Mesmo o frio que tem reinado não impede este humilde escriba de (tentar) cumprir suas obrigações opalísticas – ainda que semanalmente. Nessa reforma toda que temos feito, começo a vislumbrar uma luz no fim do túnel, e, espero sinceramente, que não seja um trem na contramão…
Apesar de todo cuidado que tomamos com as soldas, tendo havido inclusive uma “deformação” no comprimento do carro (conforme já havia dito aqui), ao recolocarmos os pára-lamas percebemos que havia algo de errado no Reino da Dinamarca. Eles simplesmente não encaixavam mais! Conclusão óbvia: com a quantidade de soldas e de “calor” na lataria do carro, principalmente na parte de seu “peito” (aquele pedaço ali, onde motorista e passageiro descansam os pés) houve uma retração de toda a lataria da parte dianteira. Poderíamos novamente recortar e reposicionar a lataria, mas – pasmem – a retração foi perfeitamente homogênea! “Encolheu” exatamente 0,5cm (meio centímetro) em ambos os lados. Que fazer? Que se adapte o pára-lamas, ora!
Desse modo ambos os pára-lamas foram “encolhidos” em meio centímetro. Garanto que as medidas foram exatas, tendo meu pai, vulgo Seu Bento, perdido um dia inteiro tirando todas as medidas possíveis e imagináveis para poder atestar a perfeição do alinhamento do veículo.
Eis o pára-lama direito, também submetido à cirurgia de diminuição. Lá na primeira foto deste post dá pra perceber que o alinhamento ficou perfeito.
Mas voltemos à nossa eterna traseira! Confesso que me empolguei um pouco na limpeza e preparação, deixando essa ponta com a carinha do DeLorean do professor Doc Brown no filme “De volta ao futuro”…
Tá certo que se fosse possível ter um carro com uma lataria assim, brilhando o tempo todo, seria um negócio bem bacana. Tá, brega, talvez. Até mesmo meio aviadado. Mas, mesmo assim, bem bacana… Porém, provavelmente seríamos impedidos de dirigir por atrapalhar a visibilidade de outros motoristas. Coisa do brilho contra o Sol, questões assim… Pois é, deixemos essa questão de ostentação aos verdadeiramente endinheirados sheiks árabes e seus “carros de prata” (na verdade, polidos).
Mas voltemos à nossa dura realidade de carros reformados em fundos de quintais… Se me perguntarem o porquê fiz quase que exatamente a metade da traseira ao invés de ela inteira, a resposta é simples: não sei! Deu vontade, sei lá…
Entretanto a pintura foi cumprida à risca! E com o metal bem preparado, que delícia é fazer isso!
Eis mais uma foto, quase que no mesmo ângulo daquela lá de cima. Mesmo que não dê pra perceber muito bem as imperfeições (já era noite, afinal de contas) elas existem e serão devidamente consertadas com massa. Mas uma quantidade substancialmente menor e mais racional dessa vez…
Parabéns pelo trabalho artezanal que fizestes neste opalão” eu, tenho 27 anos e sou apaixoanado por carros, principalmete se ele tiver coisas para serem feitas, carro perfeitinho, não faz minha cara…
pena, que eu não levo jeito para a chapeação, pois tem que ser muito mestre para deixar as carangas com o aspecto de perfeito”
grande abraço
Valeu, Terence! Mas essa questão de “não levar jeito” é só um detalhe. Quem, na prática, leva? É só questão de tentar, tentar e tentar novamente – pois uma hora a gente acerta! E vai aprendendo! Como diz um amigo meu, “não requer prática e tampouco habilidade”. Ele só esqueceu de falar da paciência…