A lenda do Opala no túnel

Esse causo foi contado pelo Rafael, lá nos comentários deste post. Pesquisei um pouco, acabei achando mais alguma coisa, e incrementei o texto original.

Ubiratã Carlos de Jesus Chavez foi um dos mais conhecidos bandidos da zona norte do Rio de Janeiro. Era procurado por vários crimes hediondos como assalto a banco, assassinatos com requintes de crueldade e outras mortes mais violentas. Reza a lenda que no ano de 1974, durante uma fuga, depois de ter roubado um Opala SS (considerado um dos carros mais modernos da época), “Carlão da Baixada” – como era conhecido – entrou no Túnel Rebouças e acabou batendo em um Fusca, no qual uma família voltava de um aniversário. O acidente foi de proporções tão grandes que o túnel teve de ficar fechado das 10 da noite às 10 da manhã do dia seguinte. No acidente não houveram sobreviventes.

Passados alguns anos, a lenda se criou.

Diziam que ao atravessar o túnel de carro durante a madrugada as pessoas vislumbravam através do espelho retrovisor um veículo preto que se aproximava velozmente. Ao lembrar do acidente, começavam a rezar pelas almas dos mortos naquele local. Somente assim o carro observado começava a perder velocidade até desaparecer de vista. Mas aqueles que não ligavam para o dito carro acabavam por sofrer estranhos acidentes. Muitas vezes juravam que foram chocados por trás violentamente. Outros motoristas que tentassem olhar diretamente para o carro que os seguia não viam nada e acabavam se chocando com um veículo bem real à sua frente (para o qual não prestaram atenção). Mesmo que tentassem acelerar, nunca conseguiam fugir do possante carro que se aproximava ferozmente.

Porém, no fim dos anos oitenta, após uma grande chuva que ocorreu no Rio, um desabamento de terra deixou por vários dias o túnel fechado, e desde então não houve mais boletins de ocorrência sobre casos de pessoas que batiam por causa de uma aparição fantasma.

CURIOSIDADE: Um dos problemas do Opala era que, por possuir um motor muito potente e ser muito leve na traseira, o carro derrapava com facilidade pois tinha pouca estabilidade. A solução (gambiarra) era encher o porta-malas com algo que fizesse peso. Talvez seja essa uma das razões em que houve época em que o Opala era considerado um carro de bandido – porque, “em nome da estabilidade”, o porta-malas poderia ter um cadáver, carregamentos grandes de armas ou drogas…

18 comentários em “A lenda do Opala no túnel”

  1. Lembro desta lenda. Era o Opala Fantasma. Quando jovem, morava na proximidades do Rebouças e já tinha ouvido sobre o causo, só não sabia a explicação. Relembrar é viver…

  2. ooooooooooooooo gggggggggggguuuuuuuuuuuuuuugggggggggggguuuuuuuuuu
    queria agrdeser a globo e a vc por fazer o cuadro lendas urbans…
    é muito legal…
    um abraso pra todos aiu no sbt
    e um abraso pra vc tambem…
    eu sol de borrazópolis paraná…

  3. Bem, Luiz, não sei onde a Globo entra nessa história (ou será estória?), mas valeu!

    Na prática preciso pesquisar para descobrir se existem outras estórias (ou serão histórias?) sobre lendas como essa…

    Abração!

  4. Nossa… …como o pessoal judia do pobre português!!!!

    E não me refiro ao dono da padaria ou do botequim rs rs rs rs

    O povo brasileiro é carente de leitura, mas por opção já que prefere viver com a cara socada na telinha assistindo novelas, programas sensacionalistas, etc, etc, etc…

    Não sou nenhum professor Pasquale (e tampouco o pretendo ser) mas me orgulho de ser claro e objetivo quando exponho meus pensamentos.

    Caro Sr.º Adauto, tenho profundo respeito por sua pessoa em vários aspectos, dentre eles pela forma com que está tratando a recuperação de seu Opala, pela forma com que transmite isso (humor, inteligência, etc).

    Moro em Guarulhos e estou com uma Caravan Diplomata 1.987 bem, bem judiada. Estou juntando algum dinheiro e principalmente investindo em ferramentas para que possa ter uma empreitada mais “tranquila”.

    Quando minha barca estiver pronta a levarei para passear em São José dos Campos (tenho amigos que moram aí) e quem sabe possamos tomar uma ou duas…

    Abraços,

    Ricardo.

  5. Ricardo, eu JURO que também tento ter essa objetividade – mas volta e meia me pego viajando nos textos!

    Agora cá entre nós (e que ninguém nos ouça): quando essa Caravan estiver mais “aprumada” apareça sim! Será um prazer trocar figurinhas fora desse mundo virtual e – com certeza – poderemos tomar umas quatro ou doze…

    Abração!

  6. po velho mo maneiro essa lenda muito legal essa historia do opala sera que essas lenda existe e o opala era muito popular meu pai ja teve um opalavermelho 8 silindro 6 boca era um veneno meu pai so dizia uma coisa ele so prestava pra cantar peneu pq gasolina vfç enchia o tanque nao durava uma semana era 140 parq encher o tanque da quela coisa dai meu pai acabou vendeno o opala e pegando um chevette 82 mas o opala tava file o cara q fez rolo com meu pai se desmanzeiu o carro ta tudo com a tinta saindo fumanciando fabarulho a te no barulho

  7. Pôxa, Tiago, que dó! De fato quem resolve “brincar” de ter um Opala tem que estar preparado para meter a mão no bolso na hora de abastecer o bichinho. Ou seja, pra todo bônus há um ônus – e, nesse caso, para ter um motor possante debaixo do capô é necessário suportar o gasto de combustível (que não é pouco, não).

Deixe uma resposta para Gabriel Damásio Rassini Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *