Em nossa visita semanal que nem sempre se dá toda semana, na da semana passada o Seo Waltair me pediu os parafusos para prender o agregado dianteiro. Ou seja, estamos falando dos parafusos (dianteiro e traseiro) da suspensão dianteira – quatro ao todo – constituídos por: o parafuso da suspensão propriamente dito, tubo da suspensão (sendo 126,5mm o dianteiro e 110mm o traseiro), bucha, coxim e porca. Com isso reagregaremos o agregado na longarina já devidamente soldada. Eis um exemplinho prático para que entendam melhor essa bagaça:
Fucei em casa e os descobri muito bem guardadinhos onde deveriam estar. Raro isso. Aproveitei o ensejo que um amigo do trabalho estava com um probleminha no carro e queria que eu indicasse um mecânico. Adivinhem? Sim, indiquei o próprio. E – lógico – aproveitei a carona…
Entregues os parafusos agora vai ser providenciada a montagem. E, também, a adaptação da direção hidráulica, pois nesse caso a coluna da direção é mais curta. Como entraremos no período de Natal e Ano Novo acho que nem vou lá perturbar o povo da oficina nas próximas duas semanas… Mas, pelo jeito, iniciaremos 2014 com novidades e o Titanic já começando a (re)tomar sua verdadeira forma!
Mas vamos a algumas fotinhos que é o que vocês realmente querem! 🙂
Show meu amigo! Inveja gostosa do seu projeto e saudades da minha barca funerária… Abços e sucesso!
Opala: Em breve e somente em um museu longe de sua casa.
Perfeito. Mas ainda tem a questão da direção hidráulica? Nada disso é mais oferecido pela montadora. Isso me deixa puto! Tudo tem de ser garimpado no “maldito” mercado negro. Leio em revistas especializadas os caras canibalizando outros Opalas e assim tudo vai se tornando mais escasso.
Tenho verdadeira ojeriza em ver este veiculo sendo destruído em vídeos de “borrachões” e até mesmo estes rachas profissionalizados com equipes especializadas. É bem verdade que tudo isso continua mantendo o nome do veiculo em status de lenda, mas, tudo tem seu preço.
Exagero da minha parte não é mesmo? Afinal de contas estamos falando do “muscle car” Brasileiro. Talvez por eu não ser um “Einstein” ou “Bem Jonson” em nenhuma área. Sou apenas um quatro cilindros, assim como o meu Opala.
Abraço.
Alex, talvez seja somente uma questão de tempo e… quem sabe você não abraça o seu próprio (novo) projeto?
André, entendo bem o que quer dizer. Mas na verdade, por mais Opalas que estejam trafegando por aí, existe incrivelmente uma gama muito maior de veículos que estão definitivamente “aposentados”, quer seja por batidas, podridão ou documentação.
No meu caso em particular, a minha sorte é que o Seo Waltair é daqueles mecânicos que já alcançaram sua própria fama de especialista. Ou seja, na cidade, quando se fala em Opala, automaticamente se fala também nele. E, assim sendo, conhece todos os desmanches e negociantes de peças novas, genuínas, genéricas, usadas, recondicionadas et caterva.
Se essas peças usadas e recondicionadas são frutos de “canibalizações”? Sinceramente não sei. Mas que alternativa teríamos para manter o nosso sonho andando? De um modo geral não existem mais peças novas, como você mesmo disse, e, do exato número de um milhão de Opalas fabricados, somente escamoteando peças entre si é que existe a possibilidade de ainda mantê-los nas ruas.
Essa direção hidráulica que ele conseguiu, por exemplo, veio de um “doador” mais novo – não sei ao certo, final da década de oitenta, começo da de noventa – pois ele mesmo não quis colocar nada mais antigo justamente pela dificuldade de encontrar peças para eventuais reparos futuros. Disse-me que o amigo dele que trabalha com isso recondicionou essa direção para um sujeito colocá-la num jipe. Passadas duas semanas sem sinal de vida do dono da encomenda, resolveu vendê-la e deu um toque no nosso mecânico de plantão. E o resto já é história…
Muito bom Adalto!
Lembrou-se de trocar as borrachas todas que ficam entre o agregado e o chassi né? Essas borrachas têm de estar em bom estado pois protegem o chassi de trincas também!
Vai ficando cada vez mais show essa máquina sua!! Parabéns!
TUDO novo… 🙂