Foi por um triz!
Já são tão poucos comandos para se vigiar e ainda assim eu consigo dar uma vacilada dessas!
Temos o marcador de combustível, no qual estou sempre de olho temendo ficar encalhado em algum lugar. Temos, também, o velocímetro – cuidado essencial a ser tomado nesses tempos de radares que se multiplicam tal qual coelhos pelas estradas. E, no afã de monitorar esses dois indivíduos, acabei por deixar de lado a vigília ao marcador de temperatura, o qual usualmente permanece abaixo da linha mínima do mínimo…
Eis que de repente senti um cheiro de queimado e automaticamente olhei para o marcador. Para um ponteiro que mal costuma sair do lugar, estar na metade do percurso já poderia ser considerado um absurdo inominável! Sinal de iminente catástrofe!
Dei uma guinada à esquerda e parei no primeiro posto de combustível que encontrei.
Daí vem a lição, crianças: se um carro está quente, ou, pior, com o radiador fervendo, jamais, eu disse JAMAIS, tente tirar a tampa do radiador diretamente!
Pegue um pano bem úmido, ponha por cima e dê uma pequenina volta. O vapor vai sair. Aguarde. Acabou? Então repita a operação BEM DEVAGAR. Mais vapor vai sair. É como abrir uma garrafa de Coca-cola quente. E que algum puto tenha resolvido chacoalhar…
Assim, após muita paciência e incontáveis pequeninas voltas depois, quando já tiver sido possível tirar a tampa do radiador, ligue o motor do carro e ponha água. Vai chegar um ponto que vai parecer que tem uma fonte dentro do próprio radiador de tanta água que vai jorrar!
Não se incomode.
Desligue o carro, ponha mais água, ligue de novo.
Certamente vai acontecer de novo.
Isso nada mais é que o ar que entrou onde não devia e agora está sendo literalmente empurrado para fora pela força da água conjugada com a do motor.
Repita as operações acima até que não reste mais nada de ar dentro do motor, bem como tenha sido possível completar o radiador ATÉ O TALO de água…
Daí é só andar!
E, lógico, não esquecer de SEMPRE completar…
Velho, gente que ja teve carro antigo (ou velho, como queira) além de ter o olho nos instrumentos tem o faro sempre aguçado!
Comcertezamente, Renato! Mas, mesmo assim, a junta acabou indo pro beleléu…