Quebrando o protocolo

Eu sei que disse que voltaria somente daqui a alguns dias… Mas ieu num arresistu!!!

Assim, cá estou eu num cyber café, a R$5,00 a hora – até porque no hotel seria R$16,00!

Pois bem. O curso ao qual me referi no post anterior é sobre licitações. Em Brasília. E vejam só o antagonismo da situação: pela manhã eu estava numa feirinha suburbana de automóveis, daquelas onde os carros andam mais por do que por condições técnicas, em chão de terra mesmo, com barraquinhas de churrasgatinhos, povão mesmo; já ao anoitecer estava eu confortavelmentte instalado num hotel five stars bem na capital do país, com um sem número de “channels of shit to choose on” (lembrei-me do Pink Floyd…).

Após um vôo tranquilo (é, sobrevivi) e devidamente instalados, eu e meu parceiro de viagem fomos à busca de atendimento das mais básicas necessidades do ser humano. Ou seja, comida e álcool (ao menos para mim).

Fomos à tal rua 405, ou “Rua dos Restaurantes”. 405 por quê? Deve ter uns 40,5m somente… Mesmo assim, domingão à noite, quase tudo fechado, o negócio foi parar numa pizzaria para um rodízio de pastéis.

Depois de uma noite bem dormida, e tendo acordado às cinco da matina (maldito relógio biológico!), no momento oportuno eis que desço para tomar um reforçado café da manhã. Apesar da suntuosidade do lugar, minha concentração é absorvida pelos funcionários da casa. A que horas chegaram? De onde vieram? Quanto será que ganham? No final das contas estão aqui somente para servir àqueles que se hospedaram no hotel – hospedagem essa, diga-se de passagem, que tem uma diária quase equiparável ao que muitos ganham num mês inteiro…

Essas elucubrações acabam me causando um certo incômodo que gera um gosto amargo na boca. Quase sete. O curso começará às oito. Vou bater perna.

Tenho um sei-lá-o-quê de explorador no sangue. Ao mesmo tempo que sou meio bicho-do-mato e não gosto de sair da toca, quando saio, simplesmente tenho que conhecer os arredores de onde estou. Me dá uma certa sensação de familiaridade que, por consequência, me dá segurança.

Assim, num curto espaço de tempo, identifiquei nas proximidades um shopping (com cinema – êba!), algumas lanchonetes e restaurantes, livrarias, galerias comerciais e muitas barraquinhas ainda sendo instaladas para enfrentar o duro dia a dia dos ambulantes (não tão ambulantes assim).

Visitei uma banca de revistas com uma simpática e sorridente velhinha, regateei o preço de óculos escuros com uma mocinha gravidaça em uma das barraquinhas, acompanhei, surpreso, o (bem organizado) trânsito da capital, enfim, procurei me integrar um pouco às atividades diárias dos nativos.

Mais à vontade e já de volta ao hotel, encontrei meu parceiro de viagem e fomos ao seminário. Começamos bem, com Jessé Torres Pereira Júnior.

Isso vai render…

Em tempo: esqueci de comentar que, do nosso lado, no avião, sentou-se um rapaz cheio de bom humor antes, durante e depois do voo, exceto quando da decolagem e da aterrisagem; nesses momentos ele ostentava um semblante pálido e preocupado, ficando nítido que suava frio, enquanto que, de cabeça abaixada e olhos cobertos, rezava fervorosamente…

Prestatividade

Ultimamente o filho nº 2, vulgo Erik, o do meio, tem sido pra lá de prestativo. Por exemplo: todos os dias, após tomar o café da manhã, ele já vai até o banheiro e prepara as escovas de todos, não só a dele, como também a de seus irmãos e, inclusive, a minha própria.

Conclusão?

Não aguento mais escovar os dentes com creme dental sabor tutti-frutti…

SL resiste – e avança!

Há mais de um ano eu já havia dado uma passada d’olhos sobre o assunto (o artigo está em algum lugar aqui no blog…), mas agora o enfoque é outro. A notícia com detalhes pode ser encontrada na última edição da Carta Capital, mas basicamente diz que “a Receita Federal suspendeu um leilão para a compra de 40,8 milhões de reais em licenças para programas de computador”. Bem, quero crer que por “leilão” deva ser entendido “licitação”, que é como os órgãos públicos usualmente adquirem bens e serviços.

Esses 40,8 milhões (sim, TUDO ISSO mesmo) seriam utilizados para adquirir licenças para o uso de programas do pacote Office, da Microsoft – que está presente em 99,9% dos microcomputadores espalhados por aí. E provavelmente 99,9% desses 99,9% sejam piratas. Não importa se dentro de casa, em empresas particulares ou mesmo órgãos públicos. A maioria foi instalada sem a “aquisição” da licença. O SEU próprio sistema, caro leitor, também deve estar sem licença…

E o que isso significaria? Ultrajante usurpação dos direitos da Microsoft? O escambau! Se eles realmente quisessem, praticamente ninguém conseguiria copiar ou destravar um software – qualquer que seja. Mas é muito mais cômodo oficialmente fazer cara de mau, enquanto que, em off, permite-se copiar descaradamente seu próprio programa. Se assim não o fosse, jamais teria se tornado o padrão no mercado. A mesma regra vale para o sistema operacional em si, o próprio Windows.

Pois bem. Voltando ao tema, parece que essa nova postura da Receita Federal seria influência do novo Presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO), o sr. Marcos Vinícius Mazoni. Ainda que saiba que a transição será difícil, tudo indica que continuará nessa linha.

Repito algo que já disse antes, se não aqui, com certeza nas mesas de botecos da vida. O Software Livre (que apesar de ser free, não necessariamente significa que seja gratuito) não vai resolver todos os problemas das pessoas. Em alguns casos, somente o software proprietário é que (ainda) teria as soluções para o dia-a-dia dos usuários. Mas essa diferença vem diminuindo radicalmente. Entretanto há que se ter um pouco de boa vontade, também. Não digo que se deva fazer vista grossa ao que não funciona ou ao que é ruim – pois nesses casos há que se criticar, mesmo. Mas simplesmente baixar a guarda e trabalhar focando mais em seu produto final e não no meio pelo qual vai se chegar a ele. É como dirigir. Ainda que você já tenha dirigido a vida inteira, mas repentinamente se vê obrigado a dirigir lá pelas bandas da Inglaterra (mão invertida), isso não significa que você nunca mais conseguirá dirigir. Pode até dar umas rateadas no início, mas – com certeza – não vai demorar a dirigir normalmente. E até com gosto! Software Livre também é assim, gente…

De minha parte, ainda que o sistema operacional lá do trabalho seja o Window$ (até porque veio pré-instalado na máquina), mesmo assim só tenho usado complementarmente SL – em especial o Firefox como navegador de Internet e o OpenOffice como editor de textos, planilhas, apresentações, etc. E, diga-se de passagem, sem nenhum problema de conflitos…

Pérolas publicitárias

Passeando logo cedo lá pelo blog da Cláudia, num comentário de um post pesquei o endereço do Desencannes, um site que traz “As pérolas da propaganda que não chegam nem ao atendimento”. Ri muito. Mesmo. Caso passem por lá, não deixem de escutar os slogans. Aumentem o som e divirtam-se!

Veja quem são eles, segundo seu próprio “Manifesto”:

Durante o processo de criação de uma campanha, muitas vezes acabam surgindo idéias absurdas que nunca foram e nunca poderiam ser veiculadas. Imagine quantas dessas peças já foram criadas e ninguém nunca as viu. No Desencannes, são essas as peças que valem. Um espaço para exposição de idéias que na maior parte das vezes ficam restritas aos criativos da agência.

Aqui, ninguém julga se a peça funcionaria. O que vale é o humor inteligente, a sacadinha, a propaganda impublicável. Pode-se criar, comentar, discordar, defender. Mas o que importa é a idéia pela idéia. Um lugar onde as peças mais extravagantes são premiadas, e concursos com briefings de produtos imaginários são constantes, para o livre exercício da criação. É a fantasia do “Já pensou se sai uma campanha assim?”.

Isso é o Desencannes. A propaganda que não existe. Imaginária. Engraçada. Absurda. Sem compromisso. A publicidade fazendo humor de si mesma. Para brincar e se divertir.

Em tempo: eu já tinha terminado de escrever este post e voltei lá pra dar uma olhada em outras pérolas. Na categoria “Pérolas da Internet” tinha uma da Daslu que achei o máximo. Cliquei e, pela janela que abriu, primeiro achei que tinha dado erro. Mas depois, lendo direito a “mensagem de erro” eu percebi que não. Segue um instantâneo pra que entendam…

Máquina dos sonhos?

Conversando outro dia sobre uma possível realização de uma install-fest qualquer, onde os participantes levam seus computadores para “brincar” de instalações, configurações, conexões e afins – quer sejam notebooks ou cpus tradicionais -, lembrei-me dessa sequência de fotos que recebi já há um bom tempo. Não sei da capacidade dessa máquina, mas que é bem bonitinha, isso lá ela é…