Quatro? Não, só dois…

“Só dois o quê, criatura?” – perguntam-me vocês.

“Pneus” – respondo-lhe eu.

Acho que todo mundo já passou por essa situação: perceber que os pneus já estão num ponto em que é preciso desviar até mesmo de bita de cigarro acesa no meio da rua, mas não necessariamente todos os quatro. Até porque, ainda que o mais recomendável fosse trocar todos os quatro pneus, nem sempre temos dinheiro sobrando para fazer um “serviço completo”. Então, a pergunta que não quer calar é qual conjunto trocar, os dianteiros ou os traseiros?

Bem, como este espaço não é só um local de compartilhamento de informações úteis (e inúteis), mas também – e principalmente – minha própria “memória virtual”, eis aqui um filminho bem didático sobre quais pneus devem ser trocados e o porquê disso.

E não, não vou contar.

Assistam o filme, pô!

Miudezas

Bem, hoje pela manhã passei lá na Mecânica Waltair para levar as miudezas que encontrei – e, também, para perguntar se faltou alguma coisa das graudezas…

Deixei os “caninhos” por onde passa o fluído de freio, algumas borrachas, tampas e parafusos, ressaltando ainda que era pra ele trocar o que tivesse que trocar.

Aliás, eis um pequeno close daquela solda que vai ter que ser refeita, bem na longarina que dá sustentação ao motor (ou seja, onde TODO OPALA sempre acaba quebrando):

E, fora isso, ele já apontou outro local que vai precisar de um retoque: lá na lanterna. É que a parte interna está solta e vai ser necessário um “pinguinho de solda” para acertar. Combinei com ele que o caboclo que vier fazer a solda que já aproveite e arrume isso também. “Mas vai estragar um pedacinho da pintura”, disse-me ele. No problem. Retoques futuros, após toda a mecânica completa, já eram esperados. Só pedi para que providenciasse pelo menos um bom fundo após a solda, de modo a evitar a ferrugem.

No mais, dando uma conferida nas peças que eu levei, ele deu por falta da caixa de direção. Provavelmente eu devo tê-la esquecido, mesmo. E, mais provavelmente ainda, mais por ignorância que por esquecimento…

Se, assim como eu, naquele exato momento você também não conseguiria trazer à mente a figura de uma caixa de direção, ei-la logo na sequência…

Clique na imagem para ampliar!

AVISO AOS NAVEGANTES

Muito bem cambada de opaleiros e curiosos que sempre vêm aqui só pra constatar que NADA foi feito e o blog não estava atualizado.

Enfim consegui um tempinho (de madrugada, confesso) e coloquei as últimas notícias d’O Projeto para deleite de Vossas Senhorias!

Inclusive as fora de data…

Então, ainda que já tenha lido tudo até agora, sugiro que voltem um bocadinho, ao menos até o início de outubro, porque tá cheio de posts (e fotos) inéditos!

Divirtam-se!

😀

Um dia sem Opala

É. Hoje resolvi deixar a viatura descansando um bocadinho na garagem. Já está tudo ok, o japonês já achou onde era o curto – na luz de ré (que eu nem sabia que não estava acendendo) – e o nosso querido Poseidon Cruzador Imperial já voltou a singrar o espaço infinito dos asfaltos tupiniquins…

Aliás, acabei de lembrar que ainda não paguei o japonês! Quarenta contos. Depois eu resolvo isso.

Bem, com a negociação Corsa-Harley devidamente sacramentada (ou em vias de), já me senti à vontade para novamente voltar a curtir a vida em duas rodas. Mas – que fique claro – não abro mão dos Opalas de jeito nenhum!

Uma coisa bastante interessante nessa moto é que ela tem o porte avantajado. Não que seja necessariamente alta, mas é “larga”. O primeiro cuidado que tive que aprender é que, toda vez ao parar, jogar a perna de apoio bem pra fora. Isso mesmo, quase um cavalo!

Depois de tantos anos sem uma “moto de verdade” (a última foi uma boa e velha CB, pois a Strada e a YBR não contam…) confesso que fiquei com uma certa apreensão ao montar nessa cavalgadura que é a Harley Davidson 883R. Afinal de contas a maior moto que já tive – e que era moto pra caramba! – ainda assim era menos que a metade dessa!

Bem, kemosabe, com tanto tempo fora das ruas é lógico que meu coeficiente de cagaço andava com o ponteirinho no vermelho. Assim, somente depois de garantir que estava devidamente paramentado, com a jaqueta de couro de sempre, luvas de cano alto resgatadas do fundo da gaveta e capacete de volta à cabeça (depois de um pusta trabalho de higienização para tirar o mofo de anos guardado), lá fui eu!

Moto pra caramba!

É curioso como, ao andar, a gente fica com a nítida impressão de estar o tempo todo em marcha lenta – não importa a velocidade! O barulho forte e “pipocado” do motor se faz ouvir de longe.

Primeira curva, primeira lição. O estilo de pilotar uma moto dessas é totalmente diferente das motos “comuns”. O grau de inclinação do garfo é maior, o que força a curvas mais abertas. Sim, isso mesmo. Na rotatória da esquina de casa quase que fui reto! Já com a lição na cabeça, bastou mais umas duas ou três curvas para eu entender o que é melhor para mim. E para ela. Motos desse tipo não comportam curvas com inclinação do corpo acompanhando a própria moto; o que funciona melhor é o chamado “pêndulo”, ou seja, inclina-se a moto e joga-se o corpo em direção contrária. Desse jeito dá pra fazer em boa velocidade até as curvas mais fechadas.

A caminho do trabalho, que fica a exatos quinze quilômetros de casa, existe a chamada Estrada Velha. Reformada e com as pistas duplicadas há não muito tempo pelo Governo do Estado (que porcamente simplesmente parou e ainda não concluiu a obra – acho que aguardando o “momento eleitoral correto” para tanto), naquela hora da manhã, com uma bela reta pela frente, e totalmente sem movimento, resolvi dar uma esticadinha…

Meu…

A arrancada é fabulosa e o conforto inominável!

A transmissão, por não ser através de corrente, faz com que a moto seja fantasticamente suave. Curtindo a potência, resolvi dar uma olhadinha no velocímetro. CENTO E SESSENTA! Pára. Ou melhor, reduz. Não preciso de velocidade – apesar de tê-la. A moto é para curtir. E assim continuei pelo resto do trajeto até meu destino…

Só não posso esquecer de abastecer antes de ir embora.

Isso SE eu descobrir como abre a tampa do tanque de combustível… :-/

Dia de carona

Pois é, ainda ontem já tinha combinado com o Japonês, também conhecido como Osvaldo da Autoelétrica, que ia levar o Poseidon¹ até lá.

O problema é que, conforme contei ontem, o fusível está queimado. E continua queimando. Então somente deixando o carro para fazer um diagnóstico completo e procurar onde é que está fechando curto.

Então mandei implorei pedi à Dona Patroa por uma carona e, juntos, espinamos para o trabalho.

Bem, quase.

Como eu não havia conseguido conversar com o Seu Waltair propriamente dito, mas somente com seu fidelíssimo escudeiro, o Noel, eu queria dar uma passadinha lá na oficina para “combinar o jogo”. Ou seja, recapitulando, revisar o diferencial, instalar a suspensão, checar todo o sistema de freios, bem como dar uma verificada geral na estrutura do carro para receber o motor de seis cilindros. E foi aqui que a porca torceu o rabo.

Tudo bem que quem fez a solda foi meu pai, mas desde o início eu não havia gostado muito da cara daquela solda elétrica na longarina…

E foi ali mesmo que o Seu Waltair já apontou de imediato. “Tá muito ruim. Tem que refazer. Além disso tem outra trinca que não foi soldada.” Disse-lhe que tudo bem, que era pra fazer o que fosse necessário – simples assim.

No mais me comprometi para, até sábado, trazer o restante das miudezas que tenho dos sistemas de amortecimento e freio. Deixei claro que fazia questão de trazer tudo para que ele fizesse a devida avaliação desses componentes, do tipo: 1) “não tem que trocar”; 2) “tem que trocar”; 3) “não tem que trocar agora” ou 4) “até tem que trocar mas não existe mais no mercado então vai ter que ser esse mesmo”.

É lógico que lá no furdúncio que ficou a garagem depois que meu sogro meio que se assenhorou de parte dela, vai ser muito difícil achar todos os componentes onde eu os havia deixado originalmente. Então, daqui até sábado, vou ter que recorrer àquele programa da GM, o CepChev – Catálogo Eletrônico de Peças Chevrolet 2005, onde consigo acessar a visão explodida de cada um dos setores do carro, de modo a poder caçar, parafuso por parafuso, tudo que faça parte dos sistemas de amortecimento e frenagem.

Hm? Existem versões mais novas desse programa no mercado – inclusive internetístico? Sim, sim, eu sei. Mas as versões a partir de 2008 precisam ser autenticadas no servidor da GM, ou seja, só funcionam online. E, mais: ainda que essa que estou usando seja de 2005 e se possa encontrar nos rincões da Internet ao menos a de 2006 (que fucionam nos computadores isoladamente), vamos combinar que o Opala foi fabricado até 92 – e são os esquemas dele que realmente interessam, certo?

Enfim, agora é partir para o trabalho de arqueologia…

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¹ O nome “Poseidon” (o 90) veio por conta do batismo que a Dona Patroa conferiu ao primeiro Opala (o 79): “Titanic”. Comecei a chamá-lo assim a partir deste post. Mas, sinceramente, depois de uma semana retomando hexalogia² Star Wars com os filhotes estou seriamente tentado a rebatizá-lo de “Cruzador Imperial” (Imperial I – Class Star Destroyer)…

² É “hexalogia” sim, pois (até agora) foram seis filmes. Quiéquiocê pensou que fosse? “Sexalogia”? Ou, pior, “sexologia”?

Êêê cambada de infiéis…

😀