Bem, como eu havia dito ontem, ainda restou um perrengue de grosso calibre: o carburador.
Dentre outras coisas o Titanic II carro estava com a aceleração oscilando, sem “retomada” – fora o maldito barulhinho de panela de pressão.
Daí, depois da novela dos tuchos, assim como quem não quer nada, o mecânico me vira e completa:
– Ah, sim. Já ia esquecendo. Também tive que trocar o corpo do carburador…
– CUMASSIM, BIAL????
– Vem cá que eu vou te mostrar como estava seu carburador.
E lá foi o marmitão que vos escreve até o fundo da oficina, pensando como cargas d’água eu iria fazer pra pagar essa brincadeira. Chegando lá, ele mostrou o carburador (as fotos a seguir eu tirei depois). Num primeiro momento não vi nada demais.
O carburador visto de cima.
O mecânico falou para que eu desse uma olhada e chegasse às minhas próprias conclusões. Manuseei aquele peso morto (ainda pensando em como pagar um novo daquele – e se seria mesmo necessário). Virei o danado para tentar achar alguma “desconformidade”.
Meio de ladinho, tudo normal.
Tudo bem que não sou nenhum expert em mecânica – sou um mero fuçador e palpiteiro. Mas ainda não tinha conseguido enxergar nada demais. E o caboclo ali do meu lado, com um sorriso divertido no canto da boca…
O primeiro sinal: um arredondamento…
Quando acabei de virar a peça é que comecei a perceber. Aquele negócio não tinha que ser “bojudo” daquele jeito. Até onde sabia (e me lembrava) o corpo do carburador deveria ser reto. Já comecei a ficar com uma interrogação na testa.
O trincado no carburador.
Foi então que percebi. O maldito estava TRINCADO! Rachado, partido, arrebentado, podem escolher as palavras que quiserem. Mas não muda o fato de que o perrengue realmente era pior do que eu imaginava.
A trinca de um ângulo mais visível.
Só aí caiu a ficha. Não sei como, o carburador gerou uma pressão interna tamanha que acabou fazendo com que suas paredes estufassem de uma maneira tal que o metal da peça não aguentou e trincou! Era dali que vinha o “apitinho” de panela de pressão que eu tanto ouvia! Isso explicava também o sensível aumento de consumo (um litro a mais por quilômetro nos últimos tempos) e a falta de capacidade para retomadas, quando de uma aceleração brusca…
– Que putz! Cê já viu algo assim antes?
– É a primeira vez. E olha que eu já sou mecânico há mais de vinte anos!
Enfim. Além dos tuchos, minha carteira teve que morrer com um carburador também. Fora a mão-de-obra. Pelo menos o carro deve ficar bom. Só não pude retirá-lo neste sábado porque ainda faltavam algumas outras regulagens.
Mas segunda-feira, logo cedo, eu o pego!
Nossa, nunca vi tamanha peripécia em um carburador… Muito estranho mesmo :O… rs…
Mas e ae seu Adauto, conseguiu receber o meu arquivo? Se sim o que achou??
Muito sinistra essa história do carburador, meu caro…
E quanto ao arquivo, recebi sim! Aguarde notícias pois, assim que a ordem cronológica do blog chegar em dia, já tá pré-agendado um post com ele. Só não lhe respondi (e agradeci) antes porque deixei para fazê-lo diretamente pelo site.
Inté!
Medo, “seo” Adauto. Medo.
Meu Opala também resolveu imitar uma panela de pressão nos últimos tempos, e tenho notado um aumento considerável no consumo. Como ando meio indulgente, por assim dizer, quanto às visitas oa mecânico, começo a ficar preocupado.
Vou dar uma olhadinha no carburador depois. Apenas por curiosidade: o barulho se iniciave logo que você ligava o Titanic II ou só depois de aquecido (e depois de umas esticadas maiores)????
Meu amigo, “o pior cego é aquele que não quer ver”…
Não que eu diga que o seu Opala possa estar com exatamente o mesmo perrengue que eu tive, mas a situação, convenhamos, é idêntica. Somente depois que eu já tinha rodado um pouco é que começava, imperceptivelmente, esse chiado – que depois (talvez porque já tendo o percebido) parecia se instalar nos meus ouvidos o tempo todo.
Não brinque com isso não, João. Dê uma passada no mecânico. Quem sabe pode ser algo de menor monta?
Torço por você!
Louca essa historia adorei vc tem uma boa cabeça
parabens!!!