E este é o Opala 79 do virtual amigo “J” (sim, ele prefere ser chamado dessa maneira – mesmo no e-mail).
Já teve o som turbinado de um Fiat Elba 93 – removido em virtude do falecimento desse carro após um selvagem ataque de uma árvore de rua – mas que o alternador original do Opala não deu conta, pediu arrego.
Trata-se de um quatro cilindros, com uns podrinhos perdidos na lataria, uma ligeira goteira no tanque de combustível e, talvez, com motor arriando (babando óleo por todo lado). Mas – experiência própria – quem tiver um Opala, um carro com seus bem mais de 20 anos, e que nunca tenha tido nenhum perrengue, que atire o primeiro motor de seis cilindros (fique fora disso, Supergirl!). Infelizmente são carros muito judiados pela falta de manutenção e descaso de seus donos. Qualquer um que pegue um veículo assim, ressalvadas raríssimas exceções, SEMPRE vai ter algo a fazer.
Mesmo assim, de um modo geral, esse 79 tá bem garboso!
E atenção para os detalhes! Não tem como não perceber o jogo de rodas estrelas de malta – obtidas recentemente a preço irrisório no Mercado Livre (caboclo sortudo) bem como os bancos do Civic 2007. Sobre estes, nas palavras do J: o banco do Civic 2007, além de ser muito bonito, confortável e passar muita segurança, trabalha com o sistema de alavanca e mola para regulagem da inclinação do encosto. Isso lhe confere uma agilidade muito superior ao do Vectra 2007, que ainda usa aquela roldana, tal qual o banco original do Opala – pelo menos o meu era assim. Então, quando você vai dar carona para alguém, com o banco do Civic, você apenas puxa ele para frente, puxa a alavanca e inclina o banco para frente, pois ele inclina mais de 30º para frente. Já o do Vectra você se obriga a puxar o banco, e depois girar a roldana até que haja espaço suficiente para o passageiro entrar.
Bem, por fim, cabe ressaltar que todos os documentos desse carro também estão em dia, ainda que após muita dor de cabeça e algumas situações extremas no que diz respeito aos limites da paciência de um ser humano. Mesmo que o comentário (e este próprio post) sejam um tanto quanto extemporâneos face os últimos acontecimentos, é bom que saibam que o J, recente bacharel e futuro doutor adEvogado de direito jurídico, tem muita sorte em ter um carro de uma tão fina safra quanto foi a de 79…
😉
“Gradecido” pelos elogios seo Adauto. Na parte do garboso fiquei todo bobo, tipo pai quando elogiam o filho.
Olhando a foto da traseira dele dá até uma tristeza, sabendo que agora ela está amassada, descascada. Pobre Opala. Até a placa, que era nova, entortou-se.
Enfim, agradeço novamente pelo post e pela oportunidade de mostrar o carro. Pois sim, quem tem um carro desses por gosto sempre fica todo faceiro quando dão a oportunidade do carrão aparecer, nem que seja um pouquinho.
Agora, abusando da paciência do nobre colega adEvogado de direito jurídico: o que eu faço pra arrumar esse carro Dr.? Os orçamentos estão ficando na faixa de R$1500 a R$2000. O causador do acidente alega não ter como pagar, ganha pouco e tem o carro – um Vectra, 99/00 – alienado. Ele bateu em um Clio, esse com seguro, o qual foi empurrado para frente até bater em um Gol, sem seguro, que foi empurrado adiante e acertou meu Opala. O corretor de seguros do Clio me ligou, dizendo que o Clio não tinha culpa alguma – no que eu discordo, mas enfim – e que quem teria que pagar foi o causador do acidente. Porém, se todos os carros envolvidos estivessem respeitando distância regulamentar dificilmente engavetaríamos. O fato é, e agora José? Cobro do cara do Vectra? Cobro do cara do Gol? Ou vou ao Juízado Especia e ponho todo mundo na encrenca, incluindo a seguradora? O carro já tinha podres, claro. Mas pelo menos eles estavam lá, escondidos. Agora além de terem aparecido aos montes, o conserto da batida fica inviável sem o conserto dos podres, a não ser que simplesmente seja recheado o carro de massa – coisa que eu abomino e não quero de jeito maneira. O problema é a condição de “exceção” do veículo. Pior que cada pessoa que eu falo me diz uma coisa, e eu não sei pra onde correr. E esse tipo de coisa não ensinam na faculdade.
Ps.: Apenas para esclarecer, o banco no carro é o do Vectra mesmo, 2007. Eu quis por o do Civil – ainda quero, para ser sincero – porém não encontrei nenhum “avulso”. Só vinha com o resto do Civic junto. Enfim. O banco do Vectra é muito bom, mas volto a dizer: se tiver a oportunidade de escolher entre Civic e Vectra – ou alavanca vs. roldana – escolha o Civic/alavanca.
Ps.2: Espero que tenha tido um ótimo Natal. Renovo os votos de felicidade extrema, sucesso, saúde e muita gasolina a ser gasta neste ano que está chegando.
Abraço,
João
Bem, J, imaginemos o “menos pior”: pelo menos, com as fotos, você já tem uma referência para reforma…
Já com relação ao seu engavetamento, na prática o que tem que ser observado é o chamado “nexo de causalidade”. Ou seja, quem afinal de contas seria culpado pelo acidente? No MEU entendimento, indubitavelmente, é o caboclo do Vectra. Não importa se o carro dele está alienado, alugado, emprestado ou seja lá o que for. Foi ele quem deu causa a todo o imbróglio e deveria responder por isso.
O grande perrengue aí é que ele poderia simplesmente alegar que NUNCA bateu no seu carro – o que seria verdade. Quem bateu no seu carro foi o Gol. Mas demandar contra o proprietário do Gol também não vai adiantar, pois, da mesma forma, ele alegaria que não teve culpa pois o Clio é que empurrou o carro dele pra frente. Quanto ao cara do Clio, repete-se a história.
Entrar com uma ação contra todos os três seria temerário – eis que apenas um deu causa ao acidente – e ainda poderia ser entendido como litigância de má-fé com relação aos proprietários do Gol e do Clio. Entrar contra o proprietário do Vectra e chamar à lide os do Gol e do Clio também poderia dar errado com um eventual indeferimento da Inicial. Outra situação seria caso tenha sido registrado um boletim de ocorrência detalhando o engavetamento. Aí você teria uma prova um tanto quanto substancial para tentar acionar diretamente o dono do Vectra.
Enfim, sem prova alguma a não ser testemunhal, o mais seguro seria que os três (proprietários do Opala, Gol e Clio) entrassem com uma ação contra o dono do Vectra. E, ainda assim, dado o que o caboclo falou na hora do acidente, correriam o risco de ganhar e não levar, isto é, ainda que tivessem o reconhecimento de seu direito pela Justiça, não conseguiriam executar o infeliz para o pagamento…
Agradeço pelas explicações com relação ao banco. São detalhes como esses que, na hora certa, certamente serão aproveitados no bom e velho 79 em reforma.
No mais o Natal foi tranquilinho, em casa mesmo, dados os compromissos de início de ano…
Um abração e inté!