Então, com o carro FINALMENTE funcionando a contento (e com a Parati quase vendida), eis que começo a vir para o trabalho com ele.
Da porta de casa até o estacionamento são quinze quilômetros exatos. Sem tirar nem pôr. Boa parte do caminho é feito na chamada “Estrada Velha” que liga os municípios de Jacareí e São José dos Campos, ou seja, não está sob a jurisdição (ou fiscalização) de nenhum dos municípios.
E eis que, quase no finalzinho da estrada, um policial rodoviário manda encostar o Titanic II.
– Bom dia, senhor.
– Dia!
– A documentação do carro está em ordem?
– Perfeitamente. Gostaria de conferir?
Tirei os documentos da carteira (nunca entregue uma carteira para um guarda ou fiscal, pois ele pode achar que é uma tentativa de suborno, considerar uma ofensa, ou pior: reclamar que não tem nada lá!), ele deu uma rápida olhada e me liberou.
Mas o interessante não foi exatamente isso. Acontece que o Opala é do ano de 76 e, lógico, o cinto de segurança original é do tipo subabdominal. Quando o guarda me viu de longe na pista, percebeu que eu poderia estar sem o cinto e, provavelmente por isso, mandou que eu encostasse o carro. Ali em cima, quando disse seu “Bom dia, senhor”, os olhos dele fixaram-se diretamente no cinto (que, óbvio, eu estava usando) e acabou que pedindo a documentação do carro mais por praxe que por qualquer outra coisa.
Mas, particularmente, essa era uma dúvida que me assaltava desde que peguei o primeiro Opala: posso usar esse tipo de cinto? É legal (no sentido jurídico da coisa)? Ou teria que obrigatoriamente adaptar um cinto do tipo “três pontos”?
Respondo.
E a resposta está na Resolução nº 48/98 do CONTRAN, que em seu Anexo determina:
“3.1.6 – Para os veículos nacionais ou importados anteriores aos ano/modelo de 1984, fabricados até 31 de Dezembro de 1983, serão admitidos os cintos de segurança, cujos modelos estejam de acordo com as normas anteriores em vigor.“
Ou seja, se até a data acima a legislação permitia a utilização de cintos do tipo subabdominal, então eles podem tranquilamente continuar a ser utilizados em seus respectivos veículos.
Independentemente disso, na reforma do Opala 79 COM CERTEZA pretendo dar um jeito de colocar um cinto de três pontos. Questão de segurança, sabe? Seguramente um desses já me salvou a vida, conforme dá pra ver nestas fotos…
…eu vou deixar o meu 79 com o cinto original, apesar de dar mais transtorno com os homens da lei, eu acho mais caracteristico dos opalas rsrssrrs