Pois é…
Não pensem que desisti! Jamais! É que realmente as coisas andam beeeem devagar por aqui. O que – vamos combinar? – nem é de todo mau, pois com a viagem inusitada de final de ano (que não, ainda não acabei de contar) as finanças da família atualmente só podem ser enxergadas com ajuda de algum potente microscópio.
Acontece que Seo Waltair está de combinação com um camarada dele que, por sua vez, está desmontando um Opala, do qual muitas das peças virão para o Titanic. Aquela lata que faz a vez de capa do freio a disco, molas em bom estado, coisas do gênero.
Ainda que o amigo virtual André já tenha se manifestado há algum tempo num dos comentários, expressando o quão puto ele fica com o “mercado negro” que nos assola, com muitos caras, mesmo nas chamadas “revistas especializadas”, simplesmente canibalizando outros Opalas, sou obrigado a admitir que, se assim não o fosse, sequer peças de reposição hoje conseguiríamos…
O que me “consola” é que essas peças, dentro do escasso quase um milhão de Opalas fabricados (quantos ainda terão por aí, rodando?), acabam vindo daqueles que estão definitivamente “aposentados”, quer seja por acidentes, batidas, podridão ou documentação.
Se assim não o fosse, sequer conseguiríamos manter nossos muscle cars made in Brazil nas ruas, não é mesmo?
No mais, prosseguimos assim: ele aguardando as peças e eu aguardando a conta. Tenho certeza de que ele teria mais pressa do que eu, mas que se há de fazer?
O Titanic agora já foi devidamente “reagregado”, mas não de forma definitiva, eis que as buchas serão trocadas por outras novas. Mas, enquanto aguardamos peças, o melhor é deixar tudo já mais ou menos no lugar!
Bem, vamos convir que nem tudo, não é mesmo? Afinal de contas as várias peças que ainda precisam ser montadas, encaixadas, adequadas, etc, etc, etc, tinham que ficar em algum lugar…
E o nosso querido Cruzador Imperial (também conhecido como Opala Comodoro), a quantas anda? Não muito bem, obrigado. Dia desses começou a arriar a bateria. Como não arriava de vez, tudo bem, pois bastava dar um rolezinho (não, não confundam com “aqueles” rolezinhos…) que ela já se reafirmava. Daquelas coisas que a gente vai dirigindo e pensando “uma hora dessas preciso mexer nisso”. Bem, a hora dessas chegou há pouco mais de uma semana. Arriou de vez. Não vou nem contar sobre o meu sogro de 82 anos que, com seu Golzinho dos anos noventa, teve que ir até onde eu estava para fazer uma chupeta conexão entre baterias para o carro pegar. Também não vou falar que ele deu a partida no carro e cacetou a frente do Gol na frente do Opala. Sequer vou mencionar que o carro dele foi que se ferrou.
Mas, com tudo isso, toca pro Seo Waltair (de novo). Já que não tinha jeito, aproveitei e passei uma lista de pequenos reparos necessários (daquelas coisas que uma hora dessas a gente precisa mexer…) além da bateria – que eu já suspeitava ser o alternador (que, de fato, vim a saber que queimou) – havia também o marcador de temperatura que não temperaturava, o banco do passageiro precisando de uma pequena solda na base, um irritante barulho (suspeito que das correias) que emitia um constante “cantar” (desafinado) que me incomodava, o carburador que não parecia estar carburando de forma lá muito eficiente, e, pra fechar com chave de ouro, uma revisão e reaperto geral, já que em 2013 não tive oportunidade ($$$) para fazer a costumeira revisão anual.
E, nesse meio tempo, com DOIS Opalas na mesma oficina, como fico? De moto, muito bem obrigado. O calor e a secura estão judiando da gente aqui no interior do estado de São Paulo, mas o fato de (por enquanto) não estar chovendo já ajuda bastante. E, de Harley, vamo que vamo!
E, como não podia deixar de ser, eis uma imagem mais recente do nosso bem amado, idolatrado, salve, salve, Titanic – ainda que de quase um mês atrás!
Olá Adauto!
xiii será que fui muito duro no comentário anterior sobre os desmanches. Ok, então que desfrutemos dos Opalas enquanto ele ainda tem seus últimos exemplares funcionando fora do museu. É que meu interesse por este automóvel tenha seu saudosismo, mas a raridade ou exclusivismo não me atraem.
Assumir este projeto já é uma grande prova de admiração ao automóvel e, que os desmanches tem sua serventia não se discute. Se a montadora que os Opaleiros têm o orgulho de levantar a bandeira os abandonou, fazer oquê? Sobram ainda as peças paralelas de má qualidade como uma simples tampa de radiador.
No mais, parabéns pelo site, pelo Opala e família (grande sogro)
Tudo de bom!
“estamos” quase lá,
Ei, André, não se preocupe!
O que você falou foi simplesmente uma grande verdade e, no post, dá para compartilhar essa opinião com os outros 4 ou 5 Opaleiros que também costumam passar por aqui…
Aliás, saiba que concordo com você – tanto o é que essa reforma (sim, reforma, não restauro) é uma grande “brincadeira”, pois quero ter um veículo o mais próximo do original por fora, mas com os possíveis confortos da modernidade por dentro. A direção hidráulica já foi o primeiro passo nesse sentido. E o que me atrai no Opala (além dos causos e histórias) são as linhas do modelo e a confiabilidade do motor. E o resto é resto.
E prosseguimos garimpando por aí!
Abração, cara!