Miudezas

Bem, hoje pela manhã passei lá na Mecânica Waltair para levar as miudezas que encontrei – e, também, para perguntar se faltou alguma coisa das graudezas…

Deixei os “caninhos” por onde passa o fluído de freio, algumas borrachas, tampas e parafusos, ressaltando ainda que era pra ele trocar o que tivesse que trocar.

Aliás, eis um pequeno close daquela solda que vai ter que ser refeita, bem na longarina que dá sustentação ao motor (ou seja, onde TODO OPALA sempre acaba quebrando):

E, fora isso, ele já apontou outro local que vai precisar de um retoque: lá na lanterna. É que a parte interna está solta e vai ser necessário um “pinguinho de solda” para acertar. Combinei com ele que o caboclo que vier fazer a solda que já aproveite e arrume isso também. “Mas vai estragar um pedacinho da pintura”, disse-me ele. No problem. Retoques futuros, após toda a mecânica completa, já eram esperados. Só pedi para que providenciasse pelo menos um bom fundo após a solda, de modo a evitar a ferrugem.

No mais, dando uma conferida nas peças que eu levei, ele deu por falta da caixa de direção. Provavelmente eu devo tê-la esquecido, mesmo. E, mais provavelmente ainda, mais por ignorância que por esquecimento…

Se, assim como eu, naquele exato momento você também não conseguiria trazer à mente a figura de uma caixa de direção, ei-la logo na sequência…

Clique na imagem para ampliar!

AVISO AOS NAVEGANTES

Muito bem cambada de opaleiros e curiosos que sempre vêm aqui só pra constatar que NADA foi feito e o blog não estava atualizado.

Enfim consegui um tempinho (de madrugada, confesso) e coloquei as últimas notícias d’O Projeto para deleite de Vossas Senhorias!

Inclusive as fora de data…

Então, ainda que já tenha lido tudo até agora, sugiro que voltem um bocadinho, ao menos até o início de outubro, porque tá cheio de posts (e fotos) inéditos!

Divirtam-se!

😀

Um dia sem Opala

É. Hoje resolvi deixar a viatura descansando um bocadinho na garagem. Já está tudo ok, o japonês já achou onde era o curto – na luz de ré (que eu nem sabia que não estava acendendo) – e o nosso querido Poseidon Cruzador Imperial já voltou a singrar o espaço infinito dos asfaltos tupiniquins…

Aliás, acabei de lembrar que ainda não paguei o japonês! Quarenta contos. Depois eu resolvo isso.

Bem, com a negociação Corsa-Harley devidamente sacramentada (ou em vias de), já me senti à vontade para novamente voltar a curtir a vida em duas rodas. Mas – que fique claro – não abro mão dos Opalas de jeito nenhum!

Uma coisa bastante interessante nessa moto é que ela tem o porte avantajado. Não que seja necessariamente alta, mas é “larga”. O primeiro cuidado que tive que aprender é que, toda vez ao parar, jogar a perna de apoio bem pra fora. Isso mesmo, quase um cavalo!

Depois de tantos anos sem uma “moto de verdade” (a última foi uma boa e velha CB, pois a Strada e a YBR não contam…) confesso que fiquei com uma certa apreensão ao montar nessa cavalgadura que é a Harley Davidson 883R. Afinal de contas a maior moto que já tive – e que era moto pra caramba! – ainda assim era menos que a metade dessa!

Bem, kemosabe, com tanto tempo fora das ruas é lógico que meu coeficiente de cagaço andava com o ponteirinho no vermelho. Assim, somente depois de garantir que estava devidamente paramentado, com a jaqueta de couro de sempre, luvas de cano alto resgatadas do fundo da gaveta e capacete de volta à cabeça (depois de um pusta trabalho de higienização para tirar o mofo de anos guardado), lá fui eu!

Moto pra caramba!

É curioso como, ao andar, a gente fica com a nítida impressão de estar o tempo todo em marcha lenta – não importa a velocidade! O barulho forte e “pipocado” do motor se faz ouvir de longe.

Primeira curva, primeira lição. O estilo de pilotar uma moto dessas é totalmente diferente das motos “comuns”. O grau de inclinação do garfo é maior, o que força a curvas mais abertas. Sim, isso mesmo. Na rotatória da esquina de casa quase que fui reto! Já com a lição na cabeça, bastou mais umas duas ou três curvas para eu entender o que é melhor para mim. E para ela. Motos desse tipo não comportam curvas com inclinação do corpo acompanhando a própria moto; o que funciona melhor é o chamado “pêndulo”, ou seja, inclina-se a moto e joga-se o corpo em direção contrária. Desse jeito dá pra fazer em boa velocidade até as curvas mais fechadas.

A caminho do trabalho, que fica a exatos quinze quilômetros de casa, existe a chamada Estrada Velha. Reformada e com as pistas duplicadas há não muito tempo pelo Governo do Estado (que porcamente simplesmente parou e ainda não concluiu a obra – acho que aguardando o “momento eleitoral correto” para tanto), naquela hora da manhã, com uma bela reta pela frente, e totalmente sem movimento, resolvi dar uma esticadinha…

Meu…

A arrancada é fabulosa e o conforto inominável!

A transmissão, por não ser através de corrente, faz com que a moto seja fantasticamente suave. Curtindo a potência, resolvi dar uma olhadinha no velocímetro. CENTO E SESSENTA! Pára. Ou melhor, reduz. Não preciso de velocidade – apesar de tê-la. A moto é para curtir. E assim continuei pelo resto do trajeto até meu destino…

Só não posso esquecer de abastecer antes de ir embora.

Isso SE eu descobrir como abre a tampa do tanque de combustível… :-/

Dia de carona

Pois é, ainda ontem já tinha combinado com o Japonês, também conhecido como Osvaldo da Autoelétrica, que ia levar o Poseidon¹ até lá.

O problema é que, conforme contei ontem, o fusível está queimado. E continua queimando. Então somente deixando o carro para fazer um diagnóstico completo e procurar onde é que está fechando curto.

Então mandei implorei pedi à Dona Patroa por uma carona e, juntos, espinamos para o trabalho.

Bem, quase.

Como eu não havia conseguido conversar com o Seu Waltair propriamente dito, mas somente com seu fidelíssimo escudeiro, o Noel, eu queria dar uma passadinha lá na oficina para “combinar o jogo”. Ou seja, recapitulando, revisar o diferencial, instalar a suspensão, checar todo o sistema de freios, bem como dar uma verificada geral na estrutura do carro para receber o motor de seis cilindros. E foi aqui que a porca torceu o rabo.

Tudo bem que quem fez a solda foi meu pai, mas desde o início eu não havia gostado muito da cara daquela solda elétrica na longarina…

E foi ali mesmo que o Seu Waltair já apontou de imediato. “Tá muito ruim. Tem que refazer. Além disso tem outra trinca que não foi soldada.” Disse-lhe que tudo bem, que era pra fazer o que fosse necessário – simples assim.

No mais me comprometi para, até sábado, trazer o restante das miudezas que tenho dos sistemas de amortecimento e freio. Deixei claro que fazia questão de trazer tudo para que ele fizesse a devida avaliação desses componentes, do tipo: 1) “não tem que trocar”; 2) “tem que trocar”; 3) “não tem que trocar agora” ou 4) “até tem que trocar mas não existe mais no mercado então vai ter que ser esse mesmo”.

É lógico que lá no furdúncio que ficou a garagem depois que meu sogro meio que se assenhorou de parte dela, vai ser muito difícil achar todos os componentes onde eu os havia deixado originalmente. Então, daqui até sábado, vou ter que recorrer àquele programa da GM, o CepChev – Catálogo Eletrônico de Peças Chevrolet 2005, onde consigo acessar a visão explodida de cada um dos setores do carro, de modo a poder caçar, parafuso por parafuso, tudo que faça parte dos sistemas de amortecimento e frenagem.

Hm? Existem versões mais novas desse programa no mercado – inclusive internetístico? Sim, sim, eu sei. Mas as versões a partir de 2008 precisam ser autenticadas no servidor da GM, ou seja, só funcionam online. E, mais: ainda que essa que estou usando seja de 2005 e se possa encontrar nos rincões da Internet ao menos a de 2006 (que fucionam nos computadores isoladamente), vamos combinar que o Opala foi fabricado até 92 – e são os esquemas dele que realmente interessam, certo?

Enfim, agora é partir para o trabalho de arqueologia…

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¹ O nome “Poseidon” (o 90) veio por conta do batismo que a Dona Patroa conferiu ao primeiro Opala (o 79): “Titanic”. Comecei a chamá-lo assim a partir deste post. Mas, sinceramente, depois de uma semana retomando hexalogia² Star Wars com os filhotes estou seriamente tentado a rebatizá-lo de “Cruzador Imperial” (Imperial I – Class Star Destroyer)…

² É “hexalogia” sim, pois (até agora) foram seis filmes. Quiéquiocê pensou que fosse? “Sexalogia”? Ou, pior, “sexologia”?

Êêê cambada de infiéis…

😀

Back on the streets

Ainda não do jeito que eu gostaria, mas, sim, o Titanic voltou às ruas!

Ainda que seja em cima do caminhão guincho…

Bem, ainda que fosse plena segunda-feira, precisei sair mais cedo do trabalho para um compromisso nada interessante. O sepultamento do pai de um amigo de infância muito querido. Mas, como se diz no populacho, faz parte da vida. Enfim, após as exéquias, sendo tarde demais para voltar ao trabalho, mas ainda cedo demais para voltar para casa, resolvi juntar o inútil ao desagradável. Ou não. Liguei para o Seo Evilázio (o bigodudo do guincho, lembram?) e combinei de pegarmos a lata (em São José dos Campos) para transportar até a oficina (em Jacareí). Coisa de aproximadamente uns 10 quilômetros…

Em paralelo, abusando da amizade, pedi para o amigo Flávio se ele poderia disponibilizar a Jabis (o carinhoso diminutivo da picape dele, a Jabiraca) para carregar as peças graúdas até a oficina. Dito o dito e combinado o combinado, partimos todos da prosa à ação.

O primeiro passo foi acabar de depenar o já depenado Titanic, pois não adiantaria levá-lo até a oficina com o capô, a tampa do porta-malas, os paralamas, etc. Serviria somente para correr o risco de riscar essas peças que, por ora, serão inúteis. Mais tarde vou guardá-las numa casinha no fundo da casa de meu pai até que chegue o momento de voltarem a fazer parte do conjunto. Tá certo que meu pai AINDA não sabe disso, mas não terá problema nenhum. Eu acho.

Com o veículo devidamente depenado e utilizando o super-ultra-mega-blaster-advanced-plus carrinho tabajara de rodas malucas (patente requerida), foi só questão de puxar o conjunto pra fora da oficina e guinchá-lo para o guincho.

É lógico que Murphy é um cara sacana (e que tem a cara do House) e não poderia deixar de dar uma passadinha por ali…

Acontece que ângulo do carrinho é baixo se comparado com o ângulo da rampa do guincho. Explico. Ou, ao menos, tento. Com a rampa abaixada quando você vai puxando todo o conjunto para cima do caminhão, chega um ponto que o carrinho fica solto, pois raspa a “barriga” do Opala – tanto na rampa quanto no chão. A solução? Dar uma “levantadinha” enquanto o cabo de aço faz seu trabalho. E, é lógico, sobrou para o marmitão aqui fazer isso. Mas tudo bem, só a lata não é tão pesada assim. Bem, mais ou menos…

Mas, não contente com isso, Murphy resolveu atormentar também o Seo Zé. Enquanto o caminhão ia puxando a lata ele pediu para que desse uma paradinha para amarrar melhor as portas. É que, como não têm trincos, havia apenas um arame esticado de um lado a outro da parte interna, fazendo com que elas ficassem fechadas. É lógico que o arame escapou. É lógico que deu AQUELA CACETADA na parede. Fui lá para fechá-la novamente, enquanto o Seo Zé segurava o arame do outro lado e já esperando o tamanho do estrago. Não acreditei. Não sei se pela lata, se pela qualidade da tinta ou se por ambos os fatores. O negócio é que sequer arranhou minimamente a porta! Nadica de nada! Mas, pelo sim, pelo não, fomos até em casa para arranjar uma corda e dar um nozinho mais forte por ali…

Nesse meio tempo chegaram o Flávio, a Carina e a Jabis. As peças maiores eu já tinha separado um pouco antes e foi só carregar na caçamba. Ressalvado o fato de que o Flávio quase quebrou um pedaço da parede sobre o arco do portão com a própria nuca, não tivemos nenhum incidente digno de nota. Enquanto finalizávamos tudo, o Flávio ainda ficou um tempinho numa animada conversa com meu sogro que veio ver o que estava acontecendo. Ah, sim. Um detalhe: meu sogro é totalmente surdo.

E, tudo pronto, dali toca para a oficina! Guincho na frente, Jabis atrás.

Dos registros fotográficos (pomposa essa expressão, não?) feitos, esse a seguir foi o que mais gostei…

Confesso que nessa subida – talvez a mais íngreme de todo o caminho – foi o momento que mais fiquei temeroso. Eu estava na cabine do caminhão e não conseguia tirar os olhos das cintas de amarração para ver se não estariam afrouxando, escapando ou sei lá o que mais poderia acontecer. No máximo, talvez, deslizar e cair sobre a Jabis que vinha atrás. Bem, tudo bem, pelo menos daí era só continuar carregando…

Mas o mais curioso no trajeto foram os curiosos!

Imaginem que um Opala, por si só, já chama a atenção. Agora peguem um totalmente reformado – ainda que sem nenhuma peça – sobre um guincho, brilhando numa tarde ensolarada… Quem via simplesmente ficava boquiaberto! Dos diversos comentários que devem ter rolado, o único que fiquei sabendo foi “Deve estar indo para o Programa Lata Velha”. Hah! Nada tão pueril!

Uma vez na oficina, agora era questão de descer o bichão.

E, é lógico, mais uma vez foi o marmitão que vos tecla dar o suporte necessário para não raspar a barrigada no chão…

Mas, depois de tantas idas e vindas até que não foi tão trabalhoso assim!

Se bem que, confesso, em determinado momento se o Flávião não tivesse subido e me ajudado a segurar a carcaça, talvez o conjunto todo tivesse descido pela rampa. A toda velocidade. Weeeeeeeee!!!

Enfim, crianças. Agora demos efetivo início à Quarta Etapa. Conversei com o Noel (o Seo Waltair não estava lá) e combinei de passar na manhã seguinte para outros detalhes. Ainda ficaram faltando as miudezas e talvez uma ou outra peça, mas tenho certeza de que tudo está lá na garagem de casa. Ah, TEM que estar.

No mais, o Poseidon com um fusível queimado. Mas, pior, fechando curto em algum lugar. Basta recolocar o bichinho e já dá até pra vê-lo queimando! Tenho que levá-lo lá na autoelétrica do Japonês para um diagnóstico mais acurado…

Spin-Up

Alguns acessórios sempre são necessários. Mesmo para um carro zero. Ainda que seja bem completo. Principalmente quando a Dona Patroa QUER.

Então foram quatro as inovações.

Primeiramente a instalação de um módulo para fechamento automático de todos os vidros quando do travamento das portas. Eu me pergunto o porquê de uma coisa tão óbvia como essa já não vir como item de fábrica…

Segundamente a colocação de borrachas nas portas – já com a marca da criança – para ao menos tentar evitar alguns arranhados, amassados e outros quetais que certamente virão.

Terceiramente a fixação de calhas sobre os vidros das portas. Ainda que eu até ache bonitinho e até mesmo imprescindível para um dia de chuva sem ar condicionado, sei que muita gente tem ojeriza a esse tipo de coisa. Aliás sei também de muita gente que tem ojeriza a quem usa a palavra ojeriza!

E, quartamente mas não menos importantemente, um engate de reboque. Não, não temos reboque, carreta, lancha, nada desse tipo. Serve apenas para garantir que ninguém vai brincar de dar um totó no carro novo sem, ao menos, arrebentar com o seu próprio…