Bem, no domingo estive na casa de meu pai e, dentre outras novidades, comentei com ele acerca do maldito sexto cilindro falhando. Perguntei-lhe se haveria alguma probabilidade de dar “um jeitinho” qualquer no carro que não fosse abrir o motor para uma eventual retífica.
Ele simplesmente me disse o que eu já sabia.
Não teria como escapar da malfadada retífica.
Exemplificou com o antigo jipe quatro cilindros que ele tinha (uma hora dessas coloco uma foto dele por aqui), que “pifou” um cilindro e ele ficou um bom tempo andando com três, até que abriu o motor e resolveu o problema.
Aliás, outra coisa que ele disse – e que deveria até ser óbvia para mim – é que eu tomasse cuidado com o nível do óleo, pois se ele estivesse subindo para o pistão isso significaria que o carro estaria “queimando óleo”.
Isso deveria estar claro para mim, né? Afinal de contas se o óleo está subindo e queimando, de algum lugar ele deveria vir. E essa reserva é limitada! Depois desse proseio, ao chegar em casa, fui dar uma checada no nível do óleo. MENOS DE UM LITRO!!! De cara já completei o óleo e, também, a água – que provavelmente baixou um pouco em função desse aquecimento exagerado do motor por falta de óleo suficiente…
No decorrer do dia de hoje fiquei elucubrando mentalmente qual a saída mais rápida e menos onerosa para tentar solucionar o problema. A conclusão que cheguei é que o melhor seria pegar o motor quatro cilindros do 79 e já efetuar a troca e adaptação, deixando o seis cilindros na bancada até que chegasse sua vez de voltar a rodar. Por “sua vez”, entenda-se disponibilidades pecuniárias e financeiras…
Mas, matutando sobre o assunto, lembrei-me da época das motos. Em especial as da Yamaha, motor dois tempos, viviam queimando óleo e num determinado ponto começavam a ficar meio que falhando. Buscando na memória lembrei-me também do óbvio! E, ainda, do que eu fazia na época!
É que o “queimar óleo” significa que, junto com a mistura ar-combustível, uma parcela mínima de óleo também estaria passando para a câmara de compressão, misturando-se à explosão. Ocorrendo isso de modo reiterado uma fina camada de óleo queimado vai se acumulando na ponta das velas, comprometendo assim a centelha e, consequentemente, a explosão.
Ou seja, o negócio seria dar uma limpada nas velas, restabelecendo o contato.
Chegando em casa, à noitinha, retirei todas as velas e, uma por uma, com uma fina lixa d’água, limpei todos seus contatos – sendo que, de fato, a do sexto cilindro estava bem mais “pretejada” que as outras, as quais apresentavam uma saudável cor amarronzada. Ainda assim limpei todas.
De volta ao lugar, saí para um rápido teste pelo quarteirão.
Jóia!
Todos cilindros funcionando como um relógio!
Só não posso descuidar do óleo…
Saudações mais uma vez seu Adauto, bem, sobre esse “probleminha” com um cilindro também obtive amargas experiências com o meu Chevette, e uma coisa que me ajudou muito a prolongar o periodo antes de uma inevitavel retifica, que acabará sendo uma troca de motor, foram produtos conhecidos como Aditivos de Óleo lubrificante (Molykote ou Bardahl Prolonga, existem outras marcas, mas recomendo só estas duas, com preferência pela primeira), que são produtos que garantem uma elasticidade maior ao óleo quando expostos a grandes temperaturas… Resumindo, eles fazem com que o óleo não suba (em excesso) para quaisquer pistões, restaurando um pouco da vida do motor, comigo funcionou e mto bem… E creio que 20 contos (preço de um frasco destes) sejam muito mais agradaveis do que o custo de qualquer retifica, e ajuda e muito a nos dar uma folguinha para planejar melhor o momento desta reforma.
Devidamente aditivado com Bardhal B12. Até ferve, mas fundir não funde.
Jayson e J, vivendo e aprendendo. Nunca dei muita bola para esse negócio de aditivos – sempre achei que fosse mais uma das infinitas jogadas mercadológicas das empresas que vivem da indústria de carros…
Mas, pelo visto, eu estava completamente enganado!
Assim, independentemente do estado do motor, doravante passarei a usar aditivo na família Chevrolata daqui de casa…