O dia de hoje foi bastante interessante! Não necessariamente em termos reformísticos do Opala, mas pela situação sui generis que encontramos… Isso porque três gerações da família Andrade estavam unidas por um mesmo ideal: a reforma de um veículo. Representando a geração mais antiga, meu pai, com seus setenta anos; na geração intermediária, eu próprio, com meus trinta e oito anos; e, finalmente, representando a geração mais nova, meu filhote mais velho, com apenas oito anos…
Mas talvez o mais legal seja por ele ter se interessado pela “causa”. Não sei se esse interesse vai perdurar, até porque, como diz a Dona Patroa, ele está na fase “Pai Herói”, ou seja, tem se interessado por TUDO que eu faço. Mesmo assim, se ele resolveu arregaçar as mangas e se colocar no trabalho, vamos lá!
O curioso é que meu pai, num determinado momento, passou e viu o pequeno petiz lixando um cantinho perto da porta e disse:
– Heh! Esse moleque tá é muito novo pra fazer alguma coisa. Vai acabar é estragando ou se machucando!
– Ora, pai! – respondi-lhe – Que idade o senhor tinha quando começou a mexer com essas coisas? Eu mesmo, lembro-me de ficar enfiado aqui na oficina do senhor antes mesmo de aprender a ler… Se não começar por algum lugar, não vai começar nunca!
Ele ficou meio quietão por uns minutos, fazendo lá suas coisas. Depois voltou e começou a contar a primeira vez que seu pai (o Vô Antônio, que não cheguei a conhecer) o levou para a “lida” na roça, que ele tinha apenas sete anos e já teve que aprender a manusear uma enxada que era muito maior que ele…
Mas voltemos ao carro!
O assoalho, praticamente pronto (neste pedaço, apenas). Quando todo o assoalho estiver concluído a intenção é jogar uma tinta a base de água, chamada (se não me engano) “batida de pedra”, de modo a emborrachar o assoalho e impedir a deterioração futura.
Esse cantinho perto da porta (outro dos lugares tradicionais de ferrugens Opalísticas) foi devidamente escovado, lixado e pintado pelo filhote!
Assim como boa parte dessa lateral ficou aos cuidados de seus esforços, sob a rigorosa supervisão deste que vos escreve.
Pois bem, enxerto novo na área. Eis a parte inferior da lateral esquerda, devidamente redimensionada e afixada em seu devido lugar. Ainda falta a pontinha ali na traseira, mas aí temos uma questão de curvatura que será devidamente resolvida (ou decidida) quando completarmos a traseira como um todo.
Não, essa não é mais a “traseira detonada”, mas sim a traseira detonadíssima! Afinal, concluímos que não valia mais a pena tentar recuperar aquele monte de massa a que deram o nome de lata.
Para melhor compreender, vejam a mesma cena, mas meio que de lateral. Percebam que toda a lata inferior (caixa de ar, creio eu) foi devidamente removida, e irá dar lugar a uma nova (e mais reforçada) lataria – ainda a ser moldada e fabricada pelo sempre competente Seu Bento.
E esse é o Ajudante do Dia! Não sei se vai persistir nessa ideia de me auxiliar, mas sempre que o fizer tenham certeza que será devidamente paramentado, ou seja, no mínimo óculos de segurança – isso quando a situação não exigir nenhum outro tipo de EPI (Equipamento de Proteção Individual)…
Amigo, pelo q eu já ouvi falar, o melhor é o bate-pedra base solvente, passe no meio das chapas pigmentado de preto como no original. Tem um da brascola, mesmo fabricante do KPO, vem branco mas tu pode pigmentar de preto. O nome é W-238 se não me engano.
Augusto, já tá anotado pra futura referência!
Quando chegar o momento, me aprofundarei nesse assunto…
Valeu!
Belo trabalho amigo
Também estou reformando do zero um opala 79 e sei o quanto e trabalhoso. Passa la no meu instagram para ver as fotos da reforma https://www.instagram.com/p/Bdn4re_DZaq/