só. Mas é o suficiente para ter ainda mais destaque naquilo que todo Opala já costuma ser: “uma máquina de entortar pescoços”

😁

Sexta-fotos

E já tem alguns anos que rolou nas redes um conceito moderno do Chevrolet Opala 1978, com motor de 851 cavalos e 106,4 mkgf do Dodge Challenger. Vou ser muito sincero: particularmente não me agradou. Sei lá se porque sou um saudosista e gosto dos clássicos ou porque nesse conceito do “Opala Extinction” praticamente as únicas linhas que seguiram as do original foram as da ponta do capô. Enfim, vejam por si mesmos e tirem suas próprias conclusões…

Descomutando a seta

Estou muito – MAS MUITO MESMO – longe da verve de alguém como Guimarães Rosa, mas é certo que volta e meia me meto a inventar e desinventar palavras e palavrórios para ilustrar os “causos” que destilo neste cantinho virtual para meus quase quatro e meio leitores que – sei lá, anualmente? – resolvem passar por aqui para saber se ainda existe alguma novidade sobre o Titanic.

Bom, pra começo de conversa, vamos deixar uma coisa bem clara: apesar da pandemia, não morri, nem mesmo – o que seria ainda pior – interrompi o Projeto 676. É certo que o Titanic ainda não está pronto, pois somente agora estou emergindo de um longo período que mesclava muito trabalho, um tanto de vagabundagem e outro tanto de cachaçada.

Mas (mais uma vez) estou de volta.

Tentando me programar para ao menos uma vez por dia ir atualizando o blog, principalmente com a parte “retroativa”, pois a última postagem digna de nota acerca da reforma foi ainda quando eu ainda havia acabado de montar o capô, em 2018, e sequer os vidros laterais estavam no lugar. Só que atualmente o veículo está montado, regulado, documentado e rodando. Ainda que não esteja terminado.

Mas vamos ao que interessa pra hoje.

Como vocês devem saber (ou, ao menos, deveriam) a seta – ou “pisca-pisca” – do Opala nada mais é que um conjunto de lâmpadas simples, acionadas por uma alavanca na direção, porém no meio do caminho há um relê, há um relê no meio do caminho. E é graças a esse relê (um dispositivo elétrico que tem como função produzir modificações súbitas, porém predeterminadas, em um ou mais circuitos elétricos de saída) que essas lâmpadas da seta não ficam simplesmente acesas ao se acionar a alavanca, e sim ficam piscando, com aquele característico “tec-tec, tec-tec, tec-tec”.

(O que me fez lembrar de uma das célebres frases de Mário Quintana: “Mera ilusão auditiva graças à qual a gente ouve sempre “tic-tac” e nunca “tac-tic”… Depois disso, como acreditar nos relógios? Ou na gente?”)

Mas tergiverso.

Enfim, o problema é que, muito de vez em quando, em vez de seu barulho e reação característicos, a seta em vez de piscar simplesmente travava num longo “pééééééééééé”. E não setava. De quando em quando voltava ao normal no meio do defeito, ou então não voltava. Às vezes, ainda, sequer dava defeito. E o defeito intermitente é péssimo, pois não tem como o especialista avaliar qual seria se ele não surge.

E o especialista, nesse caso, era o nosso já conhecido Japonês da Autoelétrica.

Num primeiro momento desconfiou do relê e trocou-o. Na sequência deu uma checada nos fusíveis (que ainda são daqueles de vidro) e numa outra desconfiança também trocou um deles. Voltou a funcionar perfeitamente.

Até hoje.

E o problema é aquilo que eu acabei de comentar: como avaliar o defeito se estiver funcionando normalmente? A coincidência das coincidências é que eu estava por ali e fui com ele para fazer um socorro (entenda-se: atender um cliente cujo carro não está funcionando e você tem que ir até o local onde o veículo desmilinguiu) e na volta surgiu o malfadado defeito! Parei em frente da oficina e nem desliguei o Titanic.

E eis que ele me entra, e volta com sua chave de testes caseira (feito com um raio de bicicleta e mais certeira que muitas das digitais que se pode encontrar no mercado), fuça daqui, fuça dali, acelera, desconecta isso, reconecta aquilo e então dá o veredicto: “É algum mau contato no comutador, cilindro de ignição ou nos dois.” Dito isso ligou a seta e aproveitou aquela ligeira folga que existe em todo cilindro de ignição para mostrar que quando o defeito aparecia bastava dar uma mexidinha na borboleta e já voltava a piscar normalmente.

E qual a solução para hoje? Pegou um desengripante (tipo um WD-40, só que outro), deu uma limpada em todos os contatos e montou tudo de volta com firmeza. Aparentemente deu certo.

Agora só mesmo rodando e setando pra tudo quanto é lado pra ver se acabou o defeito mesmo…