Sexo? Só se for agora!

Nessas minhas viajandanças pela Internet eu encontro cada coisa…

Por exemplo: O que leva todos a fazerem sexo?

Na realidade é algo simples: porque é bom, todo mundo gosta, é bom, desestressa, é bom, relaxa, é bom, dá prazer e tudo mais.

Já falei o quanto é bom?

Porém não é só isso, sexo é uma das melhores coisas para a saúde no geral (ôpa!), ajudando nos mais diversos aspectos, muito dos quais você nem imagina.

Então fique esperto e saiba o porquê de fazer sexo sempre:

1. Menores chances de ter câncer de próstata, pois fazer sexo cinco vezes ou mais por semana diminui as chances de se ter esse tipo de câncer em um terço. (Meu bisavô precisava ter lido esse texto…)

2. Adios enxaqueca! Sexo frequente melhora a circulação de sangue no cérebro, o que diminui as chances da pessoa sentir dores na cabeça. (Conheço algumas mulheres que precisam ler esse texto…)

3. Sexo é perfeito para perder peso, com ele pode-se perder até 200 calorias facilmente, mas se você preferir pode fazer uma corridinha de 15 minutos, que dá o mesmo resultado. (Correr? Fazer sexo? Difícil escolha, hein?…)

4. Sexo é a melhor arma contra o envelhecimento, pois melhora a qualidade de vida das pessoas, que, menos estressadas, dormem melhor e sentem-se mais dispostas, deixando todos com uma melhor aparência. (Putz! Fudeu.)

5. Para mulheres: sexo previne celulite, pois melhora a circulação. (É do conhecimento até do reino mineral que somente as mulheres é que conseguem enxergar celulite nas mulheres…)

6. Deixa as mulheres mais bonitas. Estudos mostram que mulheres que praticam sexo frequentemente produzem mais estrogênio, deixando a pele lisinha e os cabelos brilhosos. (Hmmm…)

7. Faz bem pra “cuca”, pois existe um grande liberação de adrenalina durante a relação sexual, fazendo nossa cabeça funcionar melhor. (Piada pronta. Não vou me manifestar.)

8. Melhora os sentidos, pois diversos hormônios são liberados durante a relação, mas o grande destaque fica por conta do olfato, que tem sua eficácia melhorada pela ação dos hormônios da prolactina. (Não sei o porquê me veio à mente a música “Mania de você”…)

9. Melhora o famoso colesterol, pois equilibra o bom e o ruim. (Ah! Tinha que ter algum benefício pra saúde também!)

10. Te livra de doenças. Pessoas sexualmente ativas produzem mais imunoglobulina, que melhora o desempenho do sistema imunológico. (Mas é bom não dispensar o condom!)

E aí?

Tá esperando o quê?

😀

O amor bom é facinho

Ivan Martins
Revista Época

Há conversas que nunca terminam e dúvidas que jamais desaparecem. Sobre a melhor maneira de iniciar uma relação, por exemplo. Muita gente acredita que aquilo que se ganha com facilidade se perde do mesmo jeito. Acham que as relações que exigem esforço têm mais valor. Mulheres difíceis de conquistar, homens difíceis de manter, namoros que dão trabalho – esses tendem a ser mais importantes e duradouros. Mas será verdade?

Eu suspeito que não.

Acho que somos ensinados a subestimar quem gosta de nós. Se a garota na mesa ao lado sorri em nossa direção, começamos a reparar nos seus defeitos. Se a pessoa fosse realmente bacana não me daria bola assim de graça. Se ela não resiste aos meus escassos encantos é uma mulher fácil – e mulheres fáceis não valem nada, certo? O nome disso, damas e cavalheiros, é baixa auto-estima: não entro em clube que me queira como sócio. É engraçado, mas dói.

Também somos educados para o sacrifício. Aquilo que ganhamos sem suor não tem valor. Somos uma sociedade de lutadores, não somos? Temos de nos esforçar para obter recompensas. As coisas que realmente valem a pena são obtidas à duras penas. E por aí vai. De tanto ouvir essa conversa – na escola, no esporte, no escritório – levamos seus pressupostos para a vida afetiva. Acabamos acreditando que também no terreno do afeto deveríamos ser capazes de lutar, sofrer e triunfar. Precisamos de conquistas épicas para contar no jantar de domingo. Se for fácil demais, não vale. Amor assim não tem graça, diz um amigo meu. Será mesmo?

Minha experiência sugere o contrário.

Desde a adolescência, e no transcorrer da vida adulta, todas as mulheres importantes me caíram do céu. A moça que vomitou no meu pé na festa do centro acadêmico e me levou para dormir na sala da casa dela. Casamos. A garota de olhos tristes que eu conheci na porta do cinema e meia hora depois tomava o meu sorvete. Quase casamos? A mulher cujo nome eu perguntei na lanchonete do trabalho e 24 horas depois me chamou para uma festa. A menina do interior que resolveu dançar comigo num impulso. Nenhuma delas foi seduzida, conquistada ou convencida a gostar de mim. Elas tomaram a iniciativa – ou retribuíram sem hesitar a atenção que eu dei a elas.

Toda vez que eu insisti com quem não estava interessada deu errado. Toda vez que tentei escalar o muro da indiferença foi inútil. Ou descobri que do outro lado não havia nada. Na minha experiência, amor é um território em que coragem e a iniciativa são premiadas, mas empenho, persistência e determinação nunca trouxeram resultado.

Relato essa experiência para discutir uma questão que me parece da maior gravidade: o quanto deveríamos insistir em obter a atenção de uma pessoa que não parece retribuir os nossos sentimentos?

Quem está emocionalmente disponível lida com esse tipo de dilema o tempo todo. Você conhece a figura, acha bacana, liga uns dias depois e ela não atende e nem liga de volta. O que fazer? Você sai com a pessoa, acha ela o máximo, tenta um segundo encontro e ela reluta em marcar a data. Como proceder a partir daí? Você começou uma relação, está se apaixonando, mas a outra parte, um belo dia, deixa de retornar seus telefonemas. O que se faz? Você está apaixonado ou apaixonada, levou um pé na bunda e mal consegue respirar. É o caso de tentar reconquistar ou seria melhor proteger-se e ajudar o sentimento a morrer?

Todas essas situações conduzem à mesma escolha: insistir ou desistir?

Quem acha que o amor é um campo de batalha geralmente opta pela insistência. Quem acha que ele é uma ocorrência espontânea tende a escolher a desistência (embora isso pareça feio). Na prática, como não temos 100% de certeza sobre as coisas, e como não nos controlamos 100%, oscilamos entre uma e outra posição, ao sabor das circunstâncias e do tamanho do envolvimento. Mas a maioria de nós, mesmo de forma inconsciente, traça um limite para o quanto se empenhar (ou rastejar) num caso desses. Quem não tem limites sofre além da conta – e frequentemente faz papel de bobo, com resultados pífios.

Uma das minhas teorias favoritas é que mesmo que a pessoa ceda a um assédio longo e custoso a relação estará envenenada. Pela simples razão de que ninguém é esnobado por muito tempo ou de forma muito ostensiva sem desenvolver ressentimentos. E ressentimentos não se dissipam. Eles ficam e cobram um preço. Cedo ou tarde a conta chega. E o tipo de personalidade que insiste demais numa conquista pode estar movida por motivos errados: o interesse é pela pessoa ou pela dificuldade? É um caso de amor ou de amor próprio?

Ser amado de graça, por outro lado, não tem preço. É a homenagem mais bacana que uma pessoa pode nos fazer. Você está ali, na vida (no trabalho, na balada, nas férias, no churrasco, na casa do amigo) e a pessoa simplesmente gosta de você. Ou você se aproxima com uma conversa fiada e ela recebe esse gesto de braços abertos. O que pode ser melhor do que isso? O que pode ser melhor do que ser gostado por aquilo que se é – sem truques, sem jogos de sedução, sem premeditações? Neste momento eu não consigo me lembrar de nada.

Ondas do mar

Vocês já observaram as ondas do mar? Elas vem e vão… vem e vão infinitamente… eternamente… E os acontecimentos da vida? Bons, ruins, felizes, tristes, inesperados, assustadores, surpreendentes são como as ondas do mar. Vem e vão… Nós brincamos no mar, pulamos as ondas baixas, mergulhamos nas ondas altas… nos despenteamos nas ondas que nos surpreende, não ficamos bravos quando a onda veio de um jeito que não queriamos, simplesmente não temos expectativas quanto às ondas… Porém, ainda não conseguimos lidar tão bem com as ondas da vida… Ainda brigamos com elas porque às vezes elas vão embora quando queremos que elas fiquem e às vezes elas chegam quando não estamos preparados. Não conseguimos flexibilizar nossos comportamentos diantes do inesperado. Ficamos parados à margem da vida, sem nos aprofundar na riqueza do oceano que é a vida. Não brigue com a onda, você sempre vai perder, porque é impossivel vencer a onda… se entrega e boia… porque ela vai e volta… mas você fica.

Karin

Essa edição é pra casar

Esta é para os jornalistas de plantão!

Recortei-e-colei daqui

Às vezes, acho que estou velho para tantos casos. Efêmeros. Estou velho, mas ainda gosto do imprevisível, dos riscos. Não que eu seja volúvel, longe disso, é que elas me seduzem. Parece que não sei viver sem elas, sem a variedade delas. Tem gente que vai ao McDonald´s e pede sempre o número 1. Eu sempre gostei de variar, sabe?

Mas quando o homem fica velho começa a pensar se não é hora de sossegar esse fogo, buscar uma relação mais estável, mais fiel. Um amigo meu, também jornalista, vive me dizendo: “as reportagens são excitantes – quem não gosta delas? –, mas já não é tempo de você pensar em trabalhar na edição? A edição é pra casar”.

A edição é o próprio casamento. Uma vida com roteiro pronto a que você se acostuma com o tempo, uma vida mais tranqüila, mais caseira. O grande risco é você engordar, porque se come muito mais. Na reportagem, chego a passar o dia com meia dúzia de cream cracker no estômago.

As reportagens exigem pique, fôlego, preparo físico, mental, espiritual, transcendental. Você não pode falhar. Não que eu falhe, longe disso – aliás, nunca falhei, eu juro –, é que eu sinto que as reportagens se ligam mais nos garotões, nos caras que estão começando. Será que não estou fazendo o papel do tiozão bobo que ainda acha que apavora?

O tal meu amigo me disse também que, quando eu quiser, me arruma rapidinho um esquema com a edição. Mas é esquema sério, papel passado e tal. Edição decente, de família.

Mas enquanto eu não me decido, sigo com as minhas reportagens. Aliás, daqui a pouco vou para uma nova, lá no centro da cidade. O pauteiro ainda não me disse do que se trata, por isso, eu fico aqui imaginando, fantasiando. Será que é uma reportagem bem gostosa, daquelas de deixar o jornalista a tarde toda eufórico, extasiado? Só não pense que sou tarado, por favor. Longe disso.

Passado e Futuro

Gosto muito dos textos e citações (e imagens) desta menina. Invariavelmente me surpreendo com algo que parece ter sido escrito única e exclusivamente para minha pessoa. Mas imagino que isso deva acontecer com todo mundo…

Aqueles que se apegam às lembranças do passado, quanto aqueles que não conseguem esquecer os traumas, colocam suas energias no passado. Por outro lado, as pessoas que vivem esperando pelo futuro, depositando nele sua felicidade e realização, deixam pouca ou nenhuma energia no presente. E é apenas no agora que podemos construir nossas vidas.

Trincheiras na WEB

Revista Carta Capital nº 652, de 29/06/2011 – fls. 24 em diante

“Sem partidos ou sindicatos, os brasileiros voltam às ruas em grandes manifestações convocadas pela Internet.”

Simplesmente fantástica essa chamada. Seria essa a “democracia” finalmente levada ao seu limite, com a efetiva participação popular? O texto, na prática, se refere à insatisfação com as condições de trabalho dos operários da usina hidrelétrica de Jirau, em Rondônia, bem como ao movimento dos bombeiros no Rio de Janeiro. Apesar da distância – tanto no tempo quanto no espaço – o que ambos os movimentos tiveram em comum foi a mobilização via torpedos de celular, e-mail, Twitter, Facebook e sabe-se lá o que mais.

E isso tem se demonstrado cada vez mais uma realidade nos movimentos da sociedade brasileira…

Mas, mais na prática ainda, vamos combinar que não estamos falando de democracia. Mas sim de anarquia. E, caso você, incauto leitor, não saiba, anarquia não quer dizer caos, bagunça, desordem ou qualquer outro tipo de desorganização do gênero. Anarquia nada mais é que a falta de governo – por não precisar de governo. Não há “líderes”, mas sim consenso.

Isso ficou melhor evidenciado num outro episódio internetístico, dessa vez com a prefeita de Natal, Micarla de Sousa, onde manifestantes se organizaram rapidamente e – sob a batuta do hashtag #foramicarla – acamparam em frente à Câmara Municipal e durante 11 dias não arredaram o pé dali enquanto não foi instalada uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar os contratos da Prefeitura.

Alguns trechinhos interessantes:

O acampamento de Natal foi, até agora, o mais bem-sucedido caso de ativismo on-line no País. Foram seis meses de convocações, sempre utilizando o Twitter e o Facebook, até chegar ao protesto vitorioso. (…)

No Twitter e no Facebook, militantes de partidos de oposição, mas também muitos jovens não militantes, espalharam a hashtag “#foramicarla”, pedindo o impeachment da prefeita, que rapidamente ganhou adesões . Como vários estudantes de Direito da UFRN estavam entre os manifestantes, a legalidade do acampamento na Câmara foi garantida por um habeas corpus preventivo elaborado pelo próprio grupo. “Fiquei impressionado com a agilidade desses meninos. Juridicamente, eles estavam muito bem amparados”, disse o secretário-geral da seção regional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Paulo Coutinho, que atuou como mediador da contenda. Ele ri ao lembrar que uma das maiores dificuldades para a negociação é que não havia líderes.

(…) A presidência da Câmara acabou por concordar com as reivindicações dos estudantes, que finalmente saíram. Poucos dias depois, no entanto, a mesa diretora passou a dizer que as decisões nada tinham a ver com o acampamento.

(…) Os cerca de cem jovens, com média de idade de 23 anos, como Natália, que dormiram nas 27 barracas montadas no pátio do Legislativo da capital potiguar, dividiram-se em oito comissões, cada qual com sua tarefa. Quem aparecia por lá decidido a passar a noite, mas não tinha tenda, era imediatamente incluído no programa “Minha Barraca, Minha Vida”.

Tanto os participantes não filiados a partidos quanto os filiados relatam uma experiência rica no respeito às diferenças. “Havia uma rejeição mútua entre nós que se dissolveu depois do acampamento. Os não militantes viram que nós, militantes, não somos tão chatos assim nem estamos querendo cooptar ninguém. E nós, militantes partidários, percebemos que mesmo os anarquistas podem se organizar” (…).

Estômago e bolso das togas

Revista Carta Capital nº 652, de 29/06/2011 – fls. 20

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) – proclamado erroneamente como de controle externo, mas composto na sua maioria por magistrados – acaba de aprovar resolução a garantir aos juízes brasileiros em atividade dois benefícios: auxílio-alimentação e venda de férias trabalhadas.

A resolução do CNJ deveu-se a uma provocação feita pela Associação dos Juízes Federais (AJUFE). Com base na isonomia, equivalência, a associação pediu benefícios já percebidos por membros do Ministério Público. Convém lembrar que cada juiz federal vence, em média, 23 mil reais, ou seja, não se trata de remuneração famélica. Num Brasil de baixos salários, com um mínimo não ideal e com programas como o Bolsa Família para minimizar a miséria, o tal auxílio-alimentação aos bens nutridos juízes soa como escárnio, data venia.

Por outro lado, nada mais justo indenizar por férias trabalhadas. Só que a categoria goza de dois períodos anuais de descanso. E, pelo justificado há anos, os dois repousos seriam necessários em razão da atividade intelectual desgastante imposta aos magistrados, que, ainda, carecem de tratamento diferenciado para se aperfeiçoar. Só uma coisa soa estranha e gostaríamos de entender. Se, por necessidade e humanidade, dois meses de descanso ao ano são necessários, por que não obrigar os magistrados a gozarem as férias inteiras, em vez de autorizá-los a se eslfalfarem e ainda vendê-las?

Sim, os grifos acimas foram meus.

Não, não vou comentar mais nada.